O silêncio pesado na casa de Nigel foi quebrado pelo som de seu telefone tocando. Ela estava de pé, a respiração ainda ofegante, seu coração acelerado pelo turbilhão de emoções que a consumia. Seus olhos, ainda brilhando de lágrimas, estavam fixos em Nigel, que estava ocupado no telefone, tentando descobrir o paradeiro de Andrea.
- Por favor, diga que ela está em casa. - Miranda murmurou para si mesma, agarrada à esperança de que Andrea ainda estivesse em segurança e em casa, longe da tentação oferecida por Julianne.
Nigel, compreendendo a urgência, fez a ligação rapidamente. Enquanto esperava a resposta, Miranda estava impaciente, seus dedos tamborilando na mesa, uma demonstração visível de sua ansiedade. Finalmente, Nigel desligou, com um alívio visível no rosto.
- A Six está em casa, Miranda.
Miranda não precisou de mais nenhuma confirmação. Sem pensar duas vezes, ela agarrou as chaves do carro de Nigel, suas mãos tremendo de nervosismo.
- Obrigado, Nigel. - ela murmurou, sem parar para ouvir uma resposta. Com um movimento brusco, ela se dirigiu para a porta.
A chuva estava caindo forte quando Miranda saiu, mas isso não a impediu. Ela se enfiou no carro, ligou o motor e disparou pelas ruas, ignorando completamente os sinais vermelhos e violando diversas leis de trânsito. O medo de perder Andrea e a urgência de confessar seus sentimentos a faziam acelerar como nunca antes.
Ao chegar ao prédio de Andrea, Miranda estacionou de qualquer jeito, sem se importar com a forma como o carro ficou, ou se estava atrapalhando outros veículos. O vestido caríssimo, agora encharcado pela chuva, grudava em seu corpo, e a maquiagem estava borrada pelo tempo úmido. Ela não se importava com nada disso. Só precisava ver Andrea, agora, sem mais demora.
Ela correu para a entrada do prédio, a chuva torrencial não a detendo. Com as mãos tremendo, ela apertou o interfone repetidamente, pressionando o botão sem parar, ansiosa e impaciente. O som incessante parecia não ter fim, um reflexo de sua desesperada necessidade de ter Andrea de volta a seus braços.
Após o que pareceu uma eternidade, a voz de Andrea, ainda um pouco sonolenta, finalmente soou do outro lado do interfone.
- Quem é?
O coração de Miranda pulou de alívio ao ouvir a voz de Andrea, mas sua impaciência estava longe de ser controlada.
- Sou eu, Miranda. Por favor, me deixe entrar.
Andrea, surpresa ao ouvir a voz de Miranda, estava de toalha, o cabelo ainda úmido e enrolado em um turbante improvisado. Ela havia acabado de tomar um banho, tentando relaxar após uma noite tumultuada. A visão de Miranda, com o vestido molhado e a voz cheia de urgência, a deixou atônita.
Com um movimento apressado, Andrea desceu as escadas, a toalha enrolada ao redor de seu corpo. Ela abriu a porta, o olhar de surpresa e confusão refletido em seu rosto.
- Miranda? O que você está fazendo aqui, e... por que está toda molhada?
Miranda não esperou por mais explicações. Com um olhar de dor e determinação, ela se aproximou de Andrea, sua voz tremendo de emoção.
- Andrea, eu... eu precisava te ver. Preciso te falar. Estou desesperada para que você me ouça.
Andrea observou o estado de Miranda, seu coração se apertando com a cena. Ela deixou a porta aberta, e sem uma palavra, fez um gesto para que Miranda entrasse. A jovem ainda estava chocada, mas a intensidade e a sinceridade nos olhos de Miranda a faziam hesitar, sabendo que algo profundamente importante estava prestes a ser revelado.
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PAIXÃO E FÚRIA
FanfictionEm uma Nova York repleta de glamour e intriga, Miranda Priestly, a temida editora-chefe da *Runway*, e Julianne Moore, atriz famosa estão em uma competição silenciosa pela atenção e lealdade de Andrea Sachs, uma talentosa assistente que tem se desta...