Nova missão

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Acordo com o celular tocando.
Sinto um corpo quente sobre o meu. Abro os olhos e Natasha está deitada sobre mim, seus seios livres estão sobre minha pele... Isso reata em minha memória lembranças da noite passada. Nossa noite não acabou naquela sala, e eu mal me lembro como chegamos no quarto... Acho que usei magia.

O telefone volta à chamar insistente.
Levo a mão até ele e pego. Atendo sem olhar a tela, apostando que seja Pepper.

- Alô!

- Agente, Sn. - Fury fala do outro lado. - Preciso de você aqui, agora. - ele diz. - E peça para que a agente Romanoff, compareça também.

Olho para o lado assustada por ele saber que ela está aqui... Ele não deveria saber isso.

- Senhor eu não sei... - Tento mentir, mas sou interrompida pelo bipe do fim da ligação.

Olho para a tela desacreditada que Fury desligou na minha cara.

- Quem era? - Nat pergunta com voz de sono, sem abrir os olhos.

- Fury precisa de nós. - digo me desvencilhando dela e me levantando.

- Fury? - Ela abre o olho se sentando na cama. - Como ele sabe que estou com você?

- Diga-me você? Você é a agente aqui. - Visto a blusa e caminho para o banheiro.

Nat fica na cama pensando... Não demora muito para ela aparecer no banheiro e ir para baixo da água, saio antes que ela nos faça atrasar com suas provocações.

Assim que chegamos em uma das sedes da S.H.I.L.D, vamos direto para o último andar. Se Fury está nesse prédio, com certeza deve estar lá. A agente Hill nos direciona até uma sala de vidro...

- O senhor queria nos ver? - Natasha pergunta assim que Fury se vira para nós.

- Sim. - Ele faz sinal com a mão para nós nos sentarmos. - Tem falado com Stark, Sn? - Ele direciona a pergunta para mim.

- Não nas últimas horas... - Me lembro de ignorar a ligação perdida de Pepper, em seguida me lembro que Stark não deve estar bem, afinal temos um roteiro aqui e pelo jeito ele está se cumprindo. - Por que, senhor? - pergunto ajeitando minha postura na cadeira. Um frio toma meu corpo. Como pude me esquecer disso? Tony precisa de mim...

- Quando foi a última vez que o viu? - Fury ignora minha pergunta.

- Não sei... Um dia antes dele se mudar, eu acho.

- Ótimo, preparasse para revelo. Tenho uma missão para você em Malibu.

- Malibu? - Nat questiona por mim. Olho para ela confusa por estar interrompendo Fury e eu...

- Eu e Steve estamos em uma investigação, senhor...

- A agente Romanoff vai assumir essa missão com o Capitão. Preciso de você em Malibu.

Eu sei porque Fury precisa de mim em Malibu e sei quem mais precisa de mim lá. Não questiona, apenas concordo.

- A agente Hill, vai te acompanhar até o aeroporto e te passar mais informações. - Fury completa direcionando o olhar para porta indicando que posso sair.

Me levanto, mas antes Natasha me interrompe...

- Sn?

- Oi!

- A chaves... - Continuo olhando para ela confusa. - As chaves do carro. - Ela faz sinal com a mão.

Me lembro que vim dirigindo o carro que Tony colocou de brinde na casa. Uma Porsche, Tony e seus exageros.

Entrego a chaves para ela, que pega segurando minha mão...
- Não faça nada que possa se arrepender. - Ela sorri simpática e me solta.

Eu entendi o que quis dizer...
Aceno e saio da sala.

Hill me esperava do lado de fora e juntas fomos até a um dos carros da S.H.I.L.D. A caminho do aeroporto eu olhava os arquivos na pasta preta que foi me entrega. Meu passaporte, documentos e cartões para uso serviçal. Na pasta alguns documentos sobre Mandarin, pelo menos eu sei que se trata dele.

Fecho a pasta ciente sobre o que vai acontecer e o que eu devo fazer.

- Quer um conselho? - Hill pergunta sem tirar os olhos da pista.

- Meu pai costuma dizer que conselho nunca são demais.

- Stark fala isso?

- Que? - Noto que falei do meu pai pela primeira vez nessa terra sem perceber. - Qual é o conselho? - Desconverso.

- Viúvas negras são sempre mortais, agente.

Me surpreenda que ela esteja falando de Nat. Pensei que o conselho seria sobre a missão.

- Natasha é mais que isso. - digo na defensiva. Não gosto quando julgam ela pelo seu passado... Sei quem ela é, sei o que ela sacrifica no fim.

- É apenas um conselho. - Hill diz encostando o carro no estacionamento do aeroporto.

Pego o passaporte e coloco a pasta no banco de trás. Pego a mochila que foi preparada para mim e desço do carro, mas antes de fechar a porta paro olhando para Hill no volante...

- Ela é mais que a viúva negra, e se depender de mim vocês nunca saberão disso. - Hill ergue a sombrancelha confusa. - O custe o que custar, nem sempre vale apena. - Hill não entende o que quero dizer com isso, mas percebe que faz sentindo para mim de alguma forma.

Ela acena sorrindo...
- Boa viagem, agente!

- Obrigada! - Fecho a porta.

Se depender de mim, ninguém vai morrer, mas a questão é, o que vai acontecer se eu mudar a linha do tempo? O que tudo isso vai me custar?

Embarco no avião evitando pensar no futuro e em um roteiro desgraçado.
Meu foco agora é Tony e Pepper... Eles precisam de mim.

E eu me sinto a pior filha postiça dos mundos por ter me esquecido disso.

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