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Julia Soares' point of view

Era noite, e eu estava me arrumando para a boate. Não conseguia entender por que estava tão nervosa. Eu já tinha saído com as meninas antes, mas hoje… havia algo diferente. Talvez fosse o convite inesperado de Luiza, ou talvez fosse a forma como ela me olhou naquela cafeteria.

Vesti um vestido vermelho de seda que tinha há algum tempo e combinei com um salto alto. Me olhei no espelho e respirei fundo, tentando me convencer de que tudo estava bem. Mas, dentro de mim, sabia que não estava.

As meninas já me esperavam lá fora. Quando entrei no carro, Flávia e Lorrane estavam animadas, conversando sem parar sobre a noite, enquanto Rebeca e Jade se preparavam para a festa à sua maneira. Eu, por outro lado, não conseguia parar de pensar. Tudo o que vinha à minha cabeça era aquele cabelo loiro e o sorriso branquinho de Luiza. O que essa mulher fez comigo?

Durante a viagem, enquanto as meninas riam e falavam sobre o que esperavam da noite, eu mal conseguia acompanhar a conversa. Meu coração estava acelerado, e não era por causa da festa.

Quando chegamos à frente da boate, entendi exatamente o que elas queriam dizer sobre a exclusividade do lugar. A fila era imensa. Pessoas de todos os tipos estavam ali, esperando pacientemente pela chance de entrar. Meu estômago deu um nó.

— Gente, olha isso… — Flávia disse, animada, saindo do carro.

Descemos e fomos direto para a entrada. Confesso que, naquele momento, não fazia ideia do que deveria fazer, mas segui meu instinto. Um segurança nos parou na porta e perguntou:

— Qual o nome?

— Júlia Soares — respondi, tentando parecer mais confiante do que realmente estava.

Ele verificou uma lista rapidamente e assentiu.

— A dona Luiza deixou a entrada liberada para você e suas amigas — disse ele, abrindo um sorriso discreto. — Sejam bem-vindas.

Eu soltei um suspiro de alívio, mas minha tranquilidade durou pouco. O segurança olhou para nós e pediu:

— Preciso dos celulares de vocês.

— Celulares? — perguntei, confusa. — Por quê?

— Não é permitido entrar com celulares aqui dentro — explicou ele. — Segurança e privacidade dos clientes.

Relutante, entreguei meu celular, assim como as meninas. Nossos aparelhos foram colocados em uma caixa bonita e bem cuidada, e o segurança colou um adesivo com nossos nomes por cima. Uma organização impecável, como tudo naquela boate.

Assim que entramos, fui tomada por um misto de fascinação e nervosismo. O lugar era impressionante. As luzes roxas iluminavam o ambiente de forma suave, criando uma atmosfera sofisticada e envolvente. O chão brilhava, refletindo as luzes, e o som da música envolvia tudo ao redor. Dançarinas ocupavam o palco, movendo-se ao som de uma batida contagiante, enquanto celebridades circulavam de um lado para o outro. Era quase surreal.

𝙴𝚗𝚝𝚛𝚎 𝙱𝚊𝚛𝚛𝚊𝚜 𝚎 𝚋𝚊𝚛𝚎𝚜 | Júlia Soares.Onde histórias criam vida. Descubra agora