Os próximos cinco dias foram um turbilhão emocional para Adam, uma mistura dolorosa de solidão e arrependimento que parecia consumir cada fibra de seu ser. A vida, que antes tinha cor e propósito, agora se resumia a um cinza opaco, um espaço vazio e sem vida onde antes havia amor e alegria.
Adam se encontrava sentado à mesa da cozinha, um prato de comida à sua frente, intocado e esfriando. Ele não tinha apetite para nada; a comida parecia sem sabor e sem sentido. Seus amigos e familiares, preocupados com sua aparência pálida e o olhar distante, tentavam motivá-lo a comer, mas suas palavras se perdiam em um mar de desolação. Os rostos ansiosos ao seu redor eram um lembrete constante de que sua tristeza estava afetando não apenas ele, mas também aqueles que se importavam com ele.
“Adam, você precisa comer. Você está ficando cada vez mais magro,” dizia sua mãe, com uma expressão de preocupação. Mas Adam apenas forçava um sorriso cansado e balançava a cabeça. “Estou bem, só não estou com fome,” ele mentia, embora soubesse que a verdade era bem diferente.
Naqueles dias, Adam havia parado de dar aulas particulares, um reflexo da sua incapacidade de se concentrar em qualquer coisa que não fosse Jae. Ele continuava a fazer os conteúdos escolares que costumava preparar para Jae, como se, ao fazer isso, pudesse de alguma forma manter uma conexão com ele. Sentava-se em seu pequeno escritório, trabalhando meticulosamente em cada tarefa, mesmo sabendo que não haveria mais um encontro para entregar o material. Ele fazia isso com a esperança silenciosa de que, se continuasse a se ocupar com esses detalhes, ainda estaria de alguma forma próximo a Jae, como se o tempo estivesse congelado e o dia de sua reunião ainda estivesse por vir.
A faculdade se tornará um lugar de tormento. Adam frequentava as aulas, mas sua mente estava distante, vagueando pelas lembranças de momentos compartilhados com Jae. As palavras dos professores entravam por um ouvido e saíam pelo outro. A literatura e a matemática, antes desafiadoras e estimulantes, eram agora apenas ruído branco. Jae era a única coisa que sua mente parecia querer focar, e o vazio deixado por sua ausência era uma dor constante.
Naqueles momentos em que tentava se concentrar, ele se pegava olhando para o vazio, o coração apertado com a saudade. Lembrava-se das manhãs ensolaradas que passaram juntos, dos risos compartilhados, dos olhares carinhosos e dos toques suaves que agora pareciam pertencer a um passado distante e inalcançável. Cada pensamento era uma facada, um lembrete doloroso do que ele havia perdido e do que nunca mais poderia ter.
As noites eram as mais difíceis. Adam deitava-se na cama, tentando se reconfortar com os travesseiros e cobertores, mas a sensação de solidão era esmagadora. Ele se virava e se revirava, tentando encontrar alguma posição confortável, mas seu corpo estava tenso, seu coração pesado. O silêncio do quarto parecia ecoar o vazio deixado por Jae, e a escuridão parecia consumir todas as suas esperanças e sonhos.
Adam já tinha começado com uma rotina melancólica: ele se sentava ao computador e, sem querer, acabava abrindo as redes sociais e sites de fofoca, em busca de qualquer notícia sobre Jae. Ele precisava saber se o escândalo envolvendo o hotel havia sido resolvido.
Uma tarde, enquanto navegava pelos sites, Adam se deparou com uma notícia que trouxe um alívio momentâneo. As matérias sobre a saída de Jae do hotel foram removidas, e o escândalo parecia ter perdido força. O fato de que a situação estava sendo controlada deu a Adam um vislumbre de esperança. Saber que Jae estava relativamente seguro e que o escândalo não estava mais na mídia fez com que a dor de sua ausência fosse um pouco mais suportável. Isso era o que mantinha Adam de alguma forma vivendo, a pequena centelha de esperança de que Jae ainda estava bem.Ele não conseguia entender como seguir em frente. A vida sem Jae parecia sem propósito, uma existência sem cor e sem alegria. O amor que sentia por Jae era profundo e inabalável, e a dor de ter que se afastar dele parecia um golpe cruel e injusto. Mesmo sabendo que era a melhor decisão para a carreira de Jae, Adam sentia que sua própria vida havia perdido seu sentido.
Os dias passaram em um borrão de melancolia e apatia. Seus amigos e familiares continuavam a oferecer apoio, mas Adam estava imerso em sua própria tristeza, incapaz de encontrar alívio. A solidão tornou-se uma companheira constante, e a saudade de Jae parecia um peso que ele carregava a cada momento, uma lembrança constante do que ele havia perdido e do amor que ainda ardia em seu coração, apesar da separação.
Adam estava perdido em um mar de emoções, lutando para encontrar um caminho de volta à vida, mas cada passo parecia ser um lembrete do que ele havia deixado para trás. O mundo continuava a girar ao seu redor, mas para Adam, tudo parecia parado em um instante de dor e perda, uma lembrança constante de um amor que, embora ainda vivesse em seu coração, estava fora de seu alcance.
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O IDOL favorito (ROMANCE GAY)
RomanceAdam é um estudante universitário e fã da maior Boy Band da Coréia do Sul, os KBB mas descobre que após um incidente com uma fã, seu idol preferido acaba saindo do grupo e Adam decide investigar o porquê. Porém seu pai acaba adoecendo e Adam precis...