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Capítulo 16

– O que você está fazendo aqui?
Jack se acanha à minha frente e me olha sem jeito.
– Rilla – ele diz me dando um abraço –, tem um tempo que não nos vemos não é'mesmo?
– Não, na verdade te vi a alguns dias atrás quando ficou com as crianças, e ainda não está no tempo certo para você vir novamente aqui e pega las por um tempo pra você. – digo
– Oh sim – ele coça a nuca.
Estou olhando para ele, Jack não mudou muito, continua sem barba, sua feição está um pouco mais desgastada, está um pouco mais forte, parece bem de saúde, e sem nenhum indício de calvície na sua cabeça.
– Amor quem está na... – Dereck para  atrás de mim quando seus olhos encontram seu colega de sala.
– Dereck – Jack diz –, como vai?.
Dereck se ajeita ao meu lado e me olha desconfiado, como se estivesse querendo me perguntar, "por que ele está aqui? ". E eu o olho querendo responder sua pergunta com uma coisa do tipo " eu não sei!Por favor, mata ele ".
– Eu estou bem Jack, obrigado.
– Maravilha então.
Torno encarar ele querendo que revele o seu motivo de estar aqui.
– Não vai me chamar pra entrar não Rilla?
– Jack... – digo
– Entre – O som que sai da boca de dereck me surpreende.
– Dereck – eu o olho soltando faíscas de fogo.
Dereck libera passagem para Jack se encostando para dentro de casa, o que faz com que eu continue na porta imovel enquanto meu ex noivo passa ao meu lado, me tocando.
Reviro os olhos porque sei que Dereck não está querendo bancar o de mal educado, e sei que ele também está fazendo isso por mim, para que eu não pareça mal educada. Mas a verdade é que com Jack, sinto vontade de ser assassina, louca, totalmente repulsiva a ele, a cada mini célula de seu corpo.
Nossa relação atual, pode se dizer que é ok.
Ele fica com as crianças uma vez no mês, e eu fico sem elas durante um tempo, geralmente ele aparece aos finais de semana, e com um aviso de que irá brotar na área. Parece que ninguém está adepto a avisar quando irá aparecer aqui. Lembro de Rana.

                                     ***

– Vamos – exclamo –, hoje não é dia de você pegar as crianças.
– Você não para né? – ele cruza os braços e coloca os pés sobre a mesa de centro da sala.
Solto um suspiro.
– Ok – ele se rende –, eu vim aqui por que..., eu preciso passar uns dias aqui. Com você e as crianças.
De alguma forma, acho graça da sua confissão.
– A sirigaita te deu um pé na bunda ?
– Rilla – Dereck chama minha atenção.
Me viro para ele com uma expressão séria.
– Não, é só que... – ele pausa –, vou me casar.
Agora que eu solto uma gargalhada muito verdadeira.
– Você? – aponto um dedo para sua direção.
– As pessoas mudam Rilla – ele diz.
– A sua sirigaita também?.
– Estou falando sério caramba.
– E por que diabos você tem que ficar aqui?
– Geovana tem uma tradição de família, em que, o noivo tem que ficar longe dela durante uma semana.
– A sirigaita se chama Geovana? – indago
– Pare com isso – ele diz –, eu a amo.
– Do mesmo jeito que você dizia que me amava?
– Rilla...– ele suspira –, posso ou não ficar aqui por um tempo?
– uma semana é?
– Isso – ele confirma.
– Então vai se casar daqui uma semana, não tinha lugar para onde ir e pensou na sua ex mulher para te abrigar por que você iria se casar com a sirigaita que te mandou aquele áudio no nosso casamento a uns anos atrás?
– É – ele confirma.
Eu o olho com irritação.
– Uma semana. – me levanto e vou até a cozinha para beber água, Dereck me acompanha.
– Ei – ele diz –, tá tudo bem.
– Como ele tem coragem de vir até aqui e me pedir isso?
– Ele é babaca.
– Só deixei ele ficar, porque as crianças irão ter que passar a noite com a babá na próxima semana, e isso vai ajudar na adaptação delas.
– Você tem razão, é uma boa se pensar por esse lado.
  Derek olha para mim e vai até a geladeira beber água.
– Eii – digo rindo –, não está com ciúmes por ele ficar aqui não né? – pergunto a ele.
– Só um pouquinho assim – ele articula os dedos me mostrando o quanto se importa ( é bem pouco o espaço que ele mede entre os dedos, mas mesmo assim, é um pouquinho ).
Rio.
Me jogo em seu peito e o encaro, passo os braços ao redor de seu pescoço e ele se agarra na minha cintura.
– Eu só vou deixar de ter ciúme se você me der um beijo – ele faz beicinho.
Fico nas pontas do pé para alcançar seus lábios até eles encontrarem os meus. Nos beijamos lentamente na cozinha, apoiados na geladeira.
– Vocês são tão fofos.
Paramos de nos beijar porque Jack está na entrada da cozinha nos olhando e fazendo um coração com as suas mãos.
– Jack – eu o repreendo.
– Fui
Olho para Dereck
– Você aguenta amor – Dereck me conforta.
Solto um sorriso de lado.
– Mãe chegamos...
– Pai — as crianças gritam de alegria.
E lá vamos nós.

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