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Dois meses depois...

Jenna

Nesses dois meses foi uma correria.
Emma quis fazer o exame de DNA quando soube das falcatruas da mãe, mas o senhor Myers disse que não iria ser um pedaço de papel  que diria se era pai ou não dela.

Então ele domou a fera.

Senhor Myers fez o disse, colocou o tal Xavier para fora do escritório... Tudo isso rendeu uma boa fofoca, todos estão comentando.

A mãe de Emma sumiu, apenas assinou o papel do divórcio, dizem que ela saiu do país...

Fora isso, Emma está com oito meses, quase nove, para ser mais exata.

Foi corrido preparar todo o quartinho da bebê, e comprar tudo que estava faltando..

- Amor, ela está se mexendo muito. - Emma reclamou.

Viemos até o centro da cidade para comprar o resto das coisas que estavam faltando.
Paramos em uma cafeteria, Emma quis tomar um café, e eu apenas observei ela.

- Não está na hora de escolher o nome dela? - Perguntei e Emma sorriu pra mim.

- Eu já tenho um bom nome pra ela. - Emma diz convencida.

- Não vai nem me deixar escolher junto?

- Não. - Emma respondeu simples. - Nossa filha vai se chamar Marie.

Encarei a Emma procurando algum resquício de piada em seu rosto.
Mas ela falou sério, muito sério.

- Marie?

- Sim, Marie.

- Por que? - Perguntei.

- Porque é o segundo nome da mãe dela. É o nome da mamãe que escolheu estar com ela, e que vai proteger de todo mal, que vai dar um amor incondicional.

Eu acho que me emocionei um pouco, não esperava isso.

- E-eu... Casa comigo? - Perguntei assim sem mais nem menos.

- Do nada? - Emma perguntou sorrindo.

- Eu te amo tanto. Quer se casar comigo? - Perguntei novamente. - Não precisa ser agora, nem daqui a um ano. Só quero ter certeza de que vai ficar comigo para sempre.

- Eu aceito, claro que aceito.

- Prometo que vou comprar uma aliança. Eu só pedi você em casamento agora porque não podia perder essa oportunidade.

- Não se preocupe com isso. - Emma respondeu. - Mas acho que quero ir pra casa. Sua filha me deixa exausta.

- Vou pagar a conta. - Falei me levantando.

- Vou pegar o carro.

- Falei pra não dirigir nessa reta final de gravidez.

- Só hoje, chatinha.

Emma foi caminhando em direção ao nosso carro.

- Amor. - Chamei alto e Emma virou para trás para me olhar. - Você não é sol, mas ilumina todo meu dia.

Emma sorriu e disse te amo.

Fui para dentro da cafeteria, paguei a conta e deixei a gorjeta no pote que estava no balcão.

Caminhei em passos lentos, vi que Emma parou o carro em frente a cafeteria. Ele estava mais longe.

Emma desceu do carro, e eu olhei pra ela sem entender.

- Vou ser humilde, deixarei você dirigir... - Ela disse um pouco alto, por eu estar meio distante.

Em fração de segundos, eu vi o meu mundo desabar.

Um carro veio com tudo pra cima da Emma.

Eu vi o amor da minha vida sendo arremessada, vi o carro tetando escapar mas bateu na árvore.

- ALGUÉM CHAMA AJUDA. 

Foi o que eu gritei antes de sair correndo até a Emma.




O Amor é IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora