O Herdeiro do Fogo: A Saga de Baelys Targaryen

Prólogo I: Baelys Targaryen, herdeiro do fogo

De: Bruno M. M. Silva Jr.

DEDICO ESTES BREVES CAPÍTULOS

Aos que, em meio à indolência da opressão, não se rendem ao sonho pérfido de substituir o opressor, mas se lançam na missão de libertar.
Aos que entendem que a educação, longe de ser um mero instrumento de ascensão, é a chave que desvela o enigma do humano, retirando a máscara do tirano que o oprimido, em sua dor, tenta vestir.
Àqueles que, mesmo na penumbra das convenções, iluminam o caminho da emancipação com o lampejo indomável de uma visão libertária.

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Herdeiro do Fogo...

Baelys Targaryen, o Senhor das Ravinas e Lorde Comandante do Forte do Terror Negro, era uma figura que impunha tanto respeito quanto temor. Vestido com a armadura negra de aço valiriano, o jovem príncipe comandava com a frieza de seu pai, Vaegon, e a audácia de sua mãe, Viserra. Seus cabelos prateados caíam sobre os ombros como uma coroa natural, e seus olhos, de um vívido violeta, eram tão penetrantes quanto o fogo de dragão que ele invocava ao seu comando.

Lyrex, sua dragão fêmea, era sua fiel companheira e arma mais mortal. As escamas verde-esmeralda de Lyrex brilhavam ao sol como joias forjadas no coração de um vulcão, e seu temperamento era tão feroz quanto seu cavaleiro, Baelys, era. Juntos, Baelys e Lyrex representavam o auge do poder ancestral dos Targaryen, forjado em fogo e sangue.

Os sussurros sobre Baelys não se limitavam apenas às suas conquistas militares. Havia fatos sobre a linhagem de sua mãe e os métodos que ela utilizara para garantir sua existência, mas isso pouco importava aos seus homens ou aos que o serviam. Para eles, Baelys era um líder formidável, que comandava com uma autoridade inquestionável e sem a hesitação que tantos outros nobres demonstravam. Em suas mãos, o Forte do Terror Negro, uma fortaleza nas montanhas ao sul das Terras da Tempestade, tornara-se um bastião intransponível de poder, um refúgio para aqueles que, como ele, seguiam os princípios do poder pela conquista.

A Fortaleza Balerion, ou Forte do Terror Negro, ficava nas Ravinas de Maegor um labirinto entre montanhas escuras, falésias afiadas e desfiladeiros profundos, herdados de seu pai, o antigo Lorde Comandante. O lugar havia recebido seu nome em honra a Maegor, o Cruel, e Baelys se sentia à altura do legado. Ele supervisionava as terras com uma mistura de sagacidade política e pragmatismo implacável.

A política de Baelys não envolvia os jogos de intriga que infestavam Porto Real, mas sim a manutenção da ordem e da força. Ele tinha uma visão clara do mundo: em tempos de caos, o poder é o único governante verdadeiro, e ele estava disposto a garantir que o poder permanecesse em suas mãos e em sua casa. Apesar de jovem, Baelys era conhecido por suas decisões rápidas e firmes, que muitas vezes deixavam seus inimigos perplexos e seus aliados seguros. Em batalha, ele era implacável, liderando seus homens do alto de Lyrex, incendiando seus oponentes com a mesma chama verde que queimava dentro dele.

Os lordes de Westeros, mesmo aqueles que desdenhavam de sua ascendência e questionavam as circunstâncias de sua criação, não podiam negar sua habilidade em governar e sua conexão inabalável com Lyrex. Ele havia criado laços desde sua juventude, quando ainda era um garoto.

As histórias sobre Baelys Targaryen, no entanto, eram apenas o início de uma trajetória marcada por glórias e tragédias. Seu nascimento estava envolto tramas pertubadoras, e a morte de sua mãe, Viserra, o assombrava tanto quanto o sangue de dragão que corria em suas veias.