𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕮𝖎𝖓𝖈𝖔 - 𝕯𝖊𝖏𝖆 𝖛𝖚

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ELA SENTIU O BARCO ATRACAR, provavelmente eles haviam chego, Isolde se afastou da grade de sua cela no momento em que escutou a porta abrir no fim do corredor

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ELA SENTIU O BARCO ATRACAR, provavelmente eles haviam chego, Isolde se afastou da grade de sua cela no momento em que escutou a porta abrir no fim do corredor. Embora tivesse apagado devido ao cansaço, tinha noção de que já fazia pelo menos um dia que eles estavam navegando, e ela não fazia ideia de onde estavam.

Aquele homem de antes veio com dois subordinados, eles abriram a cela e se aproximaram dela, pegaram em ambos seus braços a levando com força, amarraram seus pulsos na frente de seu corpo. Anteriormente ela havia decido cooperar, mas ao tratarem ela daquela forma ficou indignada, ‘’bando de animais! Já vi mulas mais condescendentes!’’, ela pensou revirando os olhos.

Antes de subir para o convés vendaram seus olhos, e então a conduziram, durante o percurso ela escutava barulhos de correntes, rugidos, conversas e de ferramentas pesadas.

— Onde está o meu dragão? — ela perguntou ao caçador.

— Não se preocupe, está em boas mãos — disse com sarcasmo em sua voz, ele e os outros riram, ela segurou sua raiva, não muito depois pararam em frente a uma tenda — Esperem aqui com ela — ordenou o maior.

Ela escutou ele entrando na tenda onde permaneceu por um tempo, por vezes ela tentou se esforçar para escutar alguma coisa ao seu redor, mas foi sem sucesso. Ele saiu de lá e deu um sinal para levarem ela para dentro, e assim o fizeram, entraram com ela e a colocaram sentada em uma cadeira, novamente a tratando rudemente.

— Irmão, isso não são modos de se tratar uma dama — essa voz era diferente, grave e ainda assim mais suave do que a outra, ela supos que fosse o outro irmão, e que ele deveria comandar os caçadores — tirem a venda dela e podem se retirar

Eles se retiraram deixando os dois sozinhos ali, uma vez com sua visão livre ela rapidamente fez uma varredura no local, estavam em uma tenda feita de peles de dragão, ela estava sentada na frente de uma mesa. Olhou para o Homem, a sua frente, ele era alto, moreno e tinha olhos castanhos, em seu pescoço uma cicatriz extensa que aparentava ter sido feita pelas garras de um dragão. Ele era bonito, e por um momento veio um pensamento intrusivo em sua mente de que, talvez, se não fosse por aquela situação… mas ela reprimiu esse pensamento ao se lembrar de quem ele era e de onde estavam.

Quando eles trocaram olhares por um momento Isolde sentiu um déjà vu, algo nele era tão familiar, ela podia jurar que eles se conheciam, ’’já vi muita gente, devo estar me confundindo’’. Quanto a Viggo, ele tinha certeza que a conhecia, ele dificilmente esquecia um rosto, ‘’ainda mais um rosto bonito como esse’’ ele pensou.

— Peço perdão pelos modos do meu irmão, se eu soubesse que eles haviam capturado uma moça tão encantadora, eu mesmo teria ido te receber — ‘’conta outra’’ ela pensou — Agora, por que não começamos nos apresentando? Eu…

— É sério isso? — ele a olhou curioso após ela o ter interrompido — Em outras circunstâncias quem sabe esse papo até teria colado — ela ajeitou a postura — Mas cai entre nós, não é a primeira vez que sou levada como prisioneira, pode não ser a última, então nada disso é novo para mim, entende? Seu irmão é um troglodita por natureza, já vi outros como ele, e após ser tratada de maneira tão rude você vem todo amigável, se isso era para de alguma forma me fazer sentir mais confortável e mais propensa a revelar informações, sinto muito, mas não funcionou. Eu não contarei nada, já fui caçadora sabe? Passei por coisas pelas quais você não tem noção, tenho cicatrizes para provar — aquilo não era mentira — Então por que a gente não pula tudo isso e vai direto para parte em quem vocês me prendem em alguma cela ou algo do tipo? — ele começou a rir, ela tentou decifrar se era simplesmente cinismo em sua voz ou se era verdadeiro como se ele realmente via graça naquilo — Contei alguma piada?

