Cozinhar não era bem, o que chamava de especialidade minha. Mas, por outro lado, sabia me virar bem com o básico que tinha conhecimento.
Morei sozinho durante a um bom período da minha carreira. Cheguei a me relacionar algumas vezes durante os anos que passei fora do Brasil, mas nunca resultou em casamento ou na junção de trapos.
Em outras palavras, tudo que sei, aprendi na marra. No dia a dia.
E hoje, resolvir tentar algo ousado. Fagner havia me garantido que a casa estaria livre para a sua irmã encrenqueira e eu, o que significa que, terei mais uma oportunidade de tentar algo com a moça, mesmo sabendo que ela me xingaria e acabaríamos em mais uma bringuinha idiota. Como sempre.
Todavia, se eu disser-se que não gosto disso, estaria a mentir. Me divertia vendo o quão brava ela poderia ficar com apenas a minha presença.
Cresci ouvindo de minha mãe que, onde muito há raiva, muito há amor.
Acredito cegamente na minha velha. Então, chego a conclusão que a Chaya não me odeia tanto assim. Ela só acha que odeia.
— Pelo amor de Deus, não põem fogo na minha casa. — Exclamou o lemos, me encarando com uma careta na face.
O olhei por cima dos ombros, tentando não desviar o olhar do fogão.
— A única coisa que quero que pegue fogo hoje aqui, é o meu quart... — calei. Na mesma hora, percebendo que os olhos do cavalheiro a meu lado, esburgaharam-se. — Eu estava brincando. — completei, sem graça.
Que Gif.
— Eu vou fingir que não ouvir essa patifaria, para não me arrepender de estar te ajudando. — dialogou. — Eu estou indo, marquei com o Charles as seis, estou quase atrasado. — o vi balançar as chaves do carro, entrelaçada entre os dedos — E por favor, Ver se toma logo uma atitude com minha irmã. Da que a pouco ela e o idiota do Calleri começa a namorar e é você que vai chupar dedo. Se liga, Zé mané.
— Calma cara, eu estou quase amaciando a fera.
O vi arquear ambas sobrancelhas, as alinhando em uma linha reta.
— Tem certeza? — cruzou os braços, olhando-me com aquele de ar de desconfiança — Engraçado, Hoje mesmo ela me xingou mais uma vez, por ter o deixando ficar aqui em casa.
Cemi-cerrei os olhos, incrédulo.
Que garota mais boca grande. Atrevida. Uma grande chata. A sua sorte é ser bonita de mais. Além de, parecer mais interessante do que de fato deveria.
Ela era incrível. De boca fechada, mas ainda sim, incrível.
— Ela não admite, mas sei que mexo com ela. — afirmei.
— É bom que esteja certo. Se continuar a dormir no ponto, arrumo alguém mais eficiente para assumir a função. — ditou irônico e eu revirei os olhos. — Agora fui. Boa sorte aí.
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𝑺𝑼𝑳𝑨𝑴𝑰𝑻𝑨 |• André Ramalho.
FanfictionOnde André Ramalho é a Solução de Fagner Lemos, para afastar sua irmã de um jogador Rival.