Capítulo 11: Quebrado, mas não derrotado

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O dono do olhar ressentido era ninguém mais a não ser Phutson que estava se abaixando para olhar a pequena figura do garoto que tinha desprezado ele desde o primeiro encontro. Isso fez Phutson desconfortável e teve que mudar de ambiente com frequência para evitar confronto.

O jovem cerrou seus dentes, lutando com o sentimento de inveja e ressentimento que perdurava em seu coração. Toda a história da vida de Phutson não valia a menção, mas a única coisa que ele queria lembrar era a gentileza de Phraploeng.

Desde que sua mãe morreu e ele veio viver sob os cuidados da Tia Homtoi, a vida de Phutson mudou. Phraploeng talvez tenha se esquecido, mas a gentileza da outra parte ainda estava profundamente arraigada em seu coração. De um sentimento de admiração na adolescência, se tornou amor e gosto, até que a distância entre eles cresceu mais e mais.

Ele assistiu os mestres desse canto, sempre ciente que seu status não era comparável. Ele sempre pensou que se um dia seu patrão se apaixonasse por uma mulher ou um homem, alguém de uma alta classe e família distinta, iria partir seu coração.

Alguns dias atrás, quando ele ouviu as notícias de que Phraploeng estava voltando, Phutson não pôde evitar se sentir feliz. Mas quando ele ouviu que a outra parte voltou sozinho, sem ninguém o seguindo como parceiro, seu coração afundou. No entanto, apenas alguns dias mais tarde... o jovem sentiu como se tivesse sido atingido por uma verdade não diferente de uma tempestade.

"_Todos vocês deviam ir para a cama cedo e descansar. Amanhã haverá uma grande celebração e eu tenho certeza de que todos vocês estarão exaustos.

_Que tipo de celebração, Phi Nun?

_Uma cerimônia de noivado.

_De quem?

_De quem poderia ser? Khun Phraploeng, é claro."

Phutson ainda se lembrava da conversa entre os dois que ele acidentalmente ouviu enquanto trabalhava na cozinha. O sentimento era como ser varrido por uma tempestade violenta. Era intenso e entorpecente, mas incomparável a quando ele descobriu quem era a pessoa que Phraploeng estava secretamente noivo todo esse tempo.

Você, Saengrawi... ainda que ele fosse apenas um garoto do templo, seu status agora muito maior que o dele. Por que alguém como ele ousava competir por Khun Phraploeng? Você é um resumo do que todas as pessoas chamam de vergonhoso...

Palavras de ressentimento surgiram na mente de Phutson devido a sua intensa inveja com relação aqueles que estavam felizes. Ele olhou para a pessoa abaixo com olhos que eram difíceis de ler. Seus olhos afiados caíram numa árvore que não ficava longe da vista, o que fez um novo pensamento emergir.

Ódio... quanto mais ele via a felicidade de Saengrawi mais ele o desprezava. Ele o desprezava ao ponto de que ele queria fazê-lo sofrer.

_Você viu Saengrawi? – Phraploeng perguntou uma empregada que estava passando, olhando em volta e procurando por seu noivo. Por um momento ele ainda via a figura de uma pequena pessoa por aqui. Pouco ele esperava que no minuto seguinte ele iria desaparecer como o vento.

_Eu o vi no jardim, Khun Phraploeng.

_Muito obrigado – após obter a informação desejada, o dono da casa caminhou direto para a porta lateral conectada ao jardim de flores. A figura alta pausou por um momento quando ele viu alguém. Outra pessoa ficou de pé ao lado de uma flor branca, segurando um cheiroso buquê em sua mão.

Aquela muda branca, Phraploeng tinha plantado pessoalmente.

_Então você está aqui.

A chegada da nova voz profunda fez duas pessoas pararem, uma delas sendo... Phutson.

Depois do Pôr do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora