Entre jogos e Temperos | Gabi Guimarães

Capítulo 1 - Prólogo

O ginásio, uma vez vibrante com a energia de milhares de torcedores, agora estava silencioso, o eco do último apito ainda ressoando nas paredes. As luzes, que antes brilhavam intensamente sobre o campo, agora iluminavam apenas as cadeiras vazias e o chão coberto por lixos, copos de papel, embalagens e algumas bandeiras caídas. O ar estava carregado de uma frustração palpável, uma mistura de cansaço e desilusão que parecia pesar sobre todos presentes.

As jogadoras da seleção brasileira, exaustas e abatidas, começaram a se reunir em um canto do ginásio. A equipe, liderada pela capitã Gabriela Guimarães, estava envolta em uma nuvem de tristeza e frustração. Cada uma delas carregava o peso da derrota, as expressões distantes e os ombros caídos indicando o quanto havia dado de si. O silêncio entre elas era profundo, interrompido apenas pelos sons de encostos e murmúrios de apoio esparsos que vinham da área dos bastidores.

Gabriela, com a testa franzida, maxilar cerrado e os olhos ainda fixos na quadra, tentava processar a realidade da situação. O jogo contra as americanas foi uma batalha difícil. Cada ponto parecia mais distante de ser conquistado, e o esforço das jogadoras brasileiras era palpável. Mas o destino tinha outros planos e o Brasil não conseguiu passar para a final. A derrota estava gravada no placar, uma sentença implacável que agora parecia dominar cada pensamento da capitã.

Enquanto as jogadoras começavam a se dispersar, tentando lidar com o peso da derrota, um grupo de jornalistas se aglomeravam na zona mista, preparando-se para capturar as reações pós jogo. Entre os repórteres, uma figura se destacava — Renata, uma jornalista contratada pela CBV, estava acompanhada de uma jovem que usava uma camisa do Brasil. A camiseta não era de vôlei, mas de um evento esportivo, um lembrete discreto da conexão da jovem com o país.

A conversa entre a jornalista e a jovem era tranquila, mas cheia de um entendimento silencioso. Renata, com seu olhar compreensivo, se aproximava das jogadoras. Ela abraçava cada uma delas com um carinho genuíno, oferecendo palavras de consolo e apoio. A jovem ao seu lado observava com atenção, seu olhar fixo nas jogadoras com um misto de admiração e empatia.

Quando a jovem se aproximou, Gabi a avistou de longe. O cabelo castanho e longo estava solto, suas ondas brilhando sob a luz suave do ambiente. Mas o que realmente chamava a atenção era a expressão em seu rosto, especialmente a maneira como suas sobrancelhas se franzem de forma adorável e fofa, transmitindo uma sinceridade e compaixão genuínas.

Renata fez as apresentações, e a jovem, com um sorriso suave e um olhar profundo, ficou de frente com Gabi. A tensão do momento parecia se dissipar por um breve instante quando a jovem falou, sua voz carregada de empatia: "Sinto muito, sei o quanto você queria e merecia essa medalha." Com aquelas palavras, ditas com uma profundidade e sinceridade que parecia tocar o coração de Gabi, a ponteira sentiu um nó na garganta.

A jovem continuou a olhar nos olhos de Gabi, e a capitã, tocada pelas palavras da garota, respondeu com um sorriso doce e sincero, mas não totalmente aberto, uma tentativa de mostrar gratidão em meio à sua dor.

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Oi gente, essa é a minha primeira história por aqui!!! 😬

Prometo que vou tentar atualizar todo final de semana, meu tempo é um pouco curto, mas gosto muito de escrever, então vou me esforçar!

Amo acompanhar vôlei, principalmente uma capitã engraçadinha que eu acho que vocês conhecem, por isso resolvi escrever com ela sendo uma das protagonistas.

Sobre a história em si, confesso que gosto de um pouquinho de drama, mas não vou fazer vocês sofrerem muito (eu acho👀). E por favor, tenham paciência com o desenvolvimento das duas, quero criar algo muito delicado e íntimo, por esse motivo não vou fazer com que tudo ocorra de forma rápida.

Enfim, boa leitura pra vocês, espero que gostem! 💗💗💗

obs: esse cap foi uma pequena introdução mesmo, amanhã já solto o primeiro. Por favor, se vocês gostaram, comentem!!!! 🫶🏻