33. O Mestre da Morte

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"Não é mais Harry," disse Neville encarando o jovem em questão, percebendo antes de qualquer outra pessoa o que estava acontecendo. Ele não estava assustado, mas também sabia que 'Harry' não voltaria até que a magia tivesse feito o que Harry queria.

"Do que você está falando?" perguntou Jasper, seus olhos se estreitando no humano nervoso. O que ele quis dizer com não ser mais Harry? Ele não gostou do som daquilo. O que havia de errado com seu companheiro? Ele sentiu como se estivesse prestes a ter um ataque de pânico, mas vampiros não conseguiam ter problemas tão humanos.

"Ele está canalizando a própria magia", disse Neville. "Ela não vai parar até estar pronta."

"Canalizando a própria magia?" ecoou Esme. Todos ao redor dela, as "testemunhas" estavam agachados defensivamente, não confiando nos Volturi. Até Carlisle ainda estava agachado, mas bem ao lado dela. Os metamorfos estavam onde estavam, ainda olhando os vampiros do outro lado como se fossem uma refeição saborosa. Eles relaxaram um pouco agora que Teddy tinha ido embora do campo de batalha, eles estavam muito protetores com ele. O bando estava muito melhor agora sem a amargura de Sam influenciando-os.

"A magia é uma coisa viva, ela existe ao nosso redor, até mesmo pessoas não mágicas a sentem. Elas sentem isso como um déjà vu, a sensação de saber que algo aconteceu com um ente querido a quilômetros de distância." disse Neville.

"Ou mesmo os dons que você tem, a magia em si te abençoou com eles. Tanto como humano, quando era mais instintivo do que um talento real e te deu isso completamente como um vampiro." disse Luna.

"A magia está até na terra ao nosso redor, permitindo que as coisas cresçam", disse Fred.

"Mágica? Que tipo de truque é esse?!" sibilou Caius, lembrando aos outros que eles não estavam sozinhos.

"O que aconteceria se a magia morresse? O mundo a seguiria?" perguntou Carlisle curiosamente.

"Quem sabe? A magia está aqui desde o começo, ela se acumularia novamente com o tempo. A linhagem mágica se estende fenomenalmente pelo mundo, você teria dificuldade em encontrar alguém que não tenha um ancestral mágico. Ela se acumula, com o tempo, até encontrar alguém forte o suficiente para lidar com ela. É de onde os nascidos trouxas vêm." disse Luna.

"Nascido trouxa?", perguntou Laurent curiosamente.

Só então Harry gritou, seu corpo inteiro começou a tremer enquanto o céu escurecia completamente. Parecia que era noite, mas ainda não estava nem perto disso. As pessoas iriam notar, era uma surpresa que ninguém do Ministério Americano tivesse vindo ainda.

"Harry!", gritaram as vozes em uníssono, assustadas.

"Não lute contra isso, Harry", disse Luna se abaixando e sussurrando em seu ouvido, "Aceite isso, é quem você é, a magia de Harry está ancorada em você, assim como a vida... você é o Mestre da Morte... aquele que viverá... veja o mundo e não consigo pensar em ninguém mais merecedor disso. Você tem Teddy e Jasper agora, pense neles. Eles nunca o perdoariam por deixá-los quando mais precisam de você."

"Você acreditou em mim desde o começo, Harry, agora é hora de alguém acreditar em você. Agora você pode fazer isso, você é a pessoa mais forte que eu conheço. Agora volte para mim, eu preciso de você." disse Jasper sussurrando no outro ouvido de Harry. Um olho mantendo uma vigilância atenta sobre os Volturi, garantindo que eles não fizessem nenhuma tentativa de se aproximar. Felizmente, eles estavam muito atordoados, as testemunhas recuaram, e Aro e Caius ainda estavam tremendo com a aparição das irmãs. O que restava da guarda Volturi os estava protegendo fielmente. Eles não eram nada sem Jane e Alec, irremediavelmente superados em número. Especialmente considerando que eles não sabiam nada sobre pelo menos dez dos vampiros, atualmente do lado dos Cullen. As esposas estavam olhando para seus maridos com traição. Mesmo que sobrevivessem a isso, suas vidas nunca mais seriam as mesmas.

Vida Após a Morte e Traição (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora