Capítulo 11 - Agora e para sempre

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                        DAENA TARGARYEN

A lua cheia iluminava Fortaleza Vermelha. A brisa fresca soprava sob os fios de meu cabelo, fazendo a parte não coberta de meu corpo pelo hobby, estremecer. Meus braços estavam recostados sob a balaustrada, enquanto permanecia imóvel, contemplando a vastidão além dos muros do castelo á minha frente.

Pelo tardar da noite, hoje já era o grande dia.

Meus tênues pensamentos são corrompidos no instante em que posso ouvir passos ecoarem sob o frio chão de mármore. Meu coração acelerou, mas meu corpo se manteve firme para frente.

Eu já sabia quem era sem precisar me virar.

Sinto seu cheiro amadeirado rente a mim. Seus passos haviam se cessado a poucos centímetros de distância de onde eu estava.

O silêncio que permaneceu pelos próximos instantes foi tão sufocante que a ideia de não me virar, e olhar para ele foi como o golpe de uma lâmina sob minha barriga.

— Não se case com ele.

Me viro para Aemond instantaneamente.

— O quê? — As palavras deslizam de meus lábios de uma forma fria, e tento conter o calor que irradiou por dentro de mim.

— Não se case com ele. — Sua voz era baixa, carregada por uma espécie de frustração.

Enriqueço minha postura, mantendo-me em silêncio por alguns instantes.

— Por que? — O questiono, enquanto meus olhos permanecem fixos em sua face indecifrável.

— Por que? — Aemond lentamente deu um passo á frente. — Você sabe porque.

Cruzo meus braços, e engulo á seco.

— Não. — Uma curta pausa. — Eu não sei. — Me viro rapidamente para a visão da cidade.

Suas mãos se entrelaçam em minha cintura, interrompendo minha ação, e puxando-me para junto dele. Nossos corpos estavam a uma distância tão curta que posso sentir a temperatura quente crescendo dentro dele. Pude sentir uma faísca proibida e depravada dentro de mim, e as palavras foram extintas de meus lábios.

— Porque você não pertence a ele... — Seus lábios sussurram quase juntos dos meus, e lentamente se encaminham em direção do lóbulo de minha orelha. — E você sabe disso tanto quanto eu.

Abro meus olhos repentinamente, e sinto meu coração bater de forma eufórica. 

Suspiro, fechando minhas pálpebras calmamente ao recobrar minha mente de que havia sido apenas um sonho.

Outra vez. Mais um.

— Pelos Sete Infernos... — Quase que sussurro.

Seguidamente deslizo minhas pernas para o piso frio, e encaminho meu corpo e mente em direção da mesa. Levo minhas mãos até uma bacia com água, e respingo um pouco sob minha face, a esfregando.

Encaro meu reflexo sob o espelho, e sinto meu corpo endurecer.

Após o fim do jantar de noivado a algumas horas, corri para meus aposentos com a desculpa de que não me sentia bem, e que precisava me repousar para o dia seguinte. Passei a noite toda presa em meus pensamentos, incapaz de escapar da sensação sufocante de que eu estava prestes a cometer um erro. Eu tentei de forma insalubre fazer minha mente se esquecer do que havia acontecido debaixo daquela mesa. Tentei forçar-me a cair no sono para que meus pensamentos pudessem ser libertos dele. Mas eu não precisava estar acordada para que ele ainda residisse dentro de minha mente.

Queen of Nothing - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora