Capítulo 35: Memórias do passado

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_Boa pessoa... volte pra mim. Volte. Por favor...

A voz gentil familiar chamou, acordando a pessoa na cama, de seu sonho. Em seu subconsciente Saengrawi sentia como se ele estivesse nadando para cima para pegar um pouco de ar acima da superfície da água, inalando o ar após estar mergulhado por um longo tempo em um fluxo contínuo.

No entanto, na realidade, Saengrawi apenas lentamente abriu seus olhos, permitindo que o ar em seu entorno penetrasse em seus pulmões. A sensação quente no seu pulso fez o dono do pequeno corpo usar os olhos para procurar pela fonte de calor.

Phraploeng Sittikornkan estava abaixado, encarando a cama, com a mão grossa agarrando o pulso esquerdo da pessoa na cama, como se temendo que ele fosse repentinamente pular e correr.

Saengrawi suavemente sorri, então olha pela janela. A primeira luz do dia passa acima do horizonte. Os pássaros gorjeiam, sinalizando o início de uma nova vida.

A figura branca respira fundo e se prepara para soltar o aperto. Ele pretende se mover lentamente para não perturbar ninguém mais e acordá-lo, mas apenas levemente movendo seu corpo. A pessoa alta que estava dormindo começa a se agitar e acorda quase imediatamente.

Os sentidos estão sobrecarregados...

Silêncio desce entre eles enquanto os olhares de ambos os indivíduos se encontram. Phraploeng está parado, seu cérebro processando incertamente se a imagem diante dele é real ou apenas um sonho. A pessoa na cama deixa escapar algumas palavras para quebrar o silêncio.

_Hum... Bom dia – a voz que veio saudá-lo está de alguma forma seca.

Phraploeng se levantou de sua cadeira para procurar o rosto da figura branca diante dele novamente, não acreditando em seus olhos. Levou alguns minutos para o jovem encontrar sua própria caixa vocal.

_Recuperou... você se recuperou? – não é que ele não esteja feliz, não é que ele não esteja animado, mas porque Phraploeng teme que a imagem diante dele seja apenas um sonho. A pessoa alta ainda está em um estado de meio quieto e meio alegre.

NT: Eu chorando igual uma condenada, o Ploeng sofrendo horrores e a criatura sabendo que esteve quase seguindo a luz pra passar pro outro lado e me vem com: Bom dia. Como se só tivesse ido dormir na noite anterior e acordado no dia seguinte. Não aguento.

_Sim... Eu voltei para ver Phi Ploeng – Saengrawi confirmou segurando a mão quente do mais velho e pressionando contra sua bochecha, gentilmente esfregando a bochecha contra a mão dele.

_...

_Você vê? Eu realmente voltei.

Phraploeng, que costumava ser forte e confiante nos olhos de Saengrawi, agora tem dúvidas sobre si mesmo.

Phraploeng queria o abraçar forte, mas hesitou porque ele temia que a pessoa que acabava de se recuperar de uma situação perigosa que teria que aguentar mais dor.

_Rawi... você está machucado? – a voz trêmula revelou a vulnerabilidade.

Saengrawi examinou a si mesmo de acordo com as questões da pessoa. Suas sobrancelhas estavam levemente erguidas, indicando algo não usual.

_Não... Eu não estou ferido – ele disse, esfregando sua testa. Após se examinar cuidadosamente, ele se realizou que não haviam ferimentos em seu corpo, mesmo no braço que ele tinha bandagens. Ele se ergueu e abraçou a pessoa calorosamente.

_É perigoso. Não se levante tão rápido.

No entanto, ele teve apenas um desconforto moderado, o que era um efeito colateral físico de se deitar parado por vários dias. Já pelos vários ferimentos em seu corpo, eles pareciam estar quase curados.

Depois do Pôr do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora