Capítulo 28 Oh Dan-Tae

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— O senhor disse que eu podia contar com você para o que eu precisasse. Não disse? — Ela suspirou fundo, pensando na melhor forma de expressar o que estava acontecendo. — O Jaehyun foi descoberto e preso hoje. Preciso de um advogado da família para ele. A imprensa está atacando-o, relembrando acontecimentos passados da nossa família... Você pode providenciar um advogado para ele?

— Um advogado para ele? — Ele disse de forma irônica. — Não me falou que ele sabia se virar sozinho... Quer dizer então que ele foi preso? Muleque insolente. Venha até mim primeiro e me explique isso direito.

— É... — Apreensiva, ela concordou, escutando a impaciência do pai com a desobediência dos dois. — Onde o senhor está para eu ir até você?

— Meu escritório, na empresa. Não deixe absolutamente ninguém saber que você é a filha de Joo Dan-tae. — Ele desligou, e a esposa, ouvindo tudo, foi até ele, estressada.

— Tudo bem, pai — Desligou a ligação, indignada pelo que seu pai tinha lhe dito.

O trem continuou sua partida, saindo do centro de Los Angeles em direção a Santa Bárbara, cidade próxima. O escritório ficava por lá, e ela já estava a meio caminho do destino. Sabia que seu pai pediria para vê-la, então seu primeiro passo foi ir até a estação de trem.

Um tempo depois, já estava na estação de Santa Bárbara. Pegou um Uber até a JKing Holdings, empresa de investimentos do pai. Não demorou muito e logo estava na frente daquele prédio enorme e chique, lotado de pessoas. Respirou fundo, entrou no local com as botas batendo no chão de porcelanato, chamando a atenção de poucos que estavam por ali, e foi até a recepção.

— Oi, boa tarde! Eu gostaria de falar com Joo Dan-tae. É uma conversa de urgência! — Referiu-se à primeira recepcionista disposta a atendê-la.

— Pode subir, ele está te aguardando na sala dele — disse a recepcionista tranquilamente.

— Como aquele muleque ousa receber um processo! — Gritou ao secretário dele.

— De acordo com as pessoas que assistiram ao ocorrido, ele está sendo processado por tentativa de homicídio, perturbação da ordem e tentativa de atropelamento culposