shinobu x tanjiro

o despertar da marca

Enquanto os Hashiras se dispersavam após a reunião, Shinobu e Kanao caminhavam pela varanda da sede da Corporação dos Caçadores de Onis. O sol estava começando a descer no horizonte, pintando o céu de um laranja suave, mas o clima entre as duas era de apreensão. Shinobu estava perdida em pensamentos, ponderando sobre tudo o que havia acontecido recentemente, quando uma de suas borboletas, seu meio de comunicação e rastreamento, se aproximou dela com urgência.

Assim que a borboleta pousou no ombro de Shinobu, a expressão dela mudou instantaneamente. O leve sorriso que ela mantinha, embora disfarçando suas preocupações, desapareceu completamente. Seus olhos se estreitaram, e Kanao, percebendo a mudança, parou de andar e olhou preocupada para sua mestra.

— Tanjiro... — murmurou Shinobu, sentindo o coração apertar no peito. Ela soube, naquele momento, que Tanjiro estava em perigo. O aviso da borboleta não deixava dúvidas. Ele estava enfrentando algo muito além do que poderia lidar sozinho.

Por sorte, Zenitsu e Inosuke estavam ali na varanda também, descansando e se preparando para suas próximas missões. Quando Shinobu os viu, ela não perdeu tempo.

— Zenitsu! Inosuke! — chamou ela, com uma seriedade que raramente demonstrava. Os dois se viraram imediatamente, surpresos ao ver Shinobu tão alarmada. — Vocês sabem para onde Tanjiro foi em sua última missão?

Zenitsu, sempre atento aos movimentos de seus amigos, respondeu rapidamente, ainda surpreso pelo tom urgente de Shinobu:

— Sim, ele mencionou que estava indo para uma vila próxima, onde um oni havia sido avistado. Por quê? O que aconteceu com Tanjiro?

Shinobu não perdeu tempo em explicar. Ela sabia que cada segundo contava.

— Tanjiro está em perigo — disse ela, já se preparando para partir. Ele precisa de reforços imediatamente. Kanao, envie uma mensagem aos outros e peça para que enviem reforços. Precisamos de todos que puderem ajudar!

Kanao, sempre obediente e rápida, acenou com a cabeça e imediatamente correu para cumprir as ordens de Shinobu, enviando suas borboletas para convocar mais caçadores para ajudar.

Zenitsu, sentindo o pânico começar a se formar, olhou para Shinobu e depois para Inosuke, que já estava pronto para sair correndo na direção indicada.

— Vamos, Inosuke! — Zenitsu gritou, sentindo a adrenalina percorrer seu corpo. Precisamos chegar lá o mais rápido possível!

— Eu já estava na metade do caminho! — respondeu Inosuke, com seus sentidos aguçados já apontando o caminho certo. Ele parecia mais animado do que preocupado, o que não era incomum para ele.

Shinobu, determinada, saltou para a borda da varanda, seu olhar firme voltado para o horizonte. Ela não podia negar o nó no estômago, mas sabia que não havia tempo para hesitação.

— Não deixem que nada aconteça com Tanjiro — disse ela, com um tom de voz que parecia mais uma ordem do que um pedido. E com isso, ela partiu na direção em que Tanjiro havia ido, sua velocidade tão rápida quanto uma brisa cortante.

Zenitsu e Inosuke não perderam mais tempo e seguiram atrás dela, correndo com todas as suas forças. Eles sabiam que cada segundo poderia fazer a diferença entre a vida e a morte de Tanjiro. Enquanto corriam pelas florestas e caminhos estreitos, o pensamento de perder seu amigo mais uma vez os motivava a continuar.

E enquanto isso, Tanjiro, ainda enfrentando Kaigaku, lutava com todas as suas forças, sem saber que seus amigos e aliados estavam a caminho.

A batalha entre Tanjiro e Kaigaku chegava ao seu ápice. A respiração dos dois guerreiros era pesada, e o cheiro de sangue misturava-se ao ar úmido da madrugada. A escuridão começava a ceder, e o primeiro vislumbre do amanhecer pintava o horizonte com tons suaves de laranja e rosa. Kaigaku, percebendo que o tempo estava contra ele, sabia que precisava acabar com Tanjiro antes que o sol aparecesse e o tornasse vulnerável.