Capítulo 10 - Dor e desejo

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                       DAENA TARGARYEN

Escovo lenta, e deliberadamente, os fios de minha cabeça, entrelaçando os dedos sob os mesmo, e arfando a cada nó que desunia. Finalmente desisto de o fazer, e arremesso o artefato sob a mesa á minha frente.

Solto um longo suspiro, deslizando as mãos sob minha testa, e abaixando a cabeça negativamente para baixo.

O silêncio inoportuno de minhas ações são inquietadas por mãos firmes, e gélidas, deslizando por trás de mim, sob minha cintura. Abro os olhos lentamente, e posso ver Cregan sob o reflexo do espelho. Ele distribuía leves, e delicados beijos sob minha têmpora, descendo lentamente por meu pescoço, fazendo meu corpo arrepiar por inteiro.

Inclino a cabeça para trás, agarrando sob seu cabelo, e fechando os olhos seguidamente. Sua língua traçou um longo, e torturante caminho até o colo de meus seios, e pude sentir meu corpo esbravejar de desejo. Seu toque agora era quente. Suas mãos apertavam minha cintura com tanta ferocidade que podia sentir um latejar de dor. Era bom.

Sua mão esquerda entrelaçou-se por dentro de meu hobby de forma abrupta, seguindo em direção de meu seio. Pude sentir quando seu dedo indicador roçou sob o mamilo, depositando um leve, e perverso, beliscão.

Um gemido escapou sorrateiramente de meus lábios, e apertei meus olhos fechados ainda mais, puxando mais fortemente os fios de seu cabelo, agora mais longos do que me recordava.

Meu corpo estava irradiando de luxúria.

— Preciso de mais... — Minha voz saiu como uma doce, e angustiante, suplica.

Pude sentir seus lábios aproximarem-se de meu ouvido.

— Implore. — A voz era sagaz, e perversa.

Mas não era a voz de Cregan.

Me desvinculo de seu toque ao recobrar minha visão, e observar a minha frente o reflexo sagaz, e impiedoso de Aemond Targaryen.

Abro os olhos de forma abrupta, me levantando incrédula com as veracidades de meus devaneios. Minha respiração estava afoita, e meus dedos tremiam incansavelmente.

Estava sonhando. Ou melhor, tendo um pesadelo.

Haviam se passado cinco noites desde o momento em que havia me dado conta de que não importava a distância que estivesse dele, Aemond Targaryen seria sempre a eminente tortura do meu coração, e a perdição de todos os meus pensamentos sãs.

Desde então, está era a quinta vez que sua presença sórdida tomava conta de minha mente enquanto meu corpo dormia.

Cravo as unhas sob os lençóis, amaldiçoando Os Sete pelo castigo eterno transferido á mim de desejar meu inimigo.

Eu iria me casar no dia sucessor a este. Apenas mais um dia, eu repetia para mim mesma. Apenas mais um dia, e tudo voltaria a ser como era. Tudo voltaria a ser como deveria ser.

Eu jamais o veria novamente quando voltasse para o Norte.

Esta ideia extasiava meus pensamentos na mesma intensidade em que assombrava minha alma.

[...]

Havia posto um delicado vestido azul royal, e Elinda trançará o mesmo penteado de sempre. Uma trança caída sob o ombro, mais duas enroladas ao redor da cabeça, e algumas mechas laterais soltas desleixada mente.

Queen of Nothing - Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora