trabalho interrompido.

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André ainda estava ali, parado ao lado da porta de meu escritório, enquanto me esperava organizar os últimos detalhes do vídeo que havia feito de si,  para postar nas redes do clube

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André ainda estava ali, parado ao lado da porta de meu escritório, enquanto me esperava organizar os últimos detalhes do vídeo que havia feito de si,  para postar nas redes do clube.

O homem pressionava-me com os olhos cheio de expectativa, como se buscar-se respostas, ou, apenas uma maneira de mexer com meu subconsciente.

De vez em quando, eu o olhava por cima da tela do Notebook. Mas logo, disfarçava. Todavia, eu sabia que ele percebia, o risinho ridículo na sua cara era a prova disso.

— Não consigo executar meu trabalho com você aí, me secando. — Exaltei-me. — por que não volta aos treinos?

— Não, eu estou tranquilo. Prefiro continuar aqui, até você terminar. Quero ver como irá ficar, afinal, é de minha imagem que estamos falando.

Fechei o meu aparelho de trabalho com uma certa agilidade, o encarando com ódio. O que ele estava tentando insinuar com isto?

— Não preciso de sua supervisão. Sei executar muito bem o meu trabalho.

André alargou um pouco mais o sorriso presunçoso. Afastou-se da porta e veio em minha direção. Esquivou-se o corpo a frente, apoiando os braços em cima da minha mesa. Enquanto pressionava-me com a ajuda da intensidade de seu olhar.

O homem estava perto. E eu, me sentia completamente encurralada.

— Não disse o contrário, gatinha. — piscou — Não me leve a mal Chaya, acredito muito no seu potencial, mas gosto de tirar minhas próprias conclusões das coisas.

Não sei o que fiz para merecer isso, mas com certeza o Pecado foi grande, o André é de fato um Encosto na minha vida.

Rolei os olhos em órbitas.

— Tá. — Berrei, exibindo o ódio em que sentia. — Mas não fica me olhando como se estivesse me analisando, que eu não gosto.

Voltei a abrir o Notebook e vi quando ele umedeceu os lábios. E eu não sei o porquê, mas aquilo pareceu mais sexy do que deveria. Merda.

— Me distraio fácil com formosuras.

Formosura? Quem discursa tamanha palavra nessa altura do campeonato?

— A formosura aqui, não é para o teu bico, então sossega e me deixa trabalhar.

— cuidado em Chaya... Você vai falando assim, desdenhando, quem sabe o destino não lhe aplique surpresas.

Forcei uma gargalhada extremamente falsa.

— E está surpresa, seria você? — desdenhei, o olhando de cima a baixo.

André riu baixo, e o som de seu riso tomou o ambiente por inteiro, como uma praga. Seus olhos ainda mantiam-se sobre mim, com um certo brilho que sempre me causava náuseas.

𝑺𝑼𝑳𝑨𝑴𝑰𝑻𝑨 |• André Ramalho.Onde histórias criam vida. Descubra agora