fuga de shinobu

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Shinobu movia-se com agilidade pelas sombras, cada passo calculado para não fazer o mínimo ruído. Sabia que a menor distração ou descuido poderia ser fatal. O covil dos onis era uma verdadeira fortaleza, e sair dali sem ser detectada seria um feito quase impossível para qualquer um, mas ela não era qualquer pessoa.

Ao sair da cela, ela se viu em um corredor estreito e escuro, iluminado apenas por tochas espaçadas. Sabia que os onis não precisavam de muita luz para enxergar, então qualquer erro poderia significar sua captura. Seu objetivo era claro: encontrar uma rota de saída, se possível antes da próxima ronda de soldados. Ela contava o tempo mentalmente. Menos de duas horas... preciso ser rápida.

Enquanto avançava, Shinobu escutava o eco distante dos passos de guardas nas áreas mais afastadas. Ela aproveitou para se aproximar das paredes, movendo-se silenciosamente, sempre atenta aos detalhes ao redor. Havia um cheiro denso e pesado de sangue no ar, típico daquele lugar, algo que já não a perturbava, mas a mantinha alerta.

Seu caminho a levou até uma bifurcação. Um dos lados levava a uma área de armazenamento, onde ela sabia que os onis mantinham suprimentos e armas, e o outro provavelmente a levaria para as saídas mais expostas do covil. Decidindo pelo risco menor, ela seguiu em direção ao depósito, sabendo que poderia ser mais fácil se esconder ou até encontrar algo útil.

Ao entrar no depósito, ela encontrou uma sala cheia de caixas, com objetos empilhados em prateleiras e alguns tonéis grandes ao fundo. Enquanto se movia rapidamente pelos cantos, algo chamou sua atenção: uma máscara deixada em uma das prateleiras, provavelmente esquecida por um dos guardas. Ela sabia que os onis tinham seu próprio sistema de segurança, e qualquer disfarce seria útil, antes de sair da sala outra coisa chamou sua atenção, era sua espada que havia sido confiscada pelos onis.

Shinobu vestiu a máscara, ajustando-a no rosto. Não era perfeita, mas serviria para enganar um guarda distraído de longe. Ela pegou também uma capa que encontrou próxima, algo que poderia ocultar mais seus movimentos.

Agora, mais equipada, ela continuou sua fuga, sempre seguindo o som das patrulhas e evitando o confronto. Quando chegou perto da saída, sentiu uma tensão familiar no ar. O sol ainda estava longe de nascer, e sair do covil agora poderia ser mais perigoso, com os onis em plena força. Mesmo assim, a ideia de ser capturada novamente não era uma opção.

Vou me aproximar e observar. Preciso ter certeza de que a rota está livre.

Ela se esgueirou até um canto com uma vista da saída principal e viu dois guardas conversando, suas figuras monstruosas pouco iluminadas pela tocha. Se conseguisse distraí-los ou esperar até que deixassem a área por um momento, teria sua chance.

Sabendo que o tempo estava se esgotando, Shinobu decidiu se manter firme em seu plano. Ela encontrou uma pequena pedra e, com um lançamento preciso, jogou-a em uma direção oposta, criando um som que chamou a atenção dos

Shinobu mal havia começado a fuga quando percebeu que os guardas a notaram. O som de seus passos apressados e suas vozes se elevando atrás dela ecoavam pelos corredores do covil. O coração de Shinobu batia acelerado, mas ela sabia que não podia hesitar. Com um último olhar rápido para os lados, se lançou em disparada pelos corredores, seus pés mal tocando o chão enquanto avançava com toda a velocidade que conseguia.

Ao sair do covil, sentiu o ar frio da noite bater contra sua pele. Sua respiração era pesada, mas sua determinação era maior. Os guardas vinham em seu encalço, mas Shinobu era ágil, seus movimentos eram precisos e quase imperceptíveis. Ela desviava das árvores, pulava sobre raízes e se abaixava para evitar galhos baixos, movendo-se como uma sombra na escuridão da floresta.

shinobu x tanjiroOnde histórias criam vida. Descubra agora