Conversas e Outras Distrações

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VEI A GENTE CHEGOU EM 81K DE VISUALIZAÇÕES MANO COMO QUE ISSO É POSSÍVEL??? MDS VOCÊS SÃO MTO FODA!!!

nos primeiros capítulos eu ia brincar falando que se essa fic batesse 100k eu ia escrever hot mas agora eu fiquei muito feliz que não prometi isso

Vocês reclamaram tanto que não teve beijo no último capítulo que eu fiz elas ficarem sem se beijar nesse também.

Amo vcs.

Ah, e muito obrigada pelas mensagens e comentários de apoio no último capítulo!

Veikkkkkkkkkkkkk quase morri de vcs querendo esganar a coitada da anne no último cap.


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Alice nunca teve problemas com palavras – na verdade, elas a ajudaram muitas vezes. Ela começou a ler bem nova, pois ter uma irmã bebê que não fazia nada além de chorar e cuspir papinha só a mantinha entretida por uma certa quantidade de tempo, antes da novidade passar e ficar entediante. Quando criança, gostava de desenhos animados, especialmente um chamado Word World, onde todos os objetos desse mundo animado eram formados por palavras.

Durante o ensino fundamental, Alice passou por uma fase mais quieta. Teve que trocar de escola muitas vezes e sentiu que essas mudanças talvez a impediram de se conhecer melhor em um grupo de amigos. Alice gostava de palavras, e palavras faziam parte de idiomas. Logo, Alice encontrou algo em que era boa: idiomas.

Aprendeu japonês porque gostava de um garoto que curtia animes, aprendeu inglês assistindo Game of Thrones (o que realmente não deveria ter feito tão nova), e aprendeu holandês quando fez intercâmbio na Holanda, ficando na casa da família de Anne.

A ruiva sempre achou fácil aprender as regras de um idioma apenas observando-as e deduzindo o que vinha a seguir; tinha o ouvido aguçado, o que a ajudava a discernir bem os sons.

Agora, falar era algo um pouco diferente. Alice teve que se colocar mais no mundo para isso acontecer, de fato passar a engajar com as pessoas para praticar de forma mais concisa e interessante.

E foi aí que Alice percebeu que, sim, ela gostava de falar muito e tinha uma boa oratória. E assim, descobriu que se falasse com confiança o suficiente e usasse as palavras adequadas, tudo ficava mais fácil. Inclusive, colocar aqueles alunos chatos que se fingiam de 'advogados do diabo' no lugar deles.

Alice desenvolveu uma paixão por debates. Gostava da adrenalina de falar ao microfone com provas, depois de pesquisar antecipadamente, de sentir o olhar de todos sobre ela. Alice gostava de vencer.

Nessa época, no fim do ensino médio, quando havia voltado da Holanda, Alice escolheu o jornalismo para estudo.

Alice gostava de palavras, gostava de falar em público. Ela não tinha nenhum problema com isso.

Mas agora, sentada em uma mesa enorme, cercada de mulheres altas e fortes com quem nunca havia falado além do ambiente profissional? Bom, parecia que o gato finalmente havia comido a língua de Alice.

Talvez ela estivesse pagando por todas as vezes que gostou de humilhar os coleguinhas em debates.

Porque todas na mesa a olhavam curiosas. Gabi tinha um olhar meio ávido, completamente à espera do circo pegar fogo. Roberta tinha o olhar mais doce e tranquilo de todos, parecia meramente curiosa sobre Alice. Thaísa a olhava de soslaio às vezes, se mantinha amigável, mas Alice sabia que sua opinião ainda não estava formada quanto a ela. Macris parecia tranquila, comendo bem e conversando com as amigas, mas Alice podia sentir a curiosidade e a vontade dela de fazer perguntas.

risk | rosamaria montibellerOnde histórias criam vida. Descubra agora