Capítulo 8: O homem mais boca suja de Bangkok

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O despontar de um novo dia trouxe o aumento do calor dos raios de sol. O bonito rosto de Saengrawi revelava um leve sorriso quando ele ouviu a voz de alguém que estava sempre em sua mente.

_Luanglung, você está bem? Como estão as coisas aí? – era uma pergunta habitual, e claro, a resposta que veio era no mesmo padrão familiar.

_Eu estou bem, Rawi. Eu estou tomando a medicação prescrita pelo médico.

A conversa principal ainda se centrou em torno de saúde. Ambos falaram por um tempo antes de Saengrawi se tornar aquele que terminou a conversa. Isso era por causa da presença de alguém alto e grande que repentinamente apareceu em sua visão periférica.

Phraploeng Sittikornkan desceu do segundo andar da mansão e viu uma pequena pessoa falando ao telefone. Curiosidade imediatamente surgiu.

Com quem aquela criança está falando ao telefone?

Saengrawi, ciente de que estava sendo observado, se afastou do telefone e ficou de pé. O jovem estava vestido no que ele pensava ser o melhor traje que ele podia achar, mas comparado ao outro homem, ele não podia evitar se sentir inferior.

Que tipo de pessoa parece bem dos pés a cabeça? Inveja surgiu com relação aqueles que nasceram abastados. Nessa vida, pessoas como ele nunca teriam a chance de uma boa vida.

_Você está pronto?

_Sim, khrap – Phraploeng chamou e o jovem obedientemente deu um passo à frente.

Esse foi o fim da conversa deles antes da pessoa alta liderar o caminho para fora da mansão.

Phraploeng não se incomodou em perguntar a questão que ele estava curioso sobre, porque ele já tinha alcançado uma conclusão em sua mente. Independente de quem a outra parte estava falando ao telefone, não era um assunto importante no qual ele precisasse interferir. Cada pessoa estava simplesmente cumprindo seus próprios deveres.

A pequena figura meio caminhava meio corria, atrás da pessoa mais alta, usando seus olhos para escanear a esquerda e a direita, procurando por outros adultos, mas não havia nenhum.

_Procurando por algo?

_Outros. Khun Prut, Khun Pim...

_Além do seu noivo, quem mais deveria ir?

Sem mais explicações porque a pessoa que tem o status de noivo já ocupou o assento do motorista.

O destino de hoje é o coração da cidade de Bangkok. Claro, para um jovem que não está muito familiarizado com a vida na cidade, ele se sente excitado como nunca antes dessa jornada. Excluindo os dias que ele veio de Ayutthaya.

Um luxuoso carro preto deslizava ao longo da estrada com prédios altos e casas enormes. Refletindo o estilo de vida agitado dos moradores da cidade. O olhar de Phraploeng mudou da estrada em frente, apenas para encarar a pessoa sentada ao lado do motorista sem dizer nada. Parece que ele está interessado em nada além de olhar pra fora da janela, como se não houvesse ninguém sentado no carro.

_Não está satisfeito com algo? – a pessoa mais velha perguntou com uma voz áspera. A pessoa sendo questionada não se virou com uma expressão insatisfeita como esperado, mas o contrário com olhos vagos e confusos, claramente mostrando sua perplexidade.

_O que você disse?

De repente, quando perguntado, Phraploeng se realizou que ele havia entendido algo errado. A postura que ele pensou que a outra pessoa tinha acabou por ser completamente diferente do que ele imaginava. Parecia que... o mais jovem estava apenas interessado no cenário fora do carro.

Depois do Pôr do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora