A Noiva Roubada do Orc

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Kari se perdeu no beijo, a excitação zumbindo em suas veias enquanto ela se aproximava de Wulf, o calor de seu corpo enorme e duro aquecendo sua pele ainda gelada. Seus mamilos formigaram e ela os esfregou contra o peito dele, buscando aliviar a dor. Mas então ele mudou de posição e uma de suas presas raspou o lado da boca dela. Não doeu, mas trouxe a realidade de volta.

Por um momento, perdida no beijo, ela se esqueceu de quão diferente ele era. Quão diferente todo esse mundo era. Este não é o meu mundo, ela pensou, o pânico se infiltrando e apertando seu peito. As mãos dele permaneceram por um momento, claramente relutantes em soltá-la, mas então ele a soltou, um calafrio imediatamente substituindo o calor de suas mãos.

Seus lábios ainda formigavam por causa do beijo quando ela deu um passo para trás, seu coração batia forte, e ela pressionou uma mão trêmula sobre eles enquanto a realidade a atingia como uma onda fria.

Ele a observava, seus olhos escuros e preocupados, e ela se virou, focando no luar brilhando no riacho. Parte dela não queria nada mais do que derreter de voltaseus braços, para se perder na segurança e no calor que ele oferecia. Mas outra parte gritava que isso era errado, que ela não pertencia ali.

Ela envolveu os braços em volta de si mesma, tentando recuperar algum senso de controle. Tenho que encontrar um caminho para casa, ela se lembrou, mas havia um vazio em sua determinação que não estava lá antes. A conexão emocional que ela começou a forjar com Wulf puxou seu coração, tornando a ideia de ir embora mais dolorosa do que ela havia previsto.

Ela fechou os olhos, respirando fundo o ar fresco da noite. Cheirava a pinho e terra, tão diferente da brisa morna e salgada de Charleston. Quando os abriu novamente, viu seu reflexo no riacho. A mulher que a encarava estava quase irreconhecível — suas feições eram as mesmas, mas essa mulher com a boca inchada de beijo e cabelo selvagem, nua ao luar, parecia uma criatura primitiva, parte da floresta que a cercava.

Ela se virou para encarar Wulf, suas emoções uma bagunça emaranhada. Seu rosto estava preso em uma máscara ilegível, mas ela ainda podia ver a preocupação em seus olhos enquanto ele pegava a toalha de linho áspera e começava a secá-la. Ela não resistiu, grata pelo calor - e por sua consideração. O vínculo entre eles era inegável, mas também o era o vasto abismo de seus mundos diferentes.

Ele terminou de esfregá-la e ela fez o melhor que pôde para ignorar sua excitação persistente, sua pele ainda formigando enquanto ele deixava sua blusa emprestada cair de volta sobre sua cabeça e enrolava o colete de pele em volta dela. Ele até mesmo colocou suas meias e sapatos para ela e ela o deixou, ainda se sentindo dominada pelo que tinha acontecido. Ele a levou de volta para o acampamento, hesitando quando chegaram ao saco de dormir compartilhado.

Lothar estava sentado perto do fogo. Ela o viu levantar uma sobrancelha, mas felizmente ele não comentou. Ela hesitou por um momento, então se deitou, mas quando Wulf se juntou a ela, ela não se virou em seus braços como costumava fazer. Ela ficou acordada até tarde da noite, agudamente ciente de sua presença ao lado dela, mas ela continuou a se manter um pouco afastada, seu corpo tenso e sua mente acelerada. Ela sentiu seu desconforto com sua distância, mas ele não a empurrou, respeitando a barreira invisível que ela havia erguido.

O beijo no riacho havia despertado algo nela, ou talvez mais precisamente, a fizera encarar o que ela estava evitando. Ela sabia que ele estava atraído por ela - ela havia sentido sua ereção com bastante frequência enquanto dormiam juntos - mas tinha sido mais fácil fingir que era apenas uma reação masculina típica à proximidade de seus corpos. Ela até mesmo tinha sido capaz de ignorar sua própria excitação correspondente como simplesmente uma resposta automática.

O beijo a fez perceber a verdade. Não era proximidade - era simplesmente ele. Ela estava irremediavelmente, apaixonadamente atraída por ele. Por um orc enorme de outro mundo.