Nas Mãos do Mestre

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Sofia estava em seu quarto, finalmente desfrutando de um raro momento de tranquilidade após um dia exaustivo. Ela estava deitada em sua cama, folheando distraidamente um livro de poções avançadas, quando sentiu o celular vibrar ao lado. Pegou o aparelho, curiosa para ver quem poderia ser, e ficou surpresa ao ver o nome "Professor Snape" brilhando na tela.

Mensagem de Snape: Detenção. Hoje, após o jantar. Não se atrase.

Sofia franziu a testa, sentindo uma onda de irritação. Ela não havia feito nada de errado naquele dia, pelo menos nada que justificasse uma detenção. Ela hesitou por um momento, mas a frustração falou mais alto. Com os dedos ligeiramente trêmulos, digitou uma resposta rápida.

Mensagem de Sofia: Professor, acho que há algum engano. Não fui informada de nenhuma detenção.

A resposta veio quase instantaneamente, o que a deixou ainda mais desconcertada.

Mensagem de Snape: Não há engano, Senhorita Diggory. Agora você tem uma. Espero vê-la nas masmorras em uma hora.

Sofia encarou a mensagem, sentindo a raiva e a confusão crescerem. O que ele queria agora? Tentando manter a compostura, ela digitou outra resposta.

Mensagem de Sofia: Mas por quê? Eu não fiz nada para merecer uma detenção. Isso não é justo.

Houve uma breve pausa antes que o celular vibrasse novamente.

Mensagem de Snape: A justiça é um conceito subjetivo, Diggory. Considere esta detenção uma oportunidade de reflexão. E não discuta. Esteja nas masmorras em uma hora.

Sofia apertou os lábios, sentindo o rosto esquentar de frustração. Ele estava sendo deliberadamente enigmático e, pior, autoritário. Ela sabia que não adiantava argumentar, mas algo dentro dela ainda queria lutar contra aquela ordem arbitrária. Com uma última tentativa de resistência, ela respondeu.

Mensagem de Sofia: Professor, isso realmente não faz sentido. Se é por algo que fiz, eu mereço saber o motivo.

Dessa vez, a resposta foi mais demorada, como se Snape estivesse deliberando sobre o que dizer.

Mensagem de Snape: O motivo será explicado na detenção. E, Diggory, acredite, é melhor para você não fazer mais perguntas.

Sofia soltou um suspiro exasperado, sentindo a tensão em seu corpo aumentar. Ele estava jogando com ela, provocando-a de uma maneira que a deixava à beira da explosão.

Naquela mesma noite, Snape estava impaciente. Ele esperava na sala de poções para a detenção de Sofia Diggory. A sala estava iluminada apenas por algumas velas, cujas chamas tremeluziam, lançando sombras dançantes nas paredes de pedra. Ele sabia que Sofia era uma jovem impetuosa e rebelde, mas não comparecer à detenção era um desafio direto à sua autoridade, algo que ele não estava disposto a tolerar.

**Ela não teria a ousadia de simplesmente não aparecer** —  Snape pensou, mas quando o tempo continuou a passar, ficou claro que Sofia estava desafiando-o mais uma vez. A raiva de Snape começou a borbulhar sob a superfície, e ele sentiu um impulso irresistível de confrontá-la.

À medida que os minutos se arrastavam e Sofia não aparecia, a raiva de Snape começou a crescer. Seu olhar ficou mais sombrio, as mãos apertadas nas laterais de sua capa preta. Ele se levantou abruptamente da cadeira, decidido a não deixar essa afronta passar. Sofia podia ser uma aluna talentosa, mas precisava aprender que não estava acima das regras.

Snape saiu da sala de poções com passos largos e determinados, sua capa esvoaçando dramaticamente atrás dele. Ele conhecia bem Sofia e sabia onde ela gostava de se esconder quando queria evitar responsabilidades. Foi até o salão comunal da Sonserina, seu rosto rígido com determinação.

Garota Encrenca - Severus Snape Onde histórias criam vida. Descubra agora