O filho do meu padrasto • Dylan O'brien •

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•Dylan•

Assim que chegamos ao restaurante, fomos guiados até a mesa que havíamos reservado. Sentei-me primeiro, e Dylan se acomodou ao meu lado. Ele logo percebeu minhas pernas balançando, inquietas, e, sem dizer nada, colocou a mão suavemente sobre minha coxa. Seu toque trouxe uma sensação de calma, pelo menos momentânea.

Minha mãe e meu padrasto estavam sentados em frente a nós, de mãos dadas sobre a mesa. Eles pareciam felizes, compartilhando um olhar cúmplice que só aumentava meu nervosismo. Jasmine, distraída com suas bonecas, nem prestava atenção ao que acontecia. Para ela, aquele jantar não tinha importância — só as bonecas.

O garçom veio e fizemos nossos pedidos. Jasmine, finalmente, deixou os brinquedos de lado para comer, embora sua concentração ainda estivesse longe da conversa.

Minha mãe se inclinou um pouco para frente, um sorriso no rosto: 
— Temos uma notícia maravilhosa para compartilhar com vocês... — começou a dizer, mas nesse momento, meu estômago se revirou. Uma náusea avassaladora me atingiu, e não consegui esconder meu mal-estar.

— Filha, você está bem? — perguntou minha mãe, com uma expressão de preocupação.

— Estou, mãe — forcei um sorriso — Só preciso ir ao banheiro. Tudo bem? — falei enquanto já me levantava, tentando soar casual.

— Claro, querida. Quando você voltar, contamos a novidade — ela disse com um aceno, ainda sorridente.

Saí da mesa o mais rápido que pude, tentando disfarçar a urgência. No banheiro, mal tive tempo de pensar antes de vomitar. Quando finalmente terminei, fui até o espelho. Meu rosto estava pálido, as lágrimas ameaçando cair. Enxuguei rapidamente os olhos, lavei o rosto e retoquei a maquiagem, na esperança de parecer mais composta do que me sentia por dentro.

Quando saí do banheiro, dei de cara com Dylan parado ali, esperando por mim.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, surpresa.

— Vim ver se você estava bem. Fiquei preocupado — ele respondeu com aquele tom calmo, colocando a mão no meu rosto, como se quisesse garantir que eu estava inteira.

— Dylan, eles vão desconfiar se ficarmos saindo juntos assim. — Suspirei, preocupada.

— Não se preocupa. Eu disse que precisava usar o banheiro também. — Ele sorriu, tentando me tranquilizar. — Ninguém suspeita de nada, nem que estamos juntos.

Hesitei, mas acabei concordando. — Tá, eu volto primeiro. Espera alguns minutos antes de voltar.

Ele assentiu, e eu saí do banheiro, tentando parecer o mais natural possível enquanto voltava para a mesa. Mas, por dentro, a tensão só aumentava.