O IDOL favorito (ROMANCE GAY)

Fã dedicada

Na manhã seguinte, enquanto caminhava para a faculdade, Adam sentia o peso dos últimos dias em seus ombros. Ele ainda estava abatido e distraído, perdido em pensamentos sobre Jae. O vento suave e o sol de outono não conseguiam dissipar completamente o sentimento de vazio que preenchia seu coração.

De repente, ele esbarrou em uma jovem de aparência oriental, de cabelo preto liso e olhos arredondados. Ela estava caída no chão, claramente machucada após o impacto. Adam imediatamente se agachou para ajudar, a preocupação estampada em seu rosto.
“Desculpe, eu não te vi. Você está bem?” perguntou ele, estendendo a mão para ajudar a jovem a se levantar.

A jovem, com um sorriso que parecia forçado, aceitou a ajuda de Adam. “Obrigada. Eu estou bem, só me machuquei um pouco,” disse ela, com um tom que parecia ter um subtexto que Adam não percebeu.

Adam a ajudou a se recompor e, enquanto ela se levantava, notou algo inquietante em seu olhar. Era como se houvesse uma intensidade que não combinava com o simples acidente. Sem pensar muito, Adam a acompanhou até a calçada, tentando verificar se ela realmente estava bem.
Mas antes que ele pudesse perceber o perigo, a jovem piscou para um grupo de indivíduos que estavam esperando em uma van próxima. De repente, o grupo se aproximou com uma velocidade ameaçadora, e Adam sentiu um frio na espinha. Antes que pudesse reagir, ele foi cercado e forçado a entrar na van, a porta se fechando com um estrondo sinistro.

A jovem, agora com uma expressão fria e calculista, entrou na van atrás de Adam e se sentou ao lado dele. “Adam, você deve entender que suas ações têm consequências,” ela começou, sua voz baixa e ameaçadora. “Se você não se afastar de Jae e parar de se intrometer na vida dele, eu vou garantir que todos saibam que ele é gay. E não só isso, vou expor tudo para a mídia.”

O coração de Adam disparou. “Quem é você? O que vocês querem?” Ele estava aterrorizado, mas tentou manter a calma.

“Eu sou uma fã dedicada, e você está atrapalhando os planos de Jae,” a jovem respondeu. “Agora, você vai aprender o que significa se intrometer na vida de uma celebridade.”

O pânico tomou conta de Adam. Ele sabia que precisava agir rapidamente. Ele olhou ao redor da van, tentando encontrar uma maneira de escapar. Quando a van deu uma pequena curva, Adam viu uma oportunidade. Com um impulso de adrenalina, ele se levantou e, sem pensar, começou a lutar contra seus sequestradores.
A luta foi desesperada. Adam, embora estivesse enfraquecido pela tristeza e falta de apetite, lutou com todas as forças que restavam. Ele conseguiu desferir alguns golpes e empurrar os sequestradores, mas estavam em número superior. Em um momento de clareza, ele notou que a van estava desacelerando em uma área mais afastada.

Com uma força de vontade quase desesperada, Adam conseguiu abrir a porta da van enquanto ela estava em movimento lento. Ele se lançou para fora, caindo no chão em uma rua deserta. Apesar das dores e contusões, ele levantou-se rapidamente e começou a correr, ignorando a dor em seu corpo.

Enquanto corria, a voz da jovem, agora distante, ecoava atrás dele, gritando ordens para seus comparsas. Mas Adam estava determinado a escapar. A adrenalina fez com que ele se movesse mais rápido do que jamais pensou ser possível.

Finalmente, ele chegou a uma estação de trem e, com as últimas forças que tinha, conseguiu entrar em um dos vagões, o trem partiu enquanto seus perseguidores permaneciam para trás. Ele se deixou cair em um banco, a respiração ofegante, o coração ainda acelerado. As lágrimas se misturavam com o suor em seu rosto, enquanto ele tentava processar o que acabara de acontecer.

O sentimento de alívio misturado com o terror da experiência o envolvia. Ele sabia que a luta ainda não havia terminado, mas a sensação de estar seguro por um momento lhe deu uma pequena esperança. O medo e a tristeza ainda estavam presentes, mas Adam se agarrou à ideia de que, de alguma forma, ele tinha uma chance de proteger Jae e encontrar uma forma de lidar com essa situação.