Emma
Meus ombros caem em derrota. Se meu pai estivesse bem de saúde as coisas estariam melhores. Meus olhos ardem, nao consigo suportar a sensação de solidão esmagando meu peito. Me deiro no divã luxuoso e me viro para a parade de vidro, os cisnes brancos deslizando suavemente nas água mansas do lago, me distraem momentaneamente. Me estico, meu corpo todo dolorido e não de uma forma ruim. Isso que é pior. Mesmo diante da situação absurda, eu gostei de ser possuída pela Jenna. Que tipo de garota goza ao fazer sexo com o equivalente a seu captor? Só uma garota tola e inexperiente. Me recremino. Meu telefone volta a tocar e eu bufo, temendo ser as duas víboras de novo. Então, alegria me enche quando vejo que é Naomi. Eu já devia ter ligado, mas, estava com vergonha, sem saber o que dizer para ela.
— Hey, Naomi. – cumprimento-a, rolando de costas no estofado macio, meus olhos indo para a claraboia no teto alto.
— Oi, emma. Como você está amiga? – sinto sua urgência e preocupação. Sua voz está um tanto anasalada, parecendo gripada. – Ela tentou machucou, não foi? Cretina, filha de uma cadela. – eu rio um pouco com seu arroubo.
— Não, amiga. Ela não me machucou. Eu, eu... Senti prazer.
— Espera, ela não te machucou e você sentiu prazer? – ela é toda surpresa agora. Gemo, vergonha tomando conta de mim pela milésima vez.
— Eu sou uma... Me comportei como uma puta. – digo-lhe com desgosto. — Já aí em Nova York, no instante que ela viu, foi para cima de mim e cedi. – fecho os olhos brevemente. — Não consigo resistir ao toque dela, amiga. Eu devia ter sido mais forte. Devia ter odiado tudo, seu toque, sua posse. Eu devia odiá-la. – ranjo os dentes.
Ela fica um instante em silêncio.
— Não seja tão duro consigo mesma, Emma. – pede suavemente. — Estive em uma ou duas festas em que Jenna estava e, deixe-me lhe dizer, amiga, você se comportou como qualquer garota da nossa idade diante de uma mulher como aquela. Ela pode ser o diabo cobrando uma dívida como você diz, mas, ela é gostosa além da conta. – eu gemo baixinho.
Oh, Deus, sim, ela é gostosa demais. Cretina, fria, mas, sabe como agradar uma mulher na cama. Meu peito dói por não saber quando a verei de novo.
— Me ajude. Dê alguma dica para que eu possa resistir da próxima vez que ela me tocar. — Peço esperançosa.
— Infelizmente as coisas não funcionam assim, amiga. – diz com pesar. — Sinto lhe informar, mas, se você gozou em sua primeira vez, significa que ela é muito boa... – faz uma pausa de efeito. — O sexo só vai ficar melhor, Emma. A próxima vez não haverá desconforto e, amiga, não tem como resistir uma mulher que te faz gozar mesmo sentido dor.
Meu Deus. Estou perdida. Eu já desconfiava disso. Não sou tão tola. Imaginei que nas próximas vezes as coisas iriam esquentar mais e o prazer seria maior.
— Sim, amiga, ela é uma mulher bastante experiente. Sabe como e onde tocar. – aceito minha derrota.
— Bom, pelo menos ela não foi uma imbecil total, se preocupou com o seu prazer. – murmuro tentando me animar. — Você precisa começar a racionalizar a coisa toda, Emma.
Eu franzo o cenho.
— Como assim?
— Os homens e as mulheres são facilmente manipulados desde sexo que o mundo é mundo, amiga. – me diz em tom conspiratório. — Faça essa gostosa safada comer na sua mão, garota.
Eu bufo. Estranhamente ela é a segunda pessoa que me fala isso hoje. Elas não a conhece de perto como eu estou começando a conhecer. A mulher é mais fria que um iceberg. Ninguém pode manipulá-la. Sobretudo, uma novata como eu.
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A dívida - jemma
Fanfiction• Conteúdo +18 • Contém abuso‼ Jenna Marie Ortega, é a CEO do conglomerado brasileiro de ilhas aéreas , SLN Ocean Airlines, sediado em São Paulo. Uma mulher fria, implacável e cínica, que respira negócios. Aos trinta e sete anos nunca se permitiu vi...