PRÓLOGO

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T A Y L O R

O que a vida se torna quando, depois de um “para sempre”, a desilusão abate seu coração dependente de um amor conturbado e te faz perceber que, na realidade, a eternidade era apenas um momento curto, prolongado pelo desespero?

Eu não podia fazer ideia. Não enquanto chorava por, mais uma vez, ter sido entregue à dor da insuficiência. Não enquanto eu me libertava, a força, daquilo que um dia jurei ser a minha fonte de sonhos e desejos.

E, agora, tudo o que eu podia presenciar era a névoa. Nenhuma clareza após isso. 

Sempre fui acostumada com primaveras furiosas, outonos de ventania e invernos de solidão. Então, me submeti a um verão cruel. Não apenas um, mas seis deles. 

Sendo sincera, não me achava capaz de experimentar nada além disso. Nada diferente. Nada que, aos meus olhos, fosse sobrenatural. 

Até a chegada dele. 

O verão, antes cruel, se tornou o prelúdio de um tempo onde nem mesmo as estações podiam sobressaltar sobre o clima, temperatura, ar e o fenômeno da termosfera. Doce, picante e sutilmente atraente. 

O diabo que me sorria com os olhos erguidos havia se apartado. Bordado por mim, em linhas de seda e um tecido de bondade e afeto que não lhe pertencia, apenas para machucar a ponta dos meus dedos com a agulha da nossa perdição. Agora, exonerado pelas traças e ferido pelo rasgo dos arranjos de flores que eu havia feito na costura do seu bolso esquerdo. 

No final, aquela peça se desfez. E eu percebi que não tinha perdido nada além de um tempo em vão. Afinal, nunca havia sido meu para perder. 

E, então, julho chegou com uma força árdua. O sol brilhava sobre a piscina e fazia transparecer o reflexo do meu rosto brilhante e viçoso na água, com o coração partido caindo em gotas grossas que escapavam dos meus olhos. Afinal, eu sempre estaria bêbada das minhas próprias lágrimas.

07/04.
Dia da Independência. 

Mas que coincidência tosca. Os Estados Unidos declarava independência contra a Inglaterra. E eu, tola, acreditei que algum dia, daquela união, pudesse sobressair uma aliança infalível, nunca quebrada, como se a história do passado fosse apenas um pretérito para posições de posse e territórios no meio de uma ditadura criada pelo homem. 

Depois de ignorar o mais claro dos sinais, eu percebi que maldição hereditária não podia ser quebrada. Afinal, não se pode mudar o circuito de uma história fadada ao fracasso. 

Nada poderia mudar a profecia. 

Era sobre isso o que eu estava pensando quando, no fim de tarde, deitei sobre uma das cadeiras de plástico da piscina e digitei as últimas palavras da postagem que eu faria nas redes sociais para a comemoração do feriado nacional. 

Eu queria poder ter divagado mais sobre como a minha vida estava melhor, como o meu coração parecia mais tranquilo ou então como eu não podia estar me cabendo de felicidade. Passei as fotos em sequência para o lado, minhas amigas e eu comemorando algo do qual, profundamente, eu não era capaz de celebrar. Os sorrisos eram verdadeiros, puros, mas apenas por alguns instantes. Afinal, ali e sozinha, eu não era capaz de expressar a mesma paz que pintava o meu olhar. 

“Vejo vocês essa noite, Kansas City”.

Dei um ponto final. E era apenas isso. Os poucos momentos daquele feriado haviam servido para que eu descansasse o corpo e normalizasse a rotina agitada; Mas a eletricidade que corria nas minhas veias clamava em alta voz para que eu pudesse voltar à um estádio e, por algumas horas, esquecer o fato de que eu estava cercada de amargura e, por um triz, a falta completa de esperança naquilo que eu mais idolatrava: o amor.

Mas eu não estava preparada. Para alguém que sempre havia sido dona das próprias histórias, encontrar alguém que fosse audacioso o bastante para mudar a sua narrativa era perigosamente incomum. Mas aconteceu. E, onde havia um ponto final, agora surgia uma vírgula. 

Exclamações, interrogações, interrupções e dois corações desolados. 

Um livro com a profundidade de uma história escrita à mão, com caneta tinteira e uma lareira acesa às quatro da manhã. Uma cena de filme clichê onde a garota triste e sozinha faz com que o sujeito mais popular e cafajeste da escola se apaixone por ela. Dois paralelos que, no final, não acabavam em nada. 

Afinal, fui interrompida no processo de criação. Tomaram o destino dos meus dias, passados em capítulos de pura comédia dolorosa e suspense cósmico. De coração partido, me reinventei em um caso diferente de todos os outros. Por que, ainda antes de declarar como “amor”, a significância do sentimento se manifestou antes mesmo da expressão da palavra. 

E, de vez em quando, eu releio esse manuscrito. E, pela primeira vez, afortunadamente, essa história é a minha.

Mas não serei eu quem irá contá-la.

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Oioi, amores da minha vida!
Estou muito feliz em compartilhar essa nova etapa no mundinho tayvis que criamos juntos aqui no meu perfil e apresento à vocês essa nova sequência que conta especialmente a experiência da descoberta de amor que Taylor e Travis começam a sentir um pelo o outro, após o seu primeiro encontro, até o oficial namoro.

– The Very First Night
– "SLUT!"
– Obsessed

Essa é a ordem cronológica da história que iniciei aqui e todas elas estão neste mesmo perfil meu autorialuna13

Espero que gostem e agradeço por se juntarem à mim mais uma vez nessa aventura. Um beijo!

Att; com amor e carinho, Luna🤍

"SLUT!" | tayvisOnde histórias criam vida. Descubra agora