Capítulo 7

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POV MARTINA
Acordei com a luz da manhã filtrando suavemente através das cortinas, envolvendo o quarto em um brilho tranquilo. Enquanto me esticava preguiçosamente na cama, uma sensação de profundo contentamento me envolveu. A noite passada ainda estava fresca na minha memória, e cada detalhe parecia gravado com clareza em minha mente.
Eu me sentei na cama, puxando as cobertas ao redor de mim, e permiti-me um momento para revisitar cada instante da noite. Lembrei-me de como Daryl havia me envolvido em seus braços, a sensação de seu calor contra o meu corpo nu, e como ele me havia carregado até o quarto com uma ternura que me fez sentir segura e desejada. Cada toque e beijo tinha sido uma declaração silenciosa de algo que transcendeu o físico, uma conexão profunda e genuína.
O olhar dele enquanto eu me despia do vestido, a admiração e o desejo em seus olhos, foi um dos momentos mais maravilhosos para mim. Eu nunca havia me sentido tão apreciada na vida e a maneira como ele me acariciou e me fez sentir que eu era a única pessoa no mundo para ele foi algo que eu nunca tinha experimentado de verdade.
Levantei-me da cama e comecei a me preparar para o dia. Segui o aroma do café até a cozinha e encontrei Daryl, que estava com um sorriso sereno no rosto e um toque cuidadoso em seus movimentos. A visão dele, concentrado na preparação do café, me fez sentir um calor no coração, era um gesto simples, mas carregado de significados para mim.
Observei-o com atenção enquanto ele mediu o café e preparava a cafeteira. Cada detalhe parecia ser feito com muito carinho, quando ele se dirigiu para a mesa, e me convidou para ir junto, meu coração se encheu de alegria. A mesa estava posta com tanto cuidado: as canecas elegantes, o pequeno raminho de hortelã, e os croissants cuidadosamente dispostos ao lado das geleias. Era como se cada item fosse um convite para começar o dia de uma maneira especial.
Daryl me cumprimentou com um sorriso caloroso e um beijo demorado. Enquanto ele me conduzia até a mesa, eu não pude deixar de me sentir emocionada com o gesto dele.
— Preparei um café especial para você — ele disse, servindo a bebida em minha caneca. — Espero que goste.
Peguei a caneca nas mãos, e logo dei um gole no café que combinava com a doçura dos croissants e as geleias, era simplesmente delicioso. Fechei os olhos por um momento, apreciando a combinação perfeita de sabores e a sensação de ser cuidada de maneira tão especial.
— Daryl, isso é maravilhoso — Eu disse, minha voz cheia de sinceridade. — Obrigada por fazer isso por mim, aliás por nós.
Ele se sentou ao meu lado, pegando sua própria caneca e fazendo um brinde silencioso comigo.

Antes mesmo de ele morder o primeiro croissant, o som inesperado do telefone tocou, quebrando a tranquilidade da manhã. Daryl olhou para o visor com uma expressão de surpresa e preocupação antes de atender a chamada.
— Alô? — Sua voz era calma, mas eu podia sentir uma tensão súbita.
A expressão em seu rosto mudou rapidamente de surpresa para um tipo de preocupação profunda.
Ouvi o tom grave de Matt do outro lado da linha, e algo na conversa fez com que o ambiente ao nosso redor se tornasse mais pesado. Daryl se levantou lentamente da mesa, sua expressão se tornando cada vez mais sombria conforme a conversa avançava.
— O quê? — Ele repetiu, sua voz carregada de incredulidade. — Caroline matou quem? Ok, eu entendo, Matt. — Daryl finalmente disse, sua voz baixa e controlada— Eu te encontro no hospital irmão.


POV DARYL
O Hospital Mont Sinai parecia imenso e frio. Enquanto eu entrava, meu coração batia forte e minha mente estava cheia de dúvidas. A notícia de que Caroline estava no hospital, possivelmente em estado crítico, me deixou cauteloso e desconfiado. Com tudo que ela havia feito, o que poderia ser verdade agora? Estava preparado para o que quer que fosse, mas não pude deixar de sentir que algo estava fora de lugar.
