𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕯𝖔𝖟𝖊 - 𝕾𝖊𝖖𝖚𝖊𝖘𝖙𝖗𝖔 𝖉𝖊 𝕯𝖗𝖆𝖌𝖆𝖔

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Isolde já não sabia há quanto tempo estava observando o mapa a sua frente, ali sentada estava beirando o desespero e o panico, ela batia freneticamente os dedos na superfície de madeira de forma rítmica. Fazia quatro longos anos que ela, juntamente de seus quatro melhores amigos, estavam navegando, e quando finalmente, depois de todo esse tempo, se sentiram prontos em traçar o curso para seu lar, tudo foi por ladeira abaixo graças a uma atitude impensada da parte dela, estava em suas mãos agora, garantir a segurança de todos ali.

Seus amigos, agora eram como uma família, e ela jurou ali naquele momento que eles chegariam em segurança em casa, mesmo que custasse a vida dela. A garota Berkiana quase pulou de sua cadeira quando três batidas foram ouvidas da porta de madeira de seu aposento.

— Entra — ela disse enquanto se endireitava, mantendo se firme

— E aí? Como você ta? — Ao ver que era Aric ela relaxou, ele entrou fechando a porta em seguida

— Preocupada — ela se levantou e foi a frente da mesa se apoiando nela virada para ele — Aric, eu não sei se eu consigo

— Você tá mesmo duvidando de si mesma? — ela deu de ombros, ele balançou a cabeça em negação e sorriu — Isolde, se tem alguém aqui capaz de tirar a gente dessa é você

— eu também pensei isso, eu só quero que vocês quatro consigam chegar lá em segurança — ela olhou para baixo, fixamente em seus pés

— Nós quatro? — ele perguntou, querendo ter certeza do que ouviu da garota a sua frente, ele se aproximou e pegou ambas as mãos dela — Isolde, você vai voltar pra casa, eu prometo

Ela olhou em seus olhos, depois de todo aquele tempo ao seu lado, ele havia se tornado alguém realmente importante para ela, talvez até mais que os outros, Isolde nunca foi uma garota que sonhou com o romance ou em achar o amor, desde pequena sempre foi muito focado no que queria, e nunca deu muita brecha para isso. Mas ultimamente, quando sentia seu coração bater mais forte sempre que ele estava por perto, ou quando ele não precisava fazer esforço algum para ela sorrir, só de vê-lo já era motivo o bastante.

— Isolde eu preciso te contar uma coisa

— Aric — ela se desencostou da mesa ficando reta

— Eu não posso deixar isso pra outra hora eu…

Ela deixou um beijo rápido em seu rosto, levantando brevemente seus calcanhares para dar a altura necessária, Aric não esboçou reação alguma de início, ela voltou a olhar em seus olhos, achou graça em sua feição.

— Eu sei, eu também — ela disse por fim, e ele sorriu para ela.









— Você tem certeza de que eles vão me receber numa boa? — perguntou Isolde enquanto seguia Magnus para a vila

— Eu tenho certeza, afinal você é minha amiga não é

O chão sob os pés deles começou a tremer, quando olharam em direção ao vulcão ele havia entrado em erupção, a lava escorria aos montes dele, transbordando numa velocidade na qual já podia se imaginar o quão rápido chegaria ali em baixo, eles se olharam e acenaram com a cabeça, concordando entre si, Magnus começou a corre e Isolde o acompanhou.

Ela não pode deixar de notar o quanto seu amigo havia mudado, estava mais forte, e menor? Não, ela devia ter crescido um pouco nos últimos anos, ambos podiam concordar que amadureceram nesse meio tempo, tanto por fora quanto por dentro.

Não demoraram a chegar até a vila, assim que colocaram os seus pés lá uma das figuras encapuzadas de preto veio correndo ao encontro dos dois.

— Magnus, tem algo de errado com o grande protetor

𝗕𝗔𝗦𝗧𝗢𝗘𝗦 𝗘 𝗚𝗔𝗥𝗥𝗔𝗦   ||   𝑽𝒊𝒈𝒈𝒐 𝑮𝒓𝒊𝒎𝒃𝒐𝒓𝒎 Onde histórias criam vida. Descubra agora