Era uma noite tempestuosa em Porto Real, o som dos trovões ecoava pelas ruas enquanto as velas tremeluziam nas janelas do Grande Salão da Fortaleza Vermelha. Rhaenyra Targaryen, a herdeira do Trono de Ferro, estava em trabalho de parto. A ansiedade...
Visenya permaneceu deitada na cama, sua mente ainda presa nas palavras de Haelena. A escuridão do quarto parecia sufocante, e o calor que emanava de seu corpo a incomodava. Em meio à confusão de pensamentos, acabou adormecendo novamente, mergulhando em um sonho inquietante.
No sonho, ela se via cercada por águas profundas, enquanto seu corpo ardia como se estivesse em chamas. Um dragão imponente a observava de longe, suas escamas brilhando sob a luz do luar. Visenya tentou se aproximar, mas o calor que sentia a impedia de avançar. O dragão, que parecia tanto um guardião quanto uma ameaça, permanecia distante, e ela não conseguia identificar sua presença.
Subitamente, a cena mudou. Agora estava em seu aposento, sentada à mesa, tomando um chá quente. De repente, uma sensação gelada percorreu suas pernas; ao olhar para baixo, viu sangue escorrendo. O desespero tomou conta dela e lágrimas começaram a escorregar por seu rosto. "O que está acontecendo?" pensou enquanto chorava desesperadamente.
Com um sobressalto, Visenya acordou, o coração disparado e o corpo ainda quente. Ela olhou ao redor do quarto em busca de algum sinal de ferimento ou algo que justificasse o terror que havia sentido no sonho, mas não encontrou nada. Tentando se acalmar, respirou fundo e começou a pensar no que poderia significar tudo aquilo.
As batidas na porta interromperam seus pensamentos. Ao abrir, viu o guarda habitual que sempre ficava à sua disposição. Com um tom solene, ele anunciou:
— Lady Visenya, a Rainha organizou um jantar esta noite para celebrar o dia do casamento que se aproxima.
Visenya franziu a testa. Jantares eram sempre ocasiões tensas; ela nunca gostou da formalidade e das expectativas que vinham junto.
— Obrigado pelo aviso — respondeu ela educadamente, embora seu coração estivesse pesado.
Assim que fechou a porta atrás dele, uma ideia surgiu em sua mente. Precisava consultar um meistre de confiança para entender melhor o que estava acontecendo com ela.
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Visenya, era conhecida por sua coragem e determinação. Contudo, naquela tarde, seu coração pulsava com um medo desconhecido. Com um capuz negro cobrindo seu rosto e um manto que escondia sua figura delicada, ela se aventurou para fora do castelo, decidida a encontrar um antigo meistre que havia deixado os serviços da família. O que ela não sabia era que essa jornada mudaria sua vida para sempre.
Ao chegar à Rua da Seda, o cheiro das especiarias e o barulho dos vendedores a envolviam, mas Visenya tinha um único foco: a porta envelhecida do meistre. Bateu com hesitação, e logo um par de olhos curiosos apareceu através de um buraco na porta.
