O Mistério da Ilha Perdida

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Ao chegarem ao aeroporto, o clima estava tenso, mas algo diferente pairava no ar. Camila não conseguia deixar de notar Aline. Seus sentimentos, que antes pareciam adormecidos, estavam voltando lentamente. Ela se pegou olhando para Aline com mais frequência do que gostaria, e seu coração acelerava cada vez que seus olhos se cruzavam. Aline, por sua vez, percebia os olhares de Camila e, por momentos, parecia desconfiada, como se sentisse que algo havia mudado entre elas.

Jonathan e Alfredo, no entanto, estavam totalmente absorvidos pelo mistério que envolvia o mapa e o próximo destino. Intrigados, subiram no imenso Boeing que os levaria à África, onde esperavam seguir as pistas do mapa até o Pacífico.

Ao desembarcarem na África, uma surpresa os aguardava. Alfredo, que até então havia mantido seu papel de motorista e mordomo, revelou ter muitos amigos influentes. Um desses amigos, um poderoso magnata local, ofereceu-lhes um cargueiro gigantesco para a próxima etapa da jornada. O Hummer foi amarrado ao convés, pronto para qualquer emergência.

Enquanto o navio se preparava para partir, Jonathan, Aline e Camila se reuniram ao redor do mapa. "Há uma ilha nesta região, mas é uma área que já foi amplamente explorada", comentou Alfredo. Jonathan olhou desconfiado, sempre cético sobre mistérios aparentemente já desvendados, mas Aline o manteve calmo. Ela acreditava que, embora a área fosse conhecida, o que estavam procurando não era algo visível a olho nu.

Enquanto o cargueiro avançava pelas águas agitadas, Camila começou a se sentir mal com o balanço. Seu estômago revirava, e a sensação de náusea a dominava. Mesmo assim, ela tentou se manter firme. Jonathan, por outro lado, estava inquieto. Incapaz de dormir, ele foi para a cabine de comando, observando as estrelas enquanto o enorme cargueiro deslizava pelas águas escuras.

Pouco tempo depois, Camila, ainda perturbada pelo mal-estar e por um sonho estranho, foi ao encontro de Jonathan. Ela se aproximou dele, o olhar perdido. "Jonathan, tive um sonho... com uma cidade... e uma serpente. Era tão real. Acho que estou ficando doida."

Jonathan, sempre atento a qualquer detalhe, pegou seu caderno e começou a anotar. "Você sempre foi tão cética, Camila", disse ele com um sorriso suave. "Talvez seja o próprio sobrenatural que está pregando uma peça em você agora."

Antes que pudessem continuar a conversa, um brilho azul intenso no mapa chamou sua atenção. Jonathan e Camila ergueram os olhos e viram uma estrela azul brilhando no céu, como um farol, apontando para algo.

"Olhe!" exclamou Camila, com a voz repleta de surpresa.

Eles rapidamente chamaram Aline e Alfredo, que, junto com Camila, pegaram um bote e seguiram em direção ao brilho azul. O mar parecia ficar mais calmo à medida que se aproximavam. Quando chegaram mais perto, notaram algo estranho: uma membrana invisível, algo que não pertencia àquele mundo.

Aline, curiosa e corajosa como sempre, estendeu a mão para tocar a membrana. Para sua surpresa, sua mão atravessou como se estivesse passando por uma cortina de água. Ela olhou para os outros, maravilhada. "Minha mão atravessou... o que é isso?"

A coruja-das-neves, sempre vigilante, passou voando acima deles e entrou diretamente na membrana, como se não houvesse barreira alguma. Isso deu confiança ao grupo. Com cautela, eles seguiram a coruja, atravessando a membrana.

Do outro lado, o cenário mudou drasticamente. Uma ilha, que parecia se deslocar lentamente pelo mar, apareceu diante deles. Ela estava envolta por uma névoa mágica, e suas praias eram banhadas por uma luz suave e sobrenatural. O grupo ficou em silêncio, absorvendo o que viam. Era uma visão surreal, como se a ilha tivesse permanecido escondida por séculos, invisível ao mundo.

"É como se a própria ilha estivesse viva", murmurou Camila, maravilhada com a cena à sua frente.

Jonathan, sempre racional, olhou para o céu e depois para o mar ao redor. "Se essa ilha realmente se move, pode ser uma das explicações para nunca ter sido encontrada antes. Está escondida de nós... mas não por muito tempo."

Alfredo, com seu olhar atento, comentou: "Este lugar... não parece real. Mas estamos aqui."

Eles desembarcaram na ilha com cuidado, sabendo que estavam prestes a desvendar algo além de suas expectativas mais ousadas.

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