Capítulo 19

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                                       Emma

— Ainda não falamos sobre isso, Naomi. – digo com um caroço na garganta.

E se ela não me permitir ver o bebê? Como é que não pensei sobre isso antes? Que tipo de mãe faz isso? Eu... Eu.. Penso aturdida. Sou muito jovem para ser mãe, mas, de repente já me sinto de certa forma protetora com esse bebê que ainda nem foi gerado.

Colo a mão em meu ventre. Ou foi. Jenna gozou dentro de mim ontem. Outro tipo de tremor me percorre ao me recordar da sensação quente e deliciosa do seu sêmen me inundando. Consigo senti-la, grande, grosso, estocando em minha vulva, me esticando além do meu limite.

Minha vagina esquenta, umedencendo, pulsando, mesmo toda dolorida. Ofego baixinho.

Meu Deus. Como vou resistir aquela mulher? A isso?

Horas mais tardes....

                                      Jenna

Preciso ver os contratos dos gregos, que Hunter me enviou pelo e-mail, ainda hoje. A viagem está marcada para amanhã e não gosto de surpresas de última hora. Retiro meu terno, a gravata, arregaçando as mangas da camisa branca assim que passo pela porta. Me dirijo para a minha mesa e retirando o notebook da pasta, mergulho no trabalho, a única coisa que me relaxa, depois do sexo, claro. Uma batita na porta do faz sobressaltar.

Confiro o relógio de pulso. Porra, já se passou uma hora e ainda faltam dias páginas para ler. Tenho que devolver o arquivo para Hunter com as minhas sugestões. Ele vai espernear dizendo que está de férias, mas, fará as alterações e me enviará, como sempre faz. Meus olhos estão ardendo e uma leve pontada está começando em minha cabeça.

— Entre. – digo, a exaustão marcando em minha voz. Então, meu coração salta sem o meu consentimento quando o objeto do meu desejo insano, passa para dentro. Meus olhos correm avidamente pelo corpo firme, todo tonificado.

Rosno ao perceber que está usando u dos seus conjuntos esfarrapados para dormir, em vez das camisolas de seda e cetim que comprei para ela. Tenho que reconhecer que os efeitos de suas curvas é o mesmo para o meu pau. Ele não se importa com a regata simples e o shortinho velho. Tudo que importa é que sua barriguinha reta está à mostra e as coxas cremosas, que desejo desesperadamente em volta da minha cintura, estão de fora também.

Emma para na frente da mesa e nossos olhos se encontram. Seu cheiro delicioso, limpo chega até mim e minhas narinas expandem. Uma energia densa, voraz me engolfa, enquanto olho a menina fixamente. Devoro-a, para ser sincera. Quero Fodê-la, agora. Quero-a debaixo de mim.

O que há com essa menina, porra? Nunca me permito ser tocada pelas bocetas que fodo. E nunca, nunca fico ansiando para comer uma boceta de novo. Mas, estou exatamente assim com ela.

— Vejam só quem veio me dar as boas-vindas... – murmuro, um meio sorriso cínico repuxando minha boca. Meus olhos grudados nos seu. Ela arfa, os olhos castanhos brilhantes, o rostinho perfeito, rosado, a expressão ainda inocente.

— Eu só queria conferir se era você mesma que tinha chegado. – diz levemente ofegante. Rio lentamente.

— Sentiu saudades, amor? – ela cora.

Mas, ignora meu comentário irônico.

— Quero saber a respeito da viagem. – diz, esticando a coluna, sua postura se tornando um tanto atrevida. — Nunca fui à Grécia. Na verdade,  nunca fui à Europa. – volta a corar, seu desafio escorrendo um pouco, ao admitir isso.

— Como assim, nunca foi à Europa? – franzo o cenho. Isso me intriga. De acordo com os relatórios dos gastos de Jeremy, os Myers m à Europa pelo menos duas vezes por ano nos últimos cinco anos. Até aí, nada demais porque o salário que lhe pagava não era baixo, lhe permitia alguns regalos. Porém, eles passaram a esbanjar, se hospedando em hotéis caríssimas e fazendo compras absurdas nessas viagens. Claro, era meu dinheiro custeando tudo! Bufo. — Esqueceu que tenho os relatórios de todos os gastos da sua família nos últimos cinco anos, amor? Você estiveram batendo pernas por lá duas vezes por ano, gastando o dinheiro que roubaram de mim. – digo friamente.

Ela levanta o queixo novamente, os olhos brilhando com algo que não consigo identificar.

— Eu nunca estive nessa viagens. – afirma, um toque de ressentimento lá no fundo.

— Por quê? – torno a perguntar ainda mais intrigada. Seus olhos são tomados por uma emoção diferente e ela os desvia dos meus. Algo doloroso, acho.

— Sempre estava em algumas atividade escolar ou extraescolar. – volta a me olhar e tenho a nítida impressão que esta mentindo nessa parte. — Nunca me beneficiei do dinheiro que...

— Seu pai roubou? – cuspo com depreciação. Esse assunto sempre me tira do prumo. O homem foi burro demais. Podia ter tudo, mas, preferiu ser desonesto. — Diga isso, Emma. Seu pai é um ladrão. – ela ofega, dor clara passando em seus olhos agora. Sinto um estranho aperto no peito ao ver as lágrimas surgindo em seus olhos.

— Jamais vou entender isso... – seu tom é infeliz. — Meu pai é o homem mais honrado que conheço. Ele...

— Eu cometi esse erro também. – debocho. — Acreditei na integridade dele e me ferrei. – ela bufa, o rosto indo de choroso a raivoso em segundos.

— A única que se ferrou nessa história fui eu, senhora Ortega. – diz com afronta clara em seu tom e expressão. — A mulher mais fria, sem coração que já tive o desprezo de conhecer, me transformou em sua puta, sua incubadora particular.

Meu sangue ferve, suas palavras me incomodando. Então, eu ataco sem dó:

— E mesmo assim gozou tão forte no meu pau, amor... – digo-lhe secamente. Ela resfolega com a minha grosseria. — Você gostou de ser minha. Admita que agora mesmo enquanto falamos.... – me inclino, colocando os cotovelos sobre a mesa, encarando-a fixamente e susurro: — Na verdade, desde o momento que passou por aquela porta e nosso olhares se cruzaram, sua bocetinha está molhada. Você me quer, como eu te quero. É química, tesão, neném. – desdenho-a. — Não há nada que possa fazer.

— Eu od...

— Você está ficando tão cansativa, Emma. – a corto, abanando a mão de forma entediada. Suspiro alto e mudo o assunto. — Mas, atendendo à sua curiosidade sobre a viagem. Leve as roupas novas. Não quero minha esposa andando por aí que nem uma mendiga.

Ela tem roupas horríveis e velhas. Está falando a verdade quando diz que não se beneficiou do dinheiro que Jeremy afanou? Olho-a detidamente. Pensando bem, ela não é espalhafatosa como sua meia-irmã piranha. Está atuando para mim? Estreito meu olhar sobre ela.

Forço minha mente, tentando recordar de algum gasto com o nome dela nos relatórios e não me vem nenhum, exceto exceto escola de dança, bem cara por sinal. Mas, esse não pode ser seu único pecado, pode? Faço uma nota mental para que o investigador particular levante a ficha completa dela. Vou confirma que é tão pistoleira quanto o resto da sua corja, tenho certeza.

— Estamos em outubro, ainda é verão por lá. Ligue para sua personal stylist para não cometer nenhum erro. – digo por fim.

— Não sou nenhuma idiota, Jenna. – ela diz, parecendo um adolescente petulante. Eu gosto de ouvir meu nome sendo pronunciado na boquinha carnuda. Meu olhar é atraído para os lábios cheios, tentadores. — Sei os locais onde preciso me vestir adequadamente.

— Espero que sim. – me recosto no espaldar da cadeira olha-a intensamente. Murmuro: — Gostou dos presentes? O carro, os cartões? – revira os olhos.

— Ou as joias caras que aquele designer famoso veio me mostrar ontem? – sua expressão é de desdém agora. — Eu passo. Pode dá-los a uma de suas mulheres. Não precisa de nada que venha de você.

Meu queixo cai no chão. Como assim, caralho? Ela adorou o presente da Aliyah. Por que diabos está rechaçando os meus?

— Mesmo, Emma? – sorrio, cínica, injetando frieza na voz: — Pode parar aí, amor. É filha de um ladrão. Sabe o que dizem sobre a maçã não cair longe da árvore... – vejo novamente o flash de dor nos olhos castanhos, mas, não me deixo comover. — Aceite os presentes e a minha boa vontade. Considere como um pagamento pela sua virgindade. O limite dos cartões são de quinhentos mil reais cada um. – sorrio ainda mais glacial e deixo meu olhar viajar em seu corpo, maliciosamente.

Ela pisca, o rosto empalidecendo. Então, respira profundamente, os olhos ficam frios, como nunca os vi antes.





Autora:

Desculpem por qualquer erro

Bjsss da autora 👋👋



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