Tema: Afogamento/Salvamento
Surfista: Gabriel Medina• Merliah Narrando •
Acho que uma das sensações mais angustiantes é a do afogamento; a água salgada começa a entrar pela sua boca, seus olhos começam a arder, a sensação de incapacidade começa a tomar conta do corpo, as tentativas de sair da correnteza parecem impossível e inviáveis, as dezenas de onda chegando e te empurrando cada vez mais para o fundo.
E chega um momento onde você se cansa, seu corpo começa a relaxar, você começa a desistir de lutar. Pensa "eu não aguento mais" e então, vai se desligando e deixando as ondas te levarem.
Estava nesse momento, não aguentava mais lutar para sair da vala e a correnteza não estava ao meu favor, meu corpo já doía e minha mente já não estava mais sã.
Até que senti dois braços me puxando e me levantando, meu corpo sendo segurado e puxado para a orla da praia. Só consegui agradecer aos céus e fechar os olhos, precisava dormir ou desmaiar.
• Gabriel Narrando •
Era por volta de oito da manhã quando decidi ir treinar um pouco, o mar estava revolto mas já estava acostumado, afinal, o mar de maresias não era conhecido como um dos mais calmos.
Faço toda a minha série de aquecimento e uma oração antes de entrar na água, precisava me certificar de que não iria ficar com câimbra e pedir proteção nunca era demais. Mesmo sendo apaixonado pelo mar, sabia o quão imprevisível ele era.
Já dizia minha vó: "O mar não tem cabelo!", nunca entendi muito essa frase, mas aceitava, afinal, avós não erram.
Assim que entro no mar, vou remando para a parte mais funda, onde as ondas estavam se formando. Chego na parte que costumo ficar e sento esperando alguma onda que valha a pena.
Enquanto esperava reparo em um algo que se assemelha a braço subindo e descendo, como se tivesse alguém pedindo ajuda, me certifico que estou bem posicionado na prancha e se estou preso na corda e vou remando em direção ao possível braço.
Chego perto e pelas águas estarem em uma tonalidade clara consigo ver uma mulher se afogando, seus cabelos loiros estavam espalhados pelo rosto e ela já estava quase desmaiando, começo a puxar seu corpo para cima e faço força para coloca-la em cima da prancha e levo nos dois até a beira da praia.
Gabriel: 1...2...3.... - Tampo o nariz da mesma e em seguida faço a famosa respiração boca a boca. Precisava reanimar ela, acredito que ela tenha ficado muito tempo de baixo d'água.
Repito o processo umas três vezes, até que a desconhecida, senta desesperada cuspindo toda a água que estava dentro de seu corpo.
Gabriel: Tá melhor?
Merliah: Meu deus! Socorro, eu quase morri, pai amado. - Ela parecia em choque, dava pra ver que estava se controlando para não chorar, acho que nem tinha reparado que havia alguém a ajudando.
Gabriel: Calma, agora tá tudo bem, você tá melhor? Quer ir no hospital ou que eu ligue para alguém vir te buscar? - Deu pra perceber que ela tomou um susto.
Merliah: Não, acho que não, tô viva! Tô melhor, aí obrigada menino, achei que ia morrer. Nem vivi minha vida ainda e quase fui embora! Imagina só morrer virgem que absurdo! - Falou de uma forma engraçada, tive que me controlar para não ri, conseguia compreender o desespero dela, se eu não tivesse aparecido ela provavelmente não estaria mais aqui.
Gabriel: Qual seu nome?
Merliah: Merliah, irônico né? Igual o da barbie surfista só que diferente dela quase que eu vou de arrasta pra baixo nas águas.
Gabriel: É, um tanto irônico! - Digo coçando a cabeça, ela era engraçada e estava me esforçando para não rir, não achava que era certo nessa situação.
Merliah: Valeu, viu? Qual seu nome mesmo? Preciso da um nome para o rosto que me salvou!
Gabriel: Prazer, Gabriel! - Estendo minha mão e ela aperta com certa firmeza.
Merliah: Obrigada Gabriel! De coração, você salvou a minha vida! - Me abraça me fazendo ficar sem reação de cara, mas logo retribuo. - Enfim, vou caçar o rumo do meu hotel, preciso tomar um banho e dormir pelas próximas horas e pretendo nunca mais passar perto da praia ou de água, estou traumatizada! - Diz fazendo um certo esforço e se levantando, um pouco bamba mas o suficiente pra se manter de pé.
Gabriel: De nada! Nunca deixaria alguém naquela situação sem ajudar. Você precisa que eu te acompanhe ou algo assim?
Merliah: Não, você já fez muito por mim! Meu hotel é aqui em frente, acho que por ser em chão firme, sem águas, consigo chegar nele em segurança. - Dou uma risadinha e nego com a cabeça, quase morreu e não para de fazer piadas.
Gabriel: Te vejo outra vez será?
Merliah: Espero que sim! Só espero não estar debaixo d'água de novo. - Diz e da uma piscadela, saindo em direção ao calçadão - Também espero que sua boca esteja na minha em uma situação que eu não esteja entre a vida e a morte. - Diz quando já está longe, em voz alta, posso reparar em suas bochechas ficando vermelhas mas ela ainda tinha um sorriso no rosto.
Nego com a cabeça e dou uma risada, ok, ela quase morreu mas ainda sim deu em cima de mim. Espero ver ela outra vez e como ela mesmo disse, em outra situação.
Só pra contextualizar, ela tem 20 anos, ok? Ela é virgem! Mas é maior de idade.
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BRASILIDADE • Imagines
General FictionSeja bem-vindo à brasilidade! 🇧🇷 Imagines com famosos brasileiros de qualquer nicho. [ ] Pedidos abertos. [ × ] Pedidos fechados.