Desde o dia que Jhon me fez dele pela primeira vez... a voz de alguém vem em minha mente. A todo momento.
No começo pensei que fosse meu noivo, mas com os dias percebi que era algo maior que eu e ele. Mais velho e poderoso.
Ele se apresentou como o mais leal soldado, e que era assim que eu deveria chamá-lo. Soldado.
Ele era bruto, falava um monte palavrão a todo momento, ele parecia insegurança ver o que eu vejo, sentir o que eu sinto. Como se fossemos um. Como se ele estivesse literalmente na minha cabeça.
-Amor. -Chamo meu noivo que vem até mim deixando os dois ladrões caídos no chão. - Eu quero comer camarão.
-Tem um restaurante no outro lado da rua. -fala apontando para o restaurante pegando minha mão. -Quer ir lá enquanto eu termino aqui? -pergunta beijando minha mão de forma calma.
-Pode ser. Estou realmente com fome. -falo dando um selinho no meu noivo antes de ir até o restaurante do outro lado da rua.
Todos me olhavam chocados, não era todo dia que se via uma Super por aí. Principalmente a noiva do capitão Pátria.
Eles me soltaram peixinho, eu estou livre.
Sinto meu corpo todo gelar. Ele estava preso? Eu pensei que ele fosse apenas um alter ego meu... mas não. Ele existe. Meu soldado existe.
Me sinto mal ao perceber que a emoção que sinto agora é a mesma que tive ao conhecer Jhon.
Onde você está? -pergunto em minha mente, fecho os olhos respirando fundo e quando volto a olhar para a rua. Posso ouvir ele me chamado.
Sem prensar duas vezes saio do restaurante seguindo a voz, eu não sabia para que lugar estava indo. Não sabia o que me guiava. Mas eu sabia que ele estaria lá. Ao meu redor parecia tudo sem cor, fecho os olhos apenas seguindo meus novos instintos, parecia tudo tão novo. Não pensei que sentiria isso novamente.
Eu estou aqui meu peixinho.
Ouço a voz do soldado mais uma vez antes de pousar no chão, sinto o vento das árvores ao meu redor, e o som dos pássaros cada vez mais suaves. Era como se eu nunca tivesse respirado antes, a sensação do ar gelado mesmo com o calor entrando em meu mulmão, me enchendo não apenas de ar.
-Oi meu peixinho. -ouço uma voz grossa atrás de mim. Assim que me viro, vejo o homem com a barba rala e uniforme impecável, porém havia algo diferente dele, seus olhos. Não transmitiam o que seu corpo demonstrava, seu olhar esperançoso e surpreso, como se tivesse algo perdido. Aprendi com o Pátria que as pessoas são muito boas m mentir... mas os olhos. Não há como mentir, são o espelho da alma.
-Eu não sei o porque me chamar assim, esse nem é o foco dos meus poderes. -falo virando a cabeça para o lado. -Você é mesmo real. -finalizo vendo o mesmo respirar fundo assim como eu.. como se estivesse... completo.
-Peixinho, eu sou perfeito demais para ser imaginado. -se gaba colocando os perfeitos cabelos castanhos para trás, sua postura impecável não passava de uma máscara, eu podia sentir sua angustia e nervosismo, sua alegria.... -Agora me diga, porque o meu lindo peixinho dourado está prometida ao senhor perfeito?
-Ele é bom para mim, e me faz gozar horrores. -falo fazendo biquinho, e pude perceber seus olhos rolarem para cima de maneira entediada, seus pés perfeitamente fincados ao chão e a mão na sua cintura.
Céus, ele parece um livro aberto.
-Que peixinho mal criado, vou ter que lavar sua boca com sabão. -brinca abrindo os braços, em minha direção -Vem.
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Protegida
Teen FictionEle não era bom, todos que realmente o conheciam o viam como um monstro cruel e temperamental. Ninguém conseguia entende-lo. Ninguém menos ela. a pequena garotinha perfeita dele. Ursa foi resgatada por ele quando tinha 16 anos, uma super com poder...