O Amor é Idiota

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Dois dias depois...

Emma

Meu pai acabou de sair da minha nova casa. Ontem foi a mudança, e já está tudo no lugar, graças a empresa de mudanças que a Jenna contratou.

Quando ela me falou que tinha uma casa aqui, não pensei que fosse uma mansão tão grande.

Hoje contratei duas funcionárias de meia idade para nos ajudar com tudo.

Lúcia e Maria José.

Lúcia é um pouco mais nova que a Maria. E tem uma filha de um aninho.

Lúcia me contou a história de vida, que se mudou a pouco tempo para morar com o pai da bebê, mas ele as abandonou nessa cidade enorme.

Deixei que ela trouxesse a bebê para o trabalho. Mas ao que parece, a criança fica na creche e só sai na parte da tarde. Combinamos que ela pode ir buscar a bebê, e deixar ela aqui até na hora de ir embora.

Lúcia vai ficar com a parte da limpeza e a Maria José com a parte da cozinha.

- Amor, cheguei. - Jenna sorriu.

- Tenho que te apresentar para duas pessoas. - Falei puxando ela para a cozinha. - Meu pai contratou os profissionais para me substituir na clínica, e de quebra me trouxe o currículo de duas funcionárias para trabalhar aqui. As contratei.

Apontei para as mulheres sentadas encostadas no balcão. Eu disse que elas poderiam tomar o café da tarde.

- Prazer, sou Jenna Ortega. - Jenna estendeu a mão para as duas.

- Muito prazer, senhora Ortega. - Lúcia segurou a mão da Jenna.

- Vocês são irmãs? - Maria perguntou não entendendo.

Não cheguei a falar do meu relacionamento para elas, tinha esquecido completamente.

- Não, Jenna é minha namorada, futura esposa.

- Hum, me perdoe, mas não posso aceitar esse trabalho. - Maria disse de forma seca.

- E por quê não? - Jenna perguntou.

- Eu sou evangélica, e não concordo com esse tipo de coisa. Então prefiro não trabalhar aqui. - Abri a boca de forma surpresa.

- Então se retire da minha casa, por favor. - Jenna disse séria.

Maria pegou a bolsa e saiu da cozinha.

- Lúcia quer sair também? - Perguntei e ela negou.

- Não, senhora. Não tenho nada haver com a vida particular das senhoras.

- Droga, amor. - Falei olhando pra Jenna. - Agora quem vamos chamar para cozinhar?

- Eu posso vir mais cedo enquanto não encontrarmos outra pessoa.

- Senhora, eu posso fazer os dois trabalhos. - Lúcia respondeu.

- Vai pesar muito pra você. - Falei.

- Eu consigo. Fico trabalhando nos dois enquanto a senhora procura outra pessoa.

- Então você vai receber o salário equivalente ao de cozinheira também. - Jenna falou de forma justa.

- Muito obrigada, senhora.

- Eu que agradeço.  Agora vou subir para tomar banho.

Jenna deu meia volta e eu segui ela com os olhos.

- Fique a vontade, Lúcia. Daqui a pouco o Thomás chega com o pai dele. Enquanto isso vou subir com a Jenna.

Fui atrás da Jenna e assim que entrei no quarto ela estava tirando a blusa e desabotoando a calça.

- Que vista maravilhosa. - Fechei a porta e me aproximei da minha namorada.

- Parou pra pensar que pulamos várias etapas do nosso relacionamento? - Jenna perguntou abraçando minha cintura. - Nem transamos e vãos ter uma filha e estamos morando juntas.

Dei uma risada.

- Isso é um problema? Não termos transado...

- Problema nenhum.

Jenna soltou minha cintura, deu uma risadinha sacana.

Eu fitei o corpo da minha namorada, o sutiã preto, em seguida ela tirou a calça.

- Cueca boxer, jura? - Falei rindo olhando a cueca Boxer preta.

- Nem vem, não sou sapadrão. - Jenna gargalhou. - Mas convenhamos, cuecas são mais confortáveis.

- Bem caminhoneira, usando Boxer.

- Não, eu sou um caminhãozinho da Barbie. Mas prefiro cuecas do que usar uma calcinha enfiada na bunda.

Estamos mesmo tendo esse tipo de conversa ?

- Algum problema em usar calcinhas que ficam enfiadas? - Levantei as sombrancelhas encarando.

- Nenhum. Se você usar, vou gostar muito. Eu que não gosto de usar. - Jenna pegou a toalha e se encaminhou para o banheiro. - Preciso desse banho, minha cabeça tá doendo.

Fiquei um tempo parada encarando o banheiro, apenas ouvi o chuveiro sendo ligado, as gotas de água batendo no chão.

Eu vou mesmo fazer isso?

Sim, eu vou.

✌🏽