— Oque te faz pensar que vamos te prender e não simplesmente nos livrarmos de você?

— Porque vocês precisam de mim, sem mim vocês não têm uma isca para os outros cavaleiros

— Olha, eu tenho que admitir — ele apoiou um dos braços sobre a mesa e se recostou em sua cadeira — em todos os meus anos de caçador eu nunca tive um prisioneiro que tenha falado algo desse tipo — ele ficou sério de repente — Você já foi caçadora, então? Qual seu nome, posso jurar que já te vi em algum lugar antes.

— Isolde — ela respondeu séria — Mas duvido, me lembro de cada um com quem já trabalhei ou conheci durante esse período, e você não é uma dessas pessoas. Você pode estar me confundindo com outra garota ruiva, embora eu duvide que haja outra como eu dando sopa por aí. — “Isolde” ele pensou, ele precisava que ela falasse mais, ele estava começando a lembrar, como se estivesse na ponta da língua. Ela olhou novamente envolta e seus olhos pousaram em um tabuleiro — Você joga ou é só enfeite?

— Você joga? — ele pareceu meio desacreditado e aquilo a ofendeu

— Se eu jogo? Só não sou melhor nisso do que em campo.

— Sabe Isolde — ele se levantou e andou até o tabuleiro — em bastões e garras como na vida, a linha entre o bem e o mal geralmente não é muito clara — ele pegou uma peça do tabuleiro — preto e branco podem virar cinza facilmente — ele bateu levemente em um lampião pendurado — oque uma alma pode considerar maldade, outra pode considerar bondade — ele andou novamente até ficar atrás da cadeira dela e baixou sua cabeça até sua orelha — o honrado chefe viking que não consegue ver isso… é um tolo. — ele se endireitou — Foi um prazer conversar com você, espero que um dia tenhamos a oportunidade de disputar uma partida, seja no tabuleiro ou na vida real, Ryker! — seu irmão entrou na tenda — Leve nossa convidada até seus aposentos

Ele agarrou o braço dela e começou a puxar ela para fora, Isolde tentava acompanhar, mas ele tinha o dobro do seu tamanho, ‘’tanto para cima quanto pros lados’’ ela pensou. Mas o fato era que ele estava fazendo seu braço doer e ele dava passos longos demais para ela conseguir andar tranquilamente ao seu lado.

— Eu não sei se você percebeu, mas estou cercada por outros caçadores nessa ilha, com as mãos atadas e sem meu dragão, não tem como eu fugir! Portanto, eu não vejo necessidade alguma em você me apertar e me arrastar desse jeito! Não sou aleijada e sei muito bem andar!

— Eu não sei se você percebeu, mas é uma prisioneira e gentileza é a última coisa que vai encontrar por aqui.

— Neandertal… — ela resmungou baixinho sem que ele escutasse

De repente ele abriu uma cela e literalmente a jogou lá dentro fazendo com que ela caísse, aquilo era mais uma jaula, feita com metal a prova de dragão.

— Sinceramente eu já vi criaturas mais estúpidas serem mais civilizadas! — ela gritou, ele se enfureceu e bateu a porta da jaula a trancando lá dentro

Ela se sentou e olhou para o céu acima dela, Viggo… Por que tudo nele soava tão familiar? E aquilo sobre Bastões e Garras? Aquelas palavras não eram estranhas para ela. O sentimento de déjà vu era atormentante, mais que isso, ela não sabia explicar oque sentia. Onde estaria Soluço agora? Onde estariam os outros cavaleiros? E mais importante, onde estaria Brasa?

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Estou ficando sem criatividade para colocar músicas no início do capítulo skksks

𝗕𝗔𝗦𝗧𝗢𝗘𝗦 𝗘 𝗚𝗔𝗥𝗥𝗔𝗦   ||   𝑽𝒊𝒈𝒈𝒐 𝑮𝒓𝒊𝒎𝒃𝒐𝒓𝒎 Onde histórias criam vida. Descubra agora