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Julia saiu do banheiro sentindo o corpo relaxado pelo calor do banho

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Julia saiu do banheiro sentindo o corpo relaxado pelo calor do banho. Ela vestiu o short fino e a camisa social vermelha de Luiza, que caía solta em seus ombros, quase como um abraço constante. Ao descer as escadas descalça, o som suave de seus passos se misturava com o ruído dos utensílios na cozinha. Quando chegou à porta, a cena lhe fez sorrir: Luiza estava de costas para ela, mexendo algo na panela com um gesto concentrado, o cheiro delicioso do que quer que estivesse cozinhando preenchendo o ar.

Com um impulso suave e íntimo, Julia caminhou até Luiza e a abraçou por trás, sentindo o calor do corpo dela e se permitindo afundar naquele momento de tranquilidade. Luiza sorriu, virando-se levemente para encarar Julia. Sem dizer nada, inclinou-se para depositar um beijo terno em seus lábios.

— Você fica linda com minhas roupas — disse Luiza, com um sorriso que fazia os olhos brilharem.

Julia riu, corando levemente ao se ver refletida nos olhos da mulher.

— O que está cozinhando? — perguntou, tentando desviar a atenção de si mesma.

— Uma receita italiana — respondeu Luiza, casualmente. — Com bastante proteína, é claro. Achei que precisaria depois de tanto treino, né? — concluiu com um sorriso malicioso.

Julia riu, sentindo o corpo relaxar mais ainda. Jantaram pouco depois. A mesa, normalmente um lugar de formalidades, tornou-se o centro de risadas e histórias. Julia gesticulava animadamente enquanto falava dos treinos, descrevendo cada salto, cada giro, com uma intensidade quase palpável. Luiza ouvia atentamente, intercalando comentários leves e piadas que faziam Julia gargalhar.

— Teve uma vez, você não vai acreditar... — Julia começou, os olhos brilhando de diversão. — Eu estava no meio da coreografia e eu escurreguei! Mas consegui disfarçar. Foi por um triz que não caí na frente de todo mundo.

Luiza riu, imaginando a cena.

— Ah, imagino que tenha sido um espetáculo! Queria ter visto.

— Foi uma bagunça! — Julia respondeu, rindo. — Mas faz parte, né? Superar as falhas também é uma vitória.

Depois do jantar, as duas se acomodaram no sofá da sala. Julia se esticou, colocando os pés sobre o colo de Luiza, enquanto segurava uma taça de vinho tinto na mão. O clima estava confortável, íntimo. O vinho, aos poucos, parecia deixar Julia mais solta, mais leve, revelando uma faceta mais ousada de sua personalidade.

— Minhas amigas estão desconfiando... — ela disse de repente, quebrando o silêncio que havia se instalado.

Luiza, que estava absorta em seus próprios pensamentos enquanto acariciava as pernas de Julia, ergueu os olhos.

— Desconfiando do quê? — perguntou calmamente, já desconfiando da resposta.

Julia suspirou, tomando um gole do vinho antes de responder.

— De nós. Quer dizer, elas sabem que estou diferente, mais afastada... Mas não contei a elas ainda.

— Por que não? — Luiza perguntou suavemente, seus dedos continuando a traçar linhas delicadas na pele de Julia. — Tem vergonha de contar sobre nós?

A resposta de Julia foi imediata.

— Não! — exclamou, quase antes de Luiza terminar de falar. — Não tenho vergonha de você. Nem do que a gente tem... — Ela fez uma pausa, tomando outro gole de vinho, como se precisasse de um momento para organizar seus pensamentos. — Eu só tenho medo. Medo de como elas vão reagir, medo de que elas não entendam... E se isso afastar minhas amigas de mim?

Luiza olhou para Julia com um sorriso terno, balançando a cabeça.

— Eu só estava brincando, amor. — Sua voz era suave, sem julgamentos. — Não quero que sinta pressão. Você conta para elas quando sentir que é o momento certo. Se isso te preocupa tanto, é melhor esperar.

Julia riu nervosamente e, em um gesto impulsivo, deu um tapa leve no braço de Luiza, como se estivesse castigando-a pela brincadeira.

— Você é impossível! — disse, mas seu tom era cheio de carinho.

O riso delas ecoou pela sala, mas logo deu lugar a um silêncio mais denso, carregado de algo mais. A atmosfera mudou, ficando mais íntima e mais intensa. Julia olhou para Luiza com um brilho diferente nos olhos, uma faísca que não era apenas diversão. Ela se moveu devagar, subindo no colo de Luiza, suas pernas envolvendo a cintura da mulher, o corpo pressionado contra o dela.

O ar parecia mais quente, e, por um momento, nenhuma das duas disse nada. Então, sem hesitar, Julia inclinou-se para beijar Luiza com mais intensidade do que antes. Não havia mais timidez em seus movimentos, apenas desejo. Suas mãos deslizaram pelos ombros de Luiza, puxando-a para mais perto, enquanto os dedos de Luiza exploravam as curvas da cintura de Julia, apertando-a com firmeza. Julia arfou entre o beijo, sentindo a pressão das mãos de Luiza em sua pele.

Ainda envolvida no beijo, Julia tomou a mão de Luiza e, com um gesto suave mas decidido, guiou-a para debaixo de sua camisa. Luiza interrompeu o beijo por um instante, os olhos buscando a confirmação de Julia. Quando a ginasta assentiu, Luiza deixou sua mão explorar, subindo pela pele macia até alcançar os seios de Julia.

Os movimentos de Luiza eram lentos e cuidadosos, mas cheios de intensidade. Ela massageava os seios de Julia, arrancando pequenos gemidos entre os beijos, fazendo Julia se contorcer levemente em seu colo, completamente entregue ao toque.

Quando finalmente se separaram, as respirações estavam descompassadas. Julia olhou para Luiza, ofegante, o rosto corado e os olhos cheios de algo que nem ela mesma conseguia definir.

— O que você está fazendo comigo? — perguntou, sua voz rouca, quase um sussurro.

Luiza riu suavemente, passando os dedos pelo rosto de Julia, traçando as linhas de seu queixo e contornando seus lábios.

— Eu ia perguntar a mesma coisa — respondeu, com um sorriso cúmplice.

O momento entre elas era cheio de significado, algo que transcendia as palavras. Ali, no silêncio confortável que seguiu, ambas sabiam que estavam mergulhando em algo profundo, algo que mudaria tudo dali em diante. E, naquele instante, nada mais importava além do que elas sentiam uma pela outra.

 E, naquele instante, nada mais importava além do que elas sentiam uma pela outra

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𝙴𝚗𝚝𝚛𝚎 𝙱𝚊𝚛𝚛𝚊𝚜 𝚎 𝚋𝚊𝚛𝚎𝚜 | Júlia Soares.Onde histórias criam vida. Descubra agora