Infernal Redemption

6 - correntes roxas

Charlie estava realmente surpresa ao ver sua mãe novamente depois de tanto tempo. Tinha tantas perguntas, tantas coisas que queria mostrar a ela. Estava realmente feliz por vê-la novamente depois de sete anos sem notícias. Nem mesmo uma simples ligação.

-mãe! É... Entra - Charlie disse, com um sorriso radiante no rosto, se afastando da porta dando espaço para Lilith entrar. -eu... Estava com saudades - a princesa disse, abraçando Lilith de uma forma carinhosa.

-eu também estava, meu bem - Lilith disse, sorrindo gentilmente, enquanto retribuia o abraço de Charlie.

Em meio ao abraço, Charlie notou Lúcifer abrindo um portal em direção ao seu quarto. A princesa estranhou, claro, mas preferiu deixá-lo sozinho por um tempo e dar atenção à sua mãe.

-vem, mãe, vou apresentar o hotel e meus amigos - Charlie disse, sorrindo e separando-se do abraço. -essa é Vaggie, minha namorada - Charlie disse, um tanto nervosa.

-é um prazer, Majestade - Vaggie cumprimentou, sorrindo timidamente.

-oh, por favor, não ah necessidade de formalidades - Lilith sorriu simplesmente.

-esses são Alastor, o gerente do hotel, e essa é Kira, a irmã dele - Charlie continuou, animadamente, sem se dar conta da tensão que pairava no ar entre eles.

-é um prazer - Lilith disse, sua voz soando fria, enquanto o sorriso de Kira apenas aumentou.

-igualmente, Majestade - Alastor respondeu, sua voz soando igualmente fria, e sua orelhas levemente caídas para trás.

[...]

Charlie parecia genuinamente contente com a presença de sua mãe, sempre conversando animadamente com ela, contando tudo que havia feito, como havia vencido o extermínio contra o paraíso, e Lilith sempre parecia verdadeira interessada.

-ah, e por falar no extermínio, o Adão está aqui agora - Charlie disse, sua voz com um tom levemente nervoso.

-vocês... O mataram? - Lilith perguntou, sua voz com um interesse verdadeiramente notável.

-digamos que sim - Charlie riu. -e como fomos nós que o matamos, Sera deixou ele como nossa responsabilidade - a princesa finalizou, suspirando.

-entendo - Lilith disse, segurando as mãos de sua filha levemente, enquanto sorria suavemente.

-mãe, posso te fazer uma pergunta? - Charlie perguntou, enquanto esperava ansiosamente por uma resposta.

-claro, querida - Lilith respondeu, sua voz soando suave e calma.

-onde... - a princesa hesitou por um momento. -onde você estava, todos esses anos? - Charlie finalizou.

-resolvendo algumas coisas, querida, nada que precise se preocupar - Lilith respondeu calmamente, antes de dar um pequeno suspiro. -Charlie, querida, você sabe onde está o seu pai? - lilith perguntou, mudando de assunto, ainda segurando as mãos de sua filha e sorrindo de uma forma doce.

-não... Eu não o vejo desde que você chegou - Charlie respondeu, uma onda de preocupação invadindo seu corpo de uma forma angustiante.

A princesa realmente não havia ido ver como seu pai estava, e a preocupação e a culpa começaram a tomar conta de sua mente. Sabia que Lúcifer não se sentiria bem ao ver lilith ali depois de tanto tempo, e sabia também que deveria ter ido ver como ele estava.

-eu vou ver se ele está bem - Charlie disse se levantando do sofá, apenas recebendo um aceno positivo de sua mãe e seguindo em direção às escadas até o quarto de seu pai.

Charlie seguiu pelas escadas até o outro lado do hotel, onde estava o quarto de seu pai. Assim que chegou em frente à porta, suspirou e deu leves batidas na porta, antes de abri-la levemente.

-pai? Está tudo bem? - Charlie perguntou, entrando no quarto. No entanto, não recebeu uma resposta, ao entrar, viu seu pai olhando para o teto do quarto, imóvel, apatentemente perdido em seus próprios pensamento. O que a fez ficar mais preocupada do que já estava. -pai? - a princesa chamou mais uma vez, se aproximando da cama, se sentando.

-ah, oi, Charlie - Lúcifer respondeu, dando um salto ao notar a presença de sua filha.

-é... Oi, pai, tá tudo bem? - Charlie perguntou mais uma vez, notando uma expressão de desconforto se formando no rosto de Lúcifer.

-é, sim... Só, um pouco surpreso pela... - Lúcifer deu uma pausa. -volta da sua mãe - ele finalizou, rindo nervosamente.

-eu imagino, pai, mas... Você poderia, quem sabe... Conversar com ela - Charlie sugeriu, sorrindo suavemente.

-é, pode ser - Lúcifer suspirou, claramente desconfortável. Charlie apenas sorriu, e segurou suavemente as mãos de seu pai. Transmitindo uma sensação de conforto, que invadiu o corpo do anjo, fazendo-o sorrir levemente.

[...]

As horas se passaram, e a noite caiu, Lúcifer evitando qualquer contato com Lilith durante todo o dia. Não queria encontrá-la, não naquele momento, não depois de tanto tempo sem respostas nem notícias.

No entanto, desde que Lilith partiu, as noites de sono do anjo caído partiram junto com ela, seus patinhos de borracha haviam se tornado seus melhor companheiros durante a madrugada, enquanto a insônia se tornou uma companhia irritante. E quando ela insistia em tomar conta de sua mente, juntamente com as lembranças de seu último contato com sua ex esposa, Lúcifer passava horas em sua oficina, tentando se distrair dessas lembranças dolorosas. O que infelizmente era inútil.

E agora, lá estava ele, vagando pelos corredores do hotel, buscando algum resquício de sono, e falhando miseravelmente. As lembranças de seus momentos com Lilith se repetindo como um looping infinito em sua mente, cada vez que ela foi seu porto seguro, cada vez que qundo tudo ao redor do anjo caído parecia desmoronar, ela estava lá. O acolhendo em seus braços.

Apesar de tudo, o anjo estava totalmente confuso, porque ela havia o abandonado, Porque havia voltado agora? Essa e outras milhares de perguntar ecoaram na mente de Lúcifer. Todas sem respostas, ele queria entender as motivações por trás de cada uma delas, porém, não queria encarar Lilith.

-Lúcifer? - Lilith chamou, fazendo o coração do anjo acelerar.

-ah... Oi, Lilith - ele respondeu, suspirando fundo, antes de se virar para encará-la. O que estava tentando evitar durante todo o dia.

-o que faz acordado essas horas? - ela perguntou, com um leve tom de preocupação em sua voz.

-insônia - Lúcifer respondeu simplesmente, dando de ombros.

-entendo - Lilith deu uma pausa. -eu... Senti sua falta, Lúci - ela completou, se aproximando do anjo e o abraçando levemente.

Com esse gesto, o coração do anjo acelerou mais ainda, não sabia o que responder, estava confuso, então ele apenas aconhegou sua cabeça em um dos ombros de Lilith, e adormeceu rapidamente.

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Notas:
E então?
Finalmente um final um pouquinho mais "fofo" kkkkk, ah, e preparem-se, por que nem tudo é um mar de rosas... Enfim, até o próximo capítulo, comentem bastante, quero saber o que vocês estão achando. Kkkkk