BOM DIA AMORINHAS...
Corrigindo o pequeno equívoco dessa autora que sem querer repetiu o capítulo 3.
Segue aqui a continuação!
Beijos - Amora Rivera
Sentados em uma mesa reservada no canto do restaurante, Nigel e Julianne riam, trocando olhares cúmplices e relaxados, aliviados por terem saído ilesos do confronto com Miranda. O brilho de excitação ainda estava nos olhos de ambos, enquanto brindavam o sucesso momentâneo do plano que quase desmoronou.
- Eu juro, achei que ela fosse explodir ali mesmo - disse Julianne, inclinando-se para frente, os olhos castanhos dançando de diversão. - A maneira como ela olhava para mim... se pudesse, teria me transformado em pó.
Nigel soltou uma gargalhada, balançando a cabeça.
- Oh, sem dúvida! Eu senti aquele olhar atravessando a minha alma também, como uma lâmina afiada. A dama sabe como intimidar.
Julianne riu, mas sua expressão logo suavizou, refletindo sobre o que acabara de acontecer.
- Mas, falando sério... Ela estava à beira de perder completamente o controle. Não sei se algum dia a vi tão vulnerável.
Nigel assentiu, deixando o riso dissipar, enquanto mexia com elegância no vinho à sua frente.
- É verdade. Acho que nunca vi Miranda tão exposta assim. Não é o que ela gosta de mostrar ao mundo, e certamente não a alguém como Andrea, que nem ao menos percebe o impacto que tem.
Julianne arqueou uma sobrancelha, pensativa.
- É exatamente isso. Andrea é tão... natural. Ela não tem ideia do que está acontecendo debaixo do nariz dela. Para Miranda, essa desarmada vulnerabilidade deve ser um inferno.
Nigel suspirou, recostando-se na cadeira, brincando com o guardanapo sobre a mesa.
- Você sabe que arriscamos muito com isso, não é? Miranda poderia ter nos aniquilado ali mesmo. Se ela descobrir que tudo não passava de uma armação...
Julianne sorriu de forma travessa.
- Você quis dizer *quando* ela descobrir. Porque, claro, ela vai descobrir. Estamos falando de Miranda Priestly.
Nigel deu de ombros, um sorriso cansado no rosto.
- Certo, quando ela descobrir. Mas até lá, talvez ela tenha feito algo a respeito, então não será um problema.
Julianne riu alto dessa vez.
- Você está muito otimista, Nigel. Miranda tomando uma atitude sobre os próprios sentimentos? Isso vai contra o manual da Miranda Priestly.
Ele riu junto com ela, mas logo se inclinou para frente, o olhar mais sério.
- Mas essa é a questão, carissíma. Miranda está sofrendo por isso. Ela pode ter controle sobre cada detalhe da Runway, sobre cada tendência de moda ou cada decisão editorial, mas ela não tem controle sobre o que sente por Andrea. E quanto mais ela tenta ignorar, mais difícil fica para ela.
Julianne assentiu, seus olhos demonstrando empatia.
- É por isso que decidi me envolver. Eu gostei de Andrea, ela é... diferente. E Miranda precisa de alguém como ela. Mas a mulher é teimosa demais para admitir que está apaixonada, então achei que uma pequena provocação pudesse forçar algo.
- Você sabe que está brincando com fogo, não é? - disse Nigel, ainda com um sorriso no rosto, mas a preocupação clara em suas palavras. - Miranda tem um orgulho colossal. Se ela descobrir que você estava deliberadamente provocando-a...
Julianne ergueu a mão, parando-o.
- Eu sei. E vale a pena correr o risco. Porque, honestamente, Nigel, quantas vezes na vida a gente pode dizer que ajudou Miranda Priestly a perceber que estava apaixonada?
Nigel riu de novo, levantando a taça.
- Isso, minha querida, é verdade. Se conseguirmos fazer isso, teremos uma história para contar pelo resto da vida.
Eles brindaram mais uma vez, mas logo o tom ficou mais sério. Julianne colocou a taça de vinho sobre a mesa e olhou para Nigel com um misto de preocupação e esperança.
- Você acha que ela vai tomar coragem? Que vai realmente admitir o que sente?
Nigel deu um suspiro longo, considerando a pergunta com cuidado.
- Se fosse qualquer outra pessoa no mundo, eu diria que sim. Mas estamos falando de Miranda. Ela se escondeu atrás dessa fortaleza de controle e perfeição por tanto tempo que nem sei se ela sabe como baixar a guarda.
- Então, estamos forçando-a a abrir os olhos? - perguntou Julianne, cruzando os braços. - Será que isso não a deixará ainda mais resistente?
- É um risco. - admitiu Nigel. - Mas ela está no limite. E nós sabemos que o que ela sente por Andrea é diferente. Esse tipo de sentimento não pode ser reprimido para sempre, não importa o quão forte você tente.
Julianne ficou em silêncio por um momento, refletindo.
- E Andrea? Será que ela tem ideia?
Nigel sorriu, balançando a cabeça.
- Andrea é brilhante, mas quando se trata de Miranda, ela é uma completa ingênua. Ela a admira, claro, e certamente sente algo, mas ela nunca consideraria a ideia de que Miranda pudesse estar apaixonada por ela.
Julianne mordeu o lábio, sorrindo de lado.
- Então, nosso trabalho é fazer Miranda admitir isso para si mesma. E talvez, apenas talvez, Andrea acorde e perceba o que está acontecendo.
Nigel ergueu uma sobrancelha.
- Isso se Miranda não se autossabotar antes.
Julianne riu novamente.
- Ah, Nigel. Você realmente gosta de viver perigosamente.
Ele sorriu de volta, divertido.
- E você também, minha cara. Agora só nos resta esperar o desenrolar dessa trama.
Enquanto os dois terminavam o almoço, o clima de leveza voltava. Eles sabiam que estavam em um jogo arriscado, um jogo com altas apostas, mas no fundo, torciam desesperadamente para que Miranda finalmente tomasse coragem. Para que ela se permitisse ser feliz. Porque, no final, todo o risco valia a pena, se resultasse em Miranda Priestly admitindo algo que até ela parecia ter esquecido: que era capaz de amar.
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PAIXÃO E FÚRIA
Fiksi PenggemarEm uma Nova York repleta de glamour e intriga, Miranda Priestly, a temida editora-chefe da *Runway*, e Julianne Moore, atriz famosa estão em uma competição silenciosa pela atenção e lealdade de Andrea Sachs, uma talentosa assistente que tem se desta...