risk | rosamaria montibeller

Epílogo

Agora que chegamos ao fim, eu preciso agradecer aos quase 130k de visualizações em RISK. Eu nunca pensei que algum dia uma obra minha chegaria nisso, e eu só tenho amor para dar para vocês por causa disso. Obrigada por lerem, obrigada por comentarem, obrigada por estarem aqui comigo!

Eu escrevo para vocês.

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Rosamaria não consegue parar de balançar a perna. Ela respira fundo algumas vezes, tentando se acalmar, mas a tensão em seu abdome ainda persiste. Ela pensa que talvez as meninas do time tenham percebido que o ônibus está tremendo um pouco por causa da força com que balança a perna.

Brincadeira, mas é um pensamento que quase a distrai. Ela não conseguiu falar com Alice na noite passada, nem nessa manhã. Agora a tarde começa a se aproximar, assim como a partida pela medalha de bronze contra a Turquia.

Carolana parece notar algo na expressão do rosto da loira, pois se senta ao seu lado e puxa o fone de ouvido de Rosa.

"Ei, conseguiu falar com ela?"

Rosamaria balança a cabeça, mordendo o lábio. "Não, nada até agora."

"Talvez ela esteja sem sinal." Carol tenta consolar a amiga. "Onde ela disse que está mesmo?"

"África do Sul," Rosa responde, ainda distraída, com os olhos verdes fixos no celular.

"Ei, Rosa, concentra, amiga. Vai dar tudo certo e depois você vai poder comemorar com a Alice em uma ligação quando a gente ganhar daquelas fodidas da Turquia."

Rosamaria deixa uma risada escapar diante da voracidade nas palavras de Carol.

"Você tem razão, amiga. Vai dar tudo certo."

"Olha, a gente já está chegando na arena. Falta quase meia hora pro jogo."

"Tá tudo certo aí, galera?" Gabi pergunta, se debruçando por cima do banco. Ela sempre passa um tempinho com cada pessoa do time antes das partidas, especialmente durante o trajeto.

Carol dá um tapa no ombro de Rosa, deixando a mão lá para dar uma sacudida na loira. "Tamo sim, Gabi. Só tô ajudando a Pink a recuperar o ódio dela."

A capitã parece gostar da ideia. "Isso aí! Precisamos de você com ódio na cara, fogo no cu. Inclusive, se quiser tacar a bola na cara de alguém, eu não vou reclamar, ela só precisa cair no chão depois."

Rosamaria ri, se sentindo mais leve. Alice com certeza comentaria isso em uma entrevista, se elas ainda estivessem acontecendo. "A bola ou a jogadora?"

"As duas."

"Vou dar o meu melhor, Gabriela, pode deixar."

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Rosamaria respirou fundo, sentindo o coração bater forte no peito. O estádio tava lotado, a torcida gritando, e a adrenalina já corria nas veias dela. Era a partida pela medalha de bronze, Brasil contra Turquia, nas Olimpíadas de 2024. Ela sabia que não podia vacilar agora.

Assim que o jogo começou, ela já tava ligada em cada movimento. Foco, Rosamaria, pensou. Hoje é o dia. O barulho da bola batendo ecoava na arena, e quando as turcas mandaram o primeiro ataque, ela se posicionou pro bloqueio. "Vai, Rosa! Fecha essa diagonal!" Gabi gritou ao lado dela. Ela saltou no tempo certinho, sentiu a bola bater nas mãos e cair do outro lado da rede. Ponto pro Brasil.

"Boa, Rosa!" Carol deu um tapa no ombro dela, e Rosamaria sorriu para comemorar, mas o nervosismo ainda tava lá, firme no estômago. Calma, só o começo.