Um Erro Misterioso

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Na manhã seguinte, Sofia despertou antes do alvorecer e decidiu fazer uma caminhada rápida pelos jardins do castelo para clarear a mente. O ar fresco da manhã era revigorante e ajudava a afastar a tensão da noite anterior. Enquanto caminhava pelos caminhos sombreados e ainda úmidos pelo orvalho, Sofia refletia sobre os desafios que enfrentaria e sobre como poderia melhorar sua abordagem com Snape.

Com a mente mais clara e um novo senso de propósito, Sofia se dirigiu para o refeitório para o café da manhã. Ela encontrou Harry, Hermione e Ron já sentados, conversando animadamente sobre o que havia acontecido nas aulas anteriores.

Hermione nota Sofia se aproximando.

Hermione: Bom dia, Sofia! Como foi a detenção ontem à noite?

Sofia: Bom dia.. Foi difícil, mas consegui passar por isso. Agradeço a vocês por oferecerem apoio ontem. — sorri levemente

Harry: Menos mal, o senhor Snape não é nada fácil.. — revira os olhos com sarcasmo — Se precisar de algo, estamos aqui!

Ron: Sim, e se precisar de companhia para o almoço ou algo assim, estamos aqui, só não apronte nada com a gente.. — ele brinca

Todos na roda riem com seu comentário

Sofia se juntou ao grupo para o café da manhã. A conversa fluía, e ela percebeu como a camaradagem podia ser um refúgio bem-vindo em meio às dificuldades.

A aula de Poções daquele dia era especialmente desafiadora. Os alunos estavam encarregados de preparar uma Poção Polissuco, uma das mais complexas do currículo. Sofia sabia que essa era uma oportunidade para mostrar a Snape que ela levava os estudos a sério, apesar das encrencas.

Snape: Hoje, vamos preparar a Poção Polissuco. — seu tom é severo — Não preciso lembrar a vocês que é uma das poções mais complicadas e perigosas que aprenderão em Hogwarts. — faz uma breve pausa, cruzando os braços — Qualquer erro pode ser catastrófico, e eu não tolerarei resultados medíocres.

Os alunos se concentraram, todos cientes da pressão que Snape colocava sobre eles. Sofia, determinada a não cometer nenhum erro, seguiu cada passo com extrema precisão. Ela mediu os ingredientes com exatidão, seguiu as instruções meticulosamente e mexeu a poção com o tempo e a direção exatos.

Enquanto o tempo passava, os outros alunos ao seu redor começavam a apresentar dificuldades. Caldeirões borbulhavam de forma irregular, poções mudavam de cor ou emitindo cheiros estranhos. Mas o de Sofia permanecia impecável. Uma cor perfeita, uma consistência suave, era evidente que Sofia estava prestes a criar uma Poção Polissuco exemplar.

Snape passava pelos corredores da sala, seus olhos negros fixos em Sofia. Ele parou ao lado dela, observando seu progresso com um olhar crítico. A perfeição da poção de Sofia estava evidente, e Snape sentia uma irritação crescente ao ver sua habilidade.

Snape: Senhorita Diggory, você parece muito confiante hoje. — diz com uma voz gélida, que não deixava espaço para contestação

Sofia: Estou apenas fazendo o meu melhor, Professor. — respondeu sem desviar o olhar de sua poção

Snape fez uma pausa, claramente calculando seus próximos passos. Sentindo uma raiva inesperada borbulhar dentro de si, uma mistura de ressentimento e algo mais profundo que ele não queria reconhecer, murmurou discretamente um feitiço. Com um sutil movimento de sua varinha, o feitiço foi lançado diretamente no caldeirão de Sofia.

Snape: Incendio — sussurrou, quase inaudível

Uma pequena chama verde começou a brilhar na ponta da varinha dele, e ele a direcionou sutilmente para o caldeirão de Sofia.

O fogo cresceu lentamente, e Sofia não percebeu imediatamente. O caldeirão começou a borbulhar violentamente e a liberar uma fumaça espessa. A poção, que deveria ser de um verde claro, estava agora emitindo uma luz laranja avermelhada.

Hermione, sentada ao lado de Sofia, notou o problema e gritou:

Hermione: SOFIA! O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Sofia olhou para o caldeirão com um misto de choque e pânico. Ela começou a mexer freneticamente nos ingredientes, tentando estabilizar a poção. Mas a chama não diminuía, e o caldeirão parecia prestes a explodir.

Sofia: Professor Snape! — exclamou, com sua voz tremendo — Meu caldeirão está pegando fogo!

Snape se aproximou, um sorriso cruel curvando os lábios. Ele olhou para o caldeirão em chamas e depois para Sofia com um olhar imperturbável.

Snape: Parece que sua poção não está indo muito bem, Senhorita Diggory. — diz, com um tom de satisfação disfarçado — Talvez você precise de mais prática.

Sofia, com o rosto vermelho de frustração, tentou controlar a situação. Com um feitiço rápido, ela conseguiu apagar o fogo e conter a explosão iminente. O caldeirão estava agora manchado e a poção, que havia sido arruinada, se espalhou pelo balcão.

Snape: Incompetente. — sua voz é cortante — Veja o que acontece quando você se precipita, Diggory. Talvez da próxima vez você pense duas vezes antes de se vangloriar internamente por um trabalho bem feito.

Os outros alunos, sem entender o que realmente havia acontecido, voltaram seus olhares para Sofia, alguns com pena, outros com uma certa satisfação maliciosa.

Sofia sentiu uma onda de raiva e vergonha, mas tentou manter a compostura. Ela olhou para Snape com um olhar desafiador.

Sofia: Eu fiz tudo como mandava o livro. A poção estava perfeita! — diz, tentando manter a compostura

Snape: Perfeita? — um leve um sorriso cínico é visível em seus lábios — A perfeição, Srta. Diggory, é algo que se conquista com experiência e respeito pela arte das poções. Você ainda tem muito a aprender.

Snape se afastou, deixando Sofia ao lado de seu caldeirão queimado. Ele sabia que o que havia feito era injusto, mas a complexidade de seus sentimentos por Sofia que ele lutava para suprimir o deixava agir de maneira cruel e injusta. Ele justificava a si mesmo dizendo que era uma lição sobre humildade e que Sofia precisaria aprender que em Hogwarts, e na vida, nem sempre as coisas saem como o esperado, não importa o quão bem feitas pareçam.

**Ela é apenas uma aluna inconveniente.** — Snape pensa enquanto direciona-se em frente à sala

Sofia, com o rosto vermelho de frustração e vergonha, lutava para conter o desastre. Com um feitiço rápido, ela conseguiu apagar o fogo e conter a explosão iminente. O caldeirão estava agora manchado e a poção, que havia sido arruinada, se espalhou pelo balcão.

Sentindo uma mistura de raiva e humilhação, Sofia respirou fundo. Ela olhou para Snape com uma expressão de dor e desilusão, mas não disse uma palavra. Com as lágrimas ameaçando escapar, ela pegou seus materiais e se levantou.

Sofia: Vou terminar isso fora daqui. — diz com uma voz baixa, carregada de emoção. Sem esperar uma resposta, ela deixou a sala rapidamente, sua saída marcada pela porta batendo atrás dela.

Os colegas a observaram sair com expressões de surpresa e desconforto. Hermione tentou seguir Sofia, mas Snape levantou a mão, sinalizando que ela ficasse onde estava.

Snape: Deixe-a ir — diz com um tom seco — Ela precisa aprender a lidar com as consequências de seus erros.

Enquanto Sofia se afastava pelos corredores, as lágrimas finalmente começaram a rolar. Ela caminhou rapidamente até a sala de estar da Sonserina, sua mente girando com uma mistura de frustração e tristeza. Ao entrar na sala comum, ela se atirou no sofá, coberta de uma manta, e se permitiu chorar, o peso do dia finalmente desabando sobre ela.

**Ele vai ver.. Snape vai conhecer quem é Sofia Diggory** — Sofia pensa enquanto lágrimas percorrem seu rosto

Garota Encrenca - Severus Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora