Espere Por Mim

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Estou puta por que eu estou enrolando para terminar essa história. Se eu estou sofrendo vcs tambem vão.

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Era bom estar juntas novamente, reunida com as meninas com quem cresceu—algumas das quais conhecia desde os 15 anos. Hoje estava melhor, ela pelo menos achou. Ela estava melhorando, ou talvez fosse apenas o álcool.

Carol Gattaz estava de volta. Ela tinha vindo visitá-las antes de elas partirem para Paris para as Olimpíadas. E, bem, como era uma noite agradável e sua última noite em solo brasileiro, decidiram sair. Claro, foi ideia da Carolana. Sempre era. Ela estava sempre aprontando algo, especialmente quando se tratava de beber.

O bar estava cheio de pessoas, e todas estavam animadas. Alguns as notaram porque, bem, era praticamente impossível não notar sete ou oito mulheres atléticas e relativamente altas. Mas ainda assim, o bar estava lotado, e isso deveria ter sido o suficiente para tirar a mente de Rosamaria de tudo.

Não foi. Rosa ainda estava pensando nela. Rosamaria nunca parou, e sempre que olhava ao redor e via alguém ou algo que ao menos lembrasse Alice, tudo voltava à tona.

Então, ela começou a beber—certamente isso deveria ser o suficiente, certo?

Não era, também. O álcool a envolvou em uma falsa sensação de segurança. Sua mente escorregava na direção de uma névoa confortável. Conforme a noite avançava, ela sentia seu corpo desmoronando levemente sobre a mesa, apenas meio ouvindo suas colegas enquanto continuavam a conversar animadamente. Ela escutou, e escutou, e sentiu uma pontada de frustração por não conseguir participar como deveria.

Rosamaria queria ligar para Alice, mas não era a hora certa. Ela tinha enviado uma mensagem mais cedo, mas parecia que não chegara ao celular da Alice. Talvez ela estivesse em um lugar sem sinal, ou talvez estivesse em um avião de novo. Rosamaria queria saber como Alice estava, até o último detalhe—se ela estava com fome, se estava feliz, se estava confortável.

Ela queria ver tudo com seus próprios olhos. Então, Rosamaria se levantou e foi até o bar, Carolana estava lá e ela tinha esperanças da central ser distração o suficiente por alguns minutos.

"Não que não seja legal estarmos juntas de novo," Carol Gattaz disse, se debruçando na mesa. "Mas o que tá acontecendo com ela?"

Roberta respirou fundo e tomou um gole da cerveja. O rosto dela fez uma expressão estranha, um pouco como pena, mas ela não disse nada.

Carol insistiu. "Sério, o que tá pegando?"

Roberta lambeu os lábios e hesitou por um momento. "Eu não sei se..."

A mulher mais alta revirou os olhos. "Olha, com certeza tem alguma coisa errada com ela. Ela tá aqui e sorrindo, mas os olhos dela não tão. Tô um pouco preocupada, pra ser sincera."

"Acho que ela se apaixonou," Roberta falou devagar, como se não conseguisse acreditar no que estava dizendo.

"Tá, então a Rosamaria finalmente se apaixonou por alguém. Não posso dizer que esperava isso, mas, sei lá, boa pra ela, né?" respondeu Carol.

Roberta estremeceu, se lembrando das últimas semanas. "Pois é, mas o problema é que a coisa não... Acho que não deu muito certo."

Carol bufou. "Como assim não deu certo? É difícil acreditar que alguém tão linda quanto ela não conseguiu encontrar amor."

Roberta deu de ombros. "A questão é que, meio que não deu."

Carol arregalou os olhos. "Você tá brincando, né? Você tem que estar de brincadeira."

risk | rosamaria montibellerOnde histórias criam vida. Descubra agora