Capítulo Oito.

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"[...] E um beijo, uma música; Insistente despertou meu sono; Alguém 'tava me ligando; Era você [...]"
Henrique & Juliano

  A tarde passou rapidamente e quando Antonia se deu conta já eram quase oito da noite, horário que ela havia combinado de encontrar Clarissa para que fossem então para o bar

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  A tarde passou rapidamente e quando Antonia se deu conta já eram quase oito da noite, horário que ela havia combinado de encontrar Clarissa para que fossem então para o bar. Apressada, a menina correu para se arrumar.

Optou por vestir uma calça jeans básica, um body branco e uma de suas botas favoritas. Passou apenas um reparador de pontas em seus cabelos naturalmente ondulados, o perfume que já lhe era característico e uma maquiagem leve. Ao se olhar no espelho, decidiu incrementar a roupa com alguns acessórios para que não ficasse tão simples.

Após dar-se por satisfeita com sua aparência, Antonia pegou sua bolsa, seu chapéu e as chaves da RAM e caminhou para fora de seu quarto. Ao chegar na sala encontrou seus pais sentados no sofá assistindo algo no celular de seu pai, que certamente estava com o volume no máximo.

— Tá dando pra escutar esse vídeo lá do povoado — brincou, se aproximando dos dois e dando uma voltinha. — E ai, tô gatinha?

— Linda! Acho que hoje você me arranja um genro — respondeu sua mãe, lhe dando um tapinha na bunda.

Antonia riu ao notar a forma como seu pai parou de prestar atenção em seu celular no segundo em que ouviu a palavra "genro".

— Tá linda como sempre — sorriu-lhe o pai, mas o sorriso não durou meio segundo até que ele completasse: — Mas não gostei dessa história de genro, não.

— Não se preocupe, papai. Nesse povoado não existem homens pra mim — respondeu Antonia, curvando-se para beijar a bochecha do pai.

— Acho difícil existir fora daqui também — Manoel resmungou e ganhou um chute de Rosa, que apoiava os pés em seu colo.

— Deixa a menina! Vai logo, fia! Se cê demorar mais um pouquinho acho que esse homem te prende em casa! — disse Rosa, empurrando a filha em direção à porta.

A menina se adiantou, sabendo que a mãe falava bem sério. Ao sair pela porta, gritou pedindo a benção e desceu as escadas que levavam ao jardim da frente correndo. O som de suas botas ecoavam pelo chão e, não muitos minutos depois, o ronco da camionete foi ouvido por seus pais conforme Antonia deixava a fazenda Santos Reis em direção ao povoado.

O percurso da fazenda até o povoado levava em torno de quarenta minutos, mas a menina conseguiu diminuir esse tempo para apenas vinte e cinco. Ela estacionou a camionete em frente a casa de Clarissa, abaixando o vidro e buzinando para chamar a amiga. Como já esperava, Clarissa ainda não estava pronta e quem apareceu na janela foram seus pais, que acenaram para Antonia.

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