Era uma noite tempestuosa em Porto Real, o som dos trovões ecoava pelas ruas enquanto as velas tremeluziam nas janelas do Grande Salão da Fortaleza Vermelha. Rhaenyra Targaryen, a herdeira do Trono de Ferro, estava em trabalho de parto. A ansiedade...
A chuva caía pesada sobre Dragonstone, batendo forte nas janelas do castelo. O som da tempestade parecia ecoar no coração de Visenya, que se sentia cada vez mais isolada em meio à grandeza de seus irmãos. A ausência de um dragão a deixava inquieta, e a lembrança de sua recente humilhação em Driftmark apenas alimentava sua determinação, ela havia feito seu 12° dia de seu nome, não podia continuar sem um dragão, até seus irmãos mais novos tinha e ela não. Naquela noite, enquanto os outros dormiam, ela decidiu que era hora de mudar seu destino.
Rumores sobre um dragão temido circulavam por Dragonstone — Cannibal, o devorador de dragões. Diziam que ele era uma criatura imensa, com escamas verde-escuras quase negras e olhos amarelos que brilhavam como lanternas na escuridão. Visenya sentiu um impulso incontrolável de encontrá-lo e domá-lo, não apenas para se provar a si mesma, mas para ter um aliado poderoso ao seu lado.
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Com o coração acelerado, ela despistou os guardas e saiu do castelo sob a chuva. A escuridão parecia acolher sua determinação, e após muito tempo caminhando pelas trilhas lamacentas, avistou uma taverna à distância. O chão da entrada estava manchado com sangue seco — um sinal claro de que Cannibal poderia estar ali, pois fazia tempo que ninguém ia atrás do dragão tentar doma-lo.
Armada com uma tocha improvisada feita de gravetos e pano, Visenya entrou na taverna. O ambiente era sombrio e carregado de um odor forte e metálico. Com coragem renovada, ela começou a cantar a canção valeriana que seu pai havia lhe ensinado em uma de suas aulas de Alto Valiriano, sua voz ecoando entre as paredes enferrujadas do lugar:
Drakari pykiros Tīkummo jemiros Yn lantyz bartossa Saelot vāedis
Hen ñuhā elēnī: Perzyssy vestretis Se gēlȳn irūdaks Ānogrose
Hae mērot gierūli: Se hāros bartossi Prūmȳsa sōvīli Gevī dāerī
Enquanto a melodia se desenrolava no ar pesado da taverna, ela percebeu uma presença imponente no fundo do local. Cannibal estava ali, seus olhos amarelos fixos nela, emanando uma ferocidade que poderia congelar o sangue nas veias de qualquer um. O dragão começou a rugir, seu comportamento agressivo deixando claro que ele não estava disposto a aceitar visitantes.
Visenya sentiu o medo invadir seu peito, mas não recuou. Com passos hesitantes, ela se aproximou do dragão. À medida que se aproximava, Cannibal tornava-se cada vez mais agitado e agressivo. Ela estendeu a mão com receio; o dragão preparou-se para liberar chamas ardentes. Mas quando suas narinas tocaram a pele da menina, algo mudou. Cannibal fechou os olhos e deixou escapar um suave resfolego.
Nesse momento de conexão inexplicável, Visenya sussurrou palavras de calma em valeriano repetidamente até que Cannibal se acalmasse.
— Dohaeräs Cannibal. Lykirī, lykirī Cannibal.
O dragão abaixou-se lentamente, permitindo que ela subisse em suas costas nuas e escamosas. Era arriscado e perigoso — e ainda assim, toda hesitação desapareceu.
—Sōves! — ordenou ela em valiriano.
Cannibal respondeu ao comando com um poderoso impulso das asas e logo estavam ascendendo aos céus tempestuosos acima de Dragonstone. A sensação do vento cortante contra seu rosto fez Visenya sentir-se viva como nunca antes; as nuvens pareciam dançar ao redor deles enquanto voavam alto acima das montanhas e vales.
— Dracarys! — a garota gritou para o dragão que a obedeceu e soltou um jato de fogo no ar.
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O dia amanhecia quando finalmente retornaram ao castelo. Ao aterrissar no fosso com o dragão relutante em permanecer preso ali, Visenya ouviu sua mãe chamá-la com uma voz elevada. A menina estava suja fuligem e com as roupas um pouco rasgadas e com uns ferimentos não tão graves. Rhaenyra estava furiosa ao perceber a ausência da filha durante toda a noite.
— Por onde você andou? — gritou Rhaenyra ao avistar Visenya.
A menina explicou rapidamente sua aventura audaciosa em busca de Cannibal. A raiva da mãe era palpável, mas Daemon e seus irmãos observavam com expressões orgulhosas nos rostos — nenhum deles ousaria interromper a fúria da rainha.
— Nunca mais faça isso, você me assustou. — Rhaenyra disse abraçando forte a menina.
Após receber algumas reprimendas severas de Rhaenyra sobre os perigos envolvidos em sua busca por Cannibal, Daemon não pôde mais conter seu orgulho.
— Você fez o impossível acontecer! Parabéns meu pequeno dragão. — exclamou ele junto aos irmãos.
— Enya você realmente é incrível. — dizia Luke. Jace deu um abraço em sua irmã.
Visenya sorriu radiante enquanto ouvia os elogios deles; finalmente tinha conseguido o dragão que sempre desejou! Com Cannibal ao seu lado e mais determinada do que nunca, ela sabia que estava pronta para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.
E assim começou uma nova era para Visenya Targaryen — uma era marcada pela coragem e pela conexão inquebrantável entre uma jovem ambiciosa e um dragão feroz chamado Cannibal.
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FLAMES OF DESTINY
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Avisos:
Visenya conquistando o dragão mais selvagem de todos os tempos. Avisa que o terror dos verdes está crescendo.
Oii gente, 8° capítulo lançado e tbm o último do ato 1, o próximo capítulo já vai ser do ato 2. Por favor, votem e comentem, para eu saber o que estão achando sobre e compartilhem tbm, vão na minha conta do Tik Tok tbm(LadyMary2000), caso vc tem vindo de lá, avisa aqui, vou adorar saber :)
- Como dito antes Visenya é mais velha que Jace e Luke, ela é a primogênita, sendo assim ela é a herdeira de Rhaenyra, mas mesmo que aqui Jace seria o segundo filho, o Luke que ainda vai ser o herdeiro de Driftmark. Jace é o segundo herdeiro, Rhaenyra ainda não decidiu entre Visenya e Jace.
- Não sejam leitores fantasmas 👻
- Lembrando que todo capítulo eu deixarei um gif, mas as atrizes que eu colocar para representar a Visenya podem mudar, pois tá sendo difícil achar só de uma mesma atriz, mas só por agora na fase de criança, pois na fase adulta já tem uma definida.
- Me desculpem por qualquer erro ortográfico.
- Obrigada pela atenção, espero que tenham gostado do capítulo.
