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Estávamos finalmente voltando para o Rio de Janeiro

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Estávamos finalmente voltando para o Rio de Janeiro. Senti o alívio no peito ao pensar em casa, nas minhas amigas e na rotina que eu tanto gostava. Olhei pela janela do avião, as nuvens se espalhando no céu, e senti a mão da Luiza entrelaçada na minha. Ela me olhou com aquele sorriso preguiçoso, e eu soube que estava pensando a mesma coisa.

— Está feliz de estar voltando pra casa? — ela perguntou, olhando pra mim com olhos suaves.

— Mais do que você imagina. — Sorri de volta. — Não que eu não tenha adorado Florença... Sua família foi incrível, mas... nada como o nosso cantinho, sabe?

Ela assentiu, apertando minha mão.

Rebeca, ao nosso lado, estava distraída com o celular, mas notou nossa troca de olhares e riu baixinho.

— Vocês duas são impossíveis — provocou, revirando os olhos. — Só o Rio mesmo pra salvar desse grude todo.

Luiza lançou uma piscadela para ela e eu apenas dei uma risadinha, apertando mais a mão dela.

Depois de algumas horas, o avião pousou, e, assim que desembarcamos, fui recebida com um abraço em grupo das meninas. Jade, Flávia e Lorrane estavam lá, gritando e rindo, o que me fez sentir em casa novamente.

— Finalmente! — Jade exclamou, me apertando. — Nem acredito que vocês voltaram!

— Sentiram minha falta? — brinquei, enquanto me deixava envolver pela bagunça.

— Mais do que você imagina — Flávia respondeu. — Agora, vamos pro loft da Luiza antes que vocês desmaiem de cansaço aqui no aeroporto.

Nos dirigimos para o carro e logo estávamos no loft. Assim que entramos, tirei os sapatos e me joguei no sofá, me sentindo em casa de verdade. Luiza me olhou com aquele olhar cúmplice, e eu sabia o que ela estava pensando.

— Que tal um banho? — ela sugeriu.

Subimos juntas, com Rebeca já ocupando o sofá com seu celular. No banheiro, Luiza ligou o chuveiro e nos despimos. A água quente caía sobre nós, e ela começou a lavar meu cabelo, com os dedos delicados massageando meu couro cabeludo. Fechei os olhos, aproveitando aquele cuidado todo, sentindo as mãos dela percorrendo cada mecha.

— Sabe o que eu vi por aí? — ela murmurou. — Parece que estamos em todas as manchetes, e não pelo melhor motivo.

Soltei uma risadinha, ainda de olhos fechados.

— Ah, é? — perguntei, me fazendo de desentendida.

— Dizem que eu sou uma má influência pra você. — Ela fez uma pausa dramática, mas pude ouvir o tom debochado na voz dela. — Tem gente dizendo que sou “perigosa demais”.

Abri um olho e encarei Luiza, com um sorriso preguiçoso no rosto.

— Não é o que dizem que é o bom que vale? — retribuí. — Acho que sou sortuda, então.

𝙴𝚗𝚝𝚛𝚎 𝙱𝚊𝚛𝚛𝚊𝚜 𝚎 𝚋𝚊𝚛𝚎𝚜 | Júlia Soares.Onde histórias criam vida. Descubra agora