Ao chegar ao corredor onde Matt e Alejandro me aguardavam, e percebi que Matt estava em conversa com nosso padrasto. Seus olhares eram tensos e carregados de preocupação, e eu podia ver o cansaço em seus rostos. Meus passos eram lentos e hesitantes, e eu os observei de longe, absorvendo a cena enquanto me aproximava.
Quando Matt me viu, fez um gesto negativo com a cabeça, como se tentasse me advertir ou se preparasse para o que estava por vir. O gesto não era apenas um sinal de que as coisas estavam complicadas, mas também de que ele estava tão confuso quanto eu.
— O que houve com a vadia? — perguntei, tentando manter a calma, mas minha voz carregava uma nota de frustração e urgência.
Alejandro, que estava ao lado de Matt, virou-se para mim com uma expressão grave e cansada. Sua voz era dura e direta, como se ele estivesse exausto com a situação.
— Daryl, isso não são horas para brincadeiras. — Alejandro falou. — Caroline está entre a vida e a morte!
Suas palavras me atingiram como um soco no estômago. A gravidade da situação era clara, e o que antes parecia um truque ou um jogo de manipulação agora se revelava real. Eu me forcei a absorver a informação, tentando entender a extensão do que estava acontecendo.
Matt olhou para o relógio e então para o longo corredor onde o médico se aproximava, carregando uma pasta de exames. O som de seus passos ecoava em meio ao silêncio tenso do hospital.
Quando o médico chegou até nós, seu olhar era grave e seu tom, pesaroso. Ele abriu a pasta de exames e nos explicou a situação com uma precisão clínica e uma tristeza evidente.
— Caroline foi atingida em artérias vitais — Começou o médico, sua voz grave e formal. — Os ferimentos são severos e ela não sobreviverá a esta noite. A situação é crítica e, infelizmente, não há muito o que fazer.
O médico, com um olhar compreensivo nos convidou a entrar no quarto, sugerindo que os três entrássemos de uma vez para evitar que Caroline se cansasse ainda mais. A ideia de que ela estava sozinha e sem familiares próximos para acompanhá-la, adicionou um peso extra à situação.
O quarto era pequeno e iluminado por uma luz suave e fria. Quando entramos, Caroline estava deitada na cama, respirando com dificuldade. Seu rosto estava pálido, e as máquinas ao seu redor faziam um som constante, monitorando seus sinais vitais.
Matt e Alejandro se aproximaram do leito, posicionando-se um de cada lado da cama. Eu, ainda com a sensação de desconfiança e ressentimento, me sentei na poltrona no canto do quarto. A visão de Caroline, tão frágil e vulnerável, era uma lembrança desconcertante de tudo que havia acontecido, mas, apesar de tudo, eu não conseguia evitar a sensação de que ela ainda estava manipulando a situação até o último momento.
Caroline, mesmo em seu estado debilitado, parecia estar lutando para se manter consciente. O tempo parecia arrastar-se lentamente enquanto esperávamos, e eu sabia que, apesar de todas as dificuldades e traições passadas, estávamos todos prestes a enfrentar um final inevitável.
O sussurro de Caroline rompeu o silêncio pesado do quarto, por sua voz fraca e cansada, quase inaudível. Ela chamou por nós, e o som de seu esforço para se comunicar trouxe um novo peso à atmosfera.
— Daryl? ... Matt? — Caroline murmurou, os olhos olhando para nós com uma expressão que misturava arrependimento e dor.
Eu não me movi imediatamente, sentindo uma mistura de emoções conflitantes. Matt, no entanto, me lançou um olhar carregado de condenação, um lembrete de que, apesar de tudo, deveríamos lidar com isso com dignidade. Revirei os olhos, a frustração e o desconforto se misturando, mas então me levantei e me dirigi até o lado de Matt, posicionando-me ao seu lado. Caroline estava visivelmente debilitada, seus olhos com um brilho opaco, e sua respiração estava cada vez mais lenta e irregular. O som das máquinas ao redor parecia um contraste cruel com o ritmo frágil de sua respiração.
Ela começou a balbuciar algumas palavras, quase em um sussurro:
— Daryl, quero te pedir perdão, aliás, vocês dois me perdoem por todo sofrimento que causei... Eu sei que errei, mas quem não erra?
Enquanto ela falava, seus olhos pareciam buscar algum tipo de redenção, algum conforto naqueles que estavam ao seu redor. Suas palavras eram um reconhecimento tardio dos danos que havia causado, e eu comecei a me acalmar, refletindo sobre a complexidade das ações humanas.
Olhei para Caroline, pensando em como eu também cometi erros significativos em minha vida. Receber perdão e buscar redenção foram processos difíceis e, em muitos casos, incompletos. No entanto, naquele momento, eu percebia que havia encontrado a paz e a oportunidade de corrigir alguns dos meus próprios erros, sem precisar esperar a chegada do fim para fazer isso.

Caroline lutava para falar, cada palavra um esforço doloroso:
— Eu achei que Max estivesse morto depois do veneno que tentei lhe dar, mas aquele cretino sobreviveu de algum jeito e ameaçou a vida do meu filho... Depois que se recuperou, ele foi até meu pai, o matou, e em seguida ameaçou a vida de Derek, nosso filho.
Matt a encarou, incrédulo:
— Nosso filho? Como assim?
— Sim, Matt... Derek é filho de Max. Eu revelei a verdade a ele, mas nem isso o sensibilizou, nem mesmo a doença de Derek.
Caroline fez uma pausa, ofegante. Seus olhos buscaram os de Alejandro, cheios de súplica. Com uma voz trêmula, ela continuou:
— Derek tem uma doença rara e muito complexa. Eu nunca contei a Max sobre ele porque tinha medo dos inimigos que ele acumulou. Eu precisava do dinheiro para manter meu pai e o tratamento do meu filho... Me perdoe, Alejandro, por ter matado seu irmão, mas eu fiz isso para salvar a vida do seu sobrinho.
Pela primeira vez, vi lágrimas nos olhos de Alejandro, um homem que sempre se mostrara tão implacável. A revelação de que tinha um sobrinho parecia curar a ferida de perder um irmão. Caroline apertou a mão de Alejandro, implorando:
— Cuide dele para mim, Alejandro. Você e Carmen serão excelentes avós. Não deixem meu menino sozinho.
Alejandro, ainda impactado, assentiu:
— Eu vou cuidar de Derek, Caroline. Prometo que ele se tornará um homem de bem.
Comovido pelo momento, me aproximei e disse:
— Eu ajudarei com as despesas, Alejandro. Derek terá tudo o que precisar.
Caroline segurou minha mão com firmeza, seus olhos buscando os meus com uma intensidade que me deixou inquieto.
— Eu amei vocês dois, de verdade — ela disse, olhando para mim e para Matt. — Mas, infelizmente, nunca pude viver um grande amor com você, Daryl. Você era o meu escolhido, o homem com quem eu queria me casar. E não houve um dia sequer nesses malditos anos em que eu não tenha pensado em você.
Surpreso, eu a questionei:
— Mas então por que me fez pensar o contrário? Por quê?
Ela suspirou, a dor evidente em sua voz:
— Eu sabia que você seria teimoso, que viria atrás de mim. Se eu dissesse que amava apenas seu irmão, imaginei que ficaria tão ferido que sentiria raiva e nunca mais me procuraria. Achei que, no máximo, você ficaria com raiva de mim, não de Matt. Quem poderia imaginar que a história se repetiria? — Caroline tossiu, sua voz enfraquecendo.
Matt, visivelmente ofendido, interveio:
— Não se compare a Olívia, Caroline.
Caroline se virou para ele, a dor misturada com arrependimento em suas palavras:
— Matt, eu nunca poderia ficar com você. Naquela época, eu já estava grávida de Max, sem saber, e deslumbrada com aquele mundo luxuoso. Você ainda levaria anos para se tornar milionário com as lutas, então eu decidi sumir durante a gravidez e só voltei para a vida daquele crápula por amor ao meu filho. Somente o dinheiro de Max poderia salvá-lo no início, quando o tratamento era muito mais caro do que hoje. Mas agora vejo o quanto fui egoísta e ambiciosa. Perdi o grande amor da minha vida por causa disso. Pisei em muitas pessoas que não mereciam.
Sua confissão deixou um silêncio pesado no ar, carregado de arrependimento e tristeza.
Meu corpo ficou tenso, a raiva tomando conta de mim enquanto tirava minhas mãos das dela.
— Você tem ideia do quanto prejudicou a mim e meu irmão? — soltei, a voz carregada de frustração. — Do quanto brigamos? Do quanto me senti destruído quando você disse que não me amava? Você tem ideia do que eu passei, tendo que fingir minha própria morte e perder... perder mais de um ano da vida das minhas filhas? Você nos fez de idiotas o tempo todo, Caroline! Você é muito pior do que Max, porque, pelo menos, ele sempre mostrou quem realmente era!
Antes que eu pudesse continuar, Alejandro levantou as mãos, pedindo uma pausa.
— Daryl, a verdade é que você deve sua vida a Caroline. Foi ela quem me avisou dos planos do meu irmão. Eu, Caroline e Carmen corremos risco de vida naquele dia para te salvar.
Eu balancei a cabeça, confuso e ainda furioso. Sabia que havia verdade nas palavras de Alejandro, mas o perdão era um obstáculo que parecia intransponível. Eu me martirizava por não conseguir perdoá-la, porra! Eu não sou perfeito, mas a traição dela me atingiu de forma que não consigo superar.
Caroline, com a voz embargada, tentou mais uma vez:
— Daryl, eu destruí toda e qualquer prova de que algum dia você fez parte da gangue. Pode depor à polícia sem medo. Diga que nosso único vínculo é porque Alejandro é tio de Derek. Me perdoem, Matt e Daryl... Eu amo vocês.
Sua voz enfraqueceu, mas o peso das suas palavras permaneceu no ar, deixando um silêncio que reverberava em nossos corações.
O silêncio que se seguiu parecia interminável. As palavras de Caroline ainda pairavam no ar, deixando uma tensão quase insuportável. Matt, sempre tão controlado, parecia tão perdido quanto eu. Era difícil processar tudo aquilo, os anos de mentiras, a traição, o amor que ela dizia sentir por nós. Max era irmão de Alejandro? Por que ele nunca nos contou?
Eu olhei para Matt, esperando encontrar algum sinal de raiva ou indignação, mas o que vi foi um homem exausto, consumido pela confusão. Ele abriu a boca para dizer algo, mas nenhuma palavra saiu. Finalmente, ele balançou a cabeça, como se estivesse tentando afastar os pensamentos que o atormentavam.
Caroline tentou se levantar, mas estava fraca demais. Alejandro se aproximou para ajudá-la, e eu não pude deixar de sentir uma pontada de culpa. Não era isso que eu queria. Mesmo com toda a raiva e mágoa, não queria vê-la assim, tão quebrada.
— Caroline, você não pode simplesmente jogar tudo isso em cima de nós e esperar que tudo fique bem... — disse Matt, a voz mais suave do que eu esperava. — Você fez suas escolhas e nos deixou para trás.
Alejandro respirou fundo antes de falar, o peso das suas palavras visível em seu semblante. Ele se voltou para nós, com a expressão grave.
— Daryl, Matt, eu preciso explicar por que não contei que era irmão de Max. Naquela época, quando tudo começou, eu estava completamente envolvido no mundo do crime, mas estava tentando sair desse caminho. Eu sabia o quanto Max estava enraizado na criminalidade e os riscos que ele corria. A última coisa que eu queria era que a minha relação com ele influenciasse negativamente as pessoas ao meu redor, especialmente vocês.
Ele fez uma pausa, como se estivesse pesando suas palavras.
— Quando conheci vocês, eu estava tentando construir uma vida melhor, longe das sombras do passado. Eu sabia que Max era perigoso, e não queria que vocês soubessem que ele era meu irmão. Contar a verdade poderia colocar vocês em perigo e prejudicar ainda mais a minha tentativa de mudança. Eu não queria que vocês se sentissem ameaçados ou manipulados pela minha conexão com ele.
Alejandro olhou para Matt, depois para mim, com um olhar de sincero arrependimento.
— Eu acreditava que se vocês soubessem, isso poderia arruinar qualquer chance que eu tinha de me redimir. E mais importante, eu queria proteger vocês, mesmo que isso significasse esconder um pedaço da verdade. Eu só não imaginei que a mentira se tornaria tão complexa e dolorosa.
Eu senti uma mistura de compreensão e frustração. Embora a explicação de Alejandro não apagasse a dor que causou, ela oferecia uma perspectiva sobre suas intenções.
— Então, você achou que esconder isso nos protegeria? — perguntei, tentando entender a lógica por trás da decisão dele.
— Sim, exatamente — respondeu Alejandro, a voz cheia de pesar. — Eu acreditava que, ao manter o segredo, eu estava fazendo o melhor para todos nós. Não sabia que você estava envolvido com isso. Mas agora vejo que, ao tentar proteger vocês, acabei contribuindo para o sofrimento e o engano.
Matt balançou a cabeça, ainda digerindo as palavras de Alejandro. A explicação não consertava o passado, mas ajudava a esclarecer algumas das motivações por trás de suas ações.
— Eu entendo suas intenções, você sempre foi como um pai para nós e ficou do nosso lado o tempo todo, mesmo ficando contra seu próprio irmão.
Alejandro percebeu a angústia e a tensão visíveis em meu rosto e fez um esforço para me tranquilizar. Ele se aproximou e, com uma voz firme falou:
— Daryl, eu entendo o quanto isso tudo é difícil de processar. Max e Marcus estão mortos, e Caroline está aqui porque ele já havia planejado a morte dela. Max descobriu que ela nos ajudou e que você estava vivo, e isso o fez querer se vingar da pior forma possível.
Ele deu um passo mais próximo, como se quisesse garantir que suas palavras fossem recebidas com a máxima clareza.
— Mas agora, Max não pode mais ameaçar você, sua família, ou ninguém mais. Ele não está mais aqui para causar mais dano. O perigo que ele representava acabou.
Eu respirei fundo, tentando absorver a informação. A sensação de alívio era palpável, mas a dor e a complexidade da situação ainda pesavam sobre mim.
O corpo de Caroline ficou rígido, e o silêncio do quarto foi interrompido apenas pelos sons agudos e incessantes das máquinas. Os médicos correram para tentar reanimá-la com o desfibrilador, mas seus esforços foram em vão. Caroline havia chegado ao fim de seu ciclo.
Eu respirei fundo, tentando lidar com a cena. Matt, com uma expressão de profunda tristeza, passou as mãos sobre os olhos de Caroline, fechando-os com um gesto de despedida. Eu me afastei do quarto, sentindo uma estranha mistura de emoções.
No corredor, peguei meu telefone e liguei para Brigit, a nova secretária do resort. Eu precisava que ela organizasse o velório, a cremação, e todos os detalhes relacionados. Não gostava de lidar com essas questões, e, para ser honesto, a morte de Caroline não me afetava em nada.
Enquanto esperava que Brigit atendesse, eu refletia sobre a situação. Não sentia tristeza pela perda de Caroline. Em vez disso, a única emoção que predominava era um alívio profundo por saber que Max, estava finalmente fora de cena. A morte de Caroline parecia uma consequência inevitável, uma parte de um enredo que se desenrolava, mas que, de alguma forma, não tocava meu coração.
Birgit atendeu e eu comecei a explicar o que precisava ser feito, meu tom de voz neutro e impessoal. Mesmo com a gravidade da situação, minha mente estava focada na sensação de alívio e na necessidade de seguir em frente, sem olhar para trás.

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