Encomenda.

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Me apresentei no CT nesta manha de sexta feira, mais cedo que de costume

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Me apresentei no CT nesta manha de sexta feira, mais cedo que de costume. Hoje, a noite o time viajaria para o Rio e eu precisava agilizar algumas mídias dos jogadores antes do embarque.

— Bom dia seu Joaquin. — Falei amigável com um dos seguranças do ambiente que imediamente me deu um sorriso, enquanto abria o enorme portão para que eu passar-se.

— Bom dia Dona Chaya. Que bom que a senhora chegou. — ele expressou-se e então, eu franzi o cenho sem entender o motivo de suas palavras. Claro que, o homem era sempre muito bem educado e me tratava bem, mas desta maneira, nunca ocorreu antes.

— Aconteceu algo? — Questionei, um tanto, quanto curiosa.

— Hoje cedo, entregaram uma encomenda em seu nome. A deixei em sua sala, com a permissão do Sr. Melo.

Encomenda? Oi? Mais eu não pedi nada.

— Acho que o senhor deve estar enganado, eu não encomendei nada.

Apreensível, o vi engolir em Seco.

— Desculpe, Mas, se não encomendou, alguém encomendeu para a senhorita.

Lhe dei um sorriso amarelo e balancei em concordância. Seja lá o que fosse, a culpa não era dele. E não cabia ao mais velho resolver a situação em meu lugar. Acenei para o mesmo e caminhei até minha sala.

Andava rápido, calculando cada segundo em que levava até chegar em meu destino. Não minto, estava curiosa, engano ou não, ainda sim havia algo "misterioso" em meu domínio e isso deixava-me de cabelos em pé.

Empurrei a porta, antes de destravar-la com minha chave e logo deixei que meus olhos se expandisse em minha face. Foi quase que impossível não indentificar o que homem havia dito. Aquilo era gigante.

Oh céus, o que acontecia ali?

Ainda incrédula e segurando o molho de chaves na ponta dos dedos, abri um sorriso largo ao perceber um urso de pelúcia, quase em tamanho real, compondo a decoração discreta do ambiente.

Quem o havia trago?

Em passos curtos, quase que contidos me aproximei da pelúcia Roxa, com fucinho preto e lacinhos brancos na orelha. Fofo. Era a minha cor favorita; roxo.

Me atrevir a passar a mão na pelagem, toquei os braços, a perna e quando vi, o abraçava como uma criança.

Não nego, apesar de soar brega, era lindo. Um presente no entanto inusitado.

Com um sorriso divertido nos lábios, me afastei do urso e olhei ao redor, como se esperasse que alguém fosse aparecer e explicar aquilo. Só Jonathan teria esse tipo de atitude extravagante. Ele sabia do meu gosto por coisas grandiosas, quase infantis,  e, claro, não perderia a oportunidade de me ver corando com um presente tão inesperado.

Estava claro. Só podia ser um presente desse maluco!! Mas porra, por que havia de mandar justamente para o meu Trabalho? Eu tenho casa.

Tudo bem que, se a entrega caisse nas mãos de meu irmão, encontraria só as cinzas no quintal de casa. Seria engraçado, se não fosse um ponto totalmente válido, trantando-se de Fagner. Aquele cara era maluco.

𝑺𝑼𝑳𝑨𝑴𝑰𝑻𝑨 |• André Ramalho.Onde histórias criam vida. Descubra agora