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•Dylan•

Eu queria contar para as meninas e para o resto do grupo, mas... eu e Alex precisávamos digerir tudo primeiro. Não esperávamos ter que revelar isso agora.

— Sobre o que vocês estavam falando? — Belly entrou na sala, se aproximando de nós.

— Belly... — Passei a mão no rosto, suspirando, exausto. — Calma, Belly — eu disse, tentando tranquilizá-la.

— Deixa que eu falo com ela — disse Alex, levantando-se. Ele pegou na mão de Belly e a levou para fora do quarto.

Depois que eles saíram, Alex fechou a porta, e um silêncio pesado tomou conta do ambiente. Encarei Melissa, que estava em pé na minha frente.

— Tá tudo bem? — Melissa quebra o silêncio.

— Tirando o fato de que Elen está entubada e em uma situação horrível — ele começou, com a voz calma, mas firme — e que nossos pais provavelmente vão anunciar um casamento ou, pior ainda, uma gravidez, bem no meio desse caos... Ah, e considerando que provavelmente a gente não vai ficar junto depois disso tudo... Sim, Melissa, estou ótimo — ele concluiu, a voz carregada

•Melissa•

Ele terminou de falar, e eu fiquei em silêncio, sem saber o que responder. Mordi os lábios e senti meus olhos se encherem de lágrimas. Toda aquela situação me deixou com um aperto no peito, o estômago embrulhado, e uma ansiedade crescente. Sem conseguir segurar, corri para o banheiro e vomitei.

Dylan veio logo atrás de mim, preocupado. Ele segurou meu cabelo e fez carinho nas minhas costas enquanto eu tentava me recompor.

— Melissa? — Ele chamou meu nome, esperando uma explicação.

— Tá tudo bem — respondi, ainda ajoelhada em frente ao vaso sanitário — Acho que esses assuntos me deixaram enjoada, e talvez eu tenha comido algo que não caiu bem — suspirei, tentando minimizar a situação.

— Tem certeza? — Ele perguntou, desconfiado.

— Há quanto tempo você está assim, Melissa? — Ele questionou, me ajudando a levantar enquanto eu puxava a descarga.

— Ultimamente, tenho sentido umas náuseas. Ontem eu vomitei também, mas acho que é só estresse ou algo que comi e me fez mal — expliquei, indo até a pia para lavar a boca.

Dylan me olhou com um ar pensativo, e então, perguntou:

— Você já parou pra pensar que pode ser outra coisa? Não sei... você menstruou?

A sugestão dele me pegou de surpresa, e eu fiquei um pouco irritada.

— Dylan? Não! Eu não estou grávida, tá bom? — respondi, exaltada, saindo do banheiro.

— Tá, tá, eu não estou dizendo que você está, mas... seria bom você verificar, só por garantia — ele disse, abrindo a porta do quarto.

— Você vai? — Ele perguntou, mudando de assunto.

— Vou aonde? — Retruquei, sem entender.

— No almoço — ele esclareceu.

— Não sei, se der eu vou — respondi, ainda séria.

— Eles querem que você vá. Seu pai vai ficar decepcionado se você não aparecer — Dylan disse, se aproximando.

Larguei a maçaneta da porta e me aproximei dele. Coloquei minhas mãos no rosto dele, tentando me acalmar e acalmá-lo.

O filho do meu padrasto • Dylan O'brien •Onde histórias criam vida. Descubra agora