•86 e ultimo episdio•

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•Autora•

Muitas pessoas, comparam os seus problemas com os dos outros, como se a sua dor fosse a mais intensa ou precisasse ser validada de alguma forma.

Isso acaba sendo visto por alguns como uma maneira de "chamar atenção". Por outro lado, aqueles que escutam essas pessoas geralmente são chamados de "a solidão", já que parecem estar lá apenas para ouvir, mas sem se conectar de fato. Contudo, mesmo que pareça que a pessoa esteja apenas buscando atenção, ela também está sofrendo e precisa de amor, assim como qualquer outra pessoa. Ela precisa aprender a amar e ser amada, assim como quem a escuta.

O que quero dizer é que Melissa aprendeu a amar e ser amada novamente, e Dylan também. A diferença é que Melissa achava que ninguém a amava, nem mesmo sua mãe, apesar de sempre estar por perto. Ela se sentia invisível. Dylan, por outro lado, sabia que era amado por seus melhores amigos e por sua irmã mais nova, e ele também os amava, mas não sabia como expressar isso. Ele não sabia como dizer "eu te amo" com a profundidade que recentemente começou a entender.

O mesmo vale para os outros — Belly, Elen, Maicon, Alisson e Alex. Todos eles enfrentaram seus próprios problemas e, embora o amor estivesse presente em suas vidas, eles nunca tinham compreendido verdadeiramente o que significava. Foi necessário passar por conflitos e desafios para que amadurecessem e, no final, entendessem a importância de aprender a amar e a sentir essas emoções.

•Melissa•

•Ja se passaram 2 anos•

Era véspera de Natal, e o grupo decidiu passar a noite juntos antes de cada um ir para suas famílias no dia seguinte. Eles estavam na casa da praia, relaxados no sofá, bebendo cerveja e comendo pizza, enquanto Aurora dormia tranquila.

— Tenho um discurso! — anunciou Maicon, levantando-se.

— Iih, lá vem... — brincou Dylan, arrancando risadas de todos.

— Passei por muitas fases na vida, e vocês estiveram comigo em quase todas. Não quero perder isso. Um dia, quando tiver minha família com o amor da minha vida — ele sorriu para Alisson, e todos riram — quero que nossos filhos sejam tão próximos quanto nós somos, que eles vivam suas aventuras como nós vivemos. E, quando os virmos enfrentando os altos e baixos da vida, vamos entender que isso é necessário, assim como foi para a gente — ele finalizou com um suspiro, sorrindo. Todos aplaudiram.

— Estou impressionada! — falei, rindo.

— Claro, sou eu! — respondeu Maicon, com um sorriso provocador, e todos riram novamente.

— Agora é minha vez — disse Belly, levantando-se. — Estou realizando o meu sonho de estudar fora, e nada disso seria possível sem o apoio de vocês. Minha vida não teria sentido sem cada um aqui. Eu amo todos vocês e não mudaria nada do que vivi, porque, hoje, sei quem realmente sou — disse ela, emocionada. Todos aplaudiram e a elogiaram enquanto ela, sorrindo timidamente, voltava a se sentar.

— Isso virou um festival de discursos? — brincou Alisson, levantando-se também. — Ok, vou tentar. Nunca pensei que faria parte desse grupo — todos riram —, mas agora que faço, sou feliz. Eu me sentia sozinha, mesmo cercada de gente, mas com vocês e com Maicon, tudo mudou. Não sou boa com palavras, mas... amo vocês. — Ela sorriu, e todos aplaudiram.

— Arrasou, linda! — elogiou Belly.

— Você é incrível! — acrescentei.

— Valeu, meninas — respondeu Alisson, sorrindo de volta.

— Agora é minha vez — disse Dylan, levantando-se. — Tenho muito a dizer, mas vou ser direto... Eu sou grato por ter todos vocês. Achei que meu futuro seria bem diferente, mais solitário, mas estou feliz. Tenho vocês, tenho o amor da minha vida, e — ele abriu um sorriso enorme —, tenho uma filha que amo demais. — O sorriso de todos refletia orgulho e carinho.

O filho do meu padrasto • Dylan O'brien •Onde histórias criam vida. Descubra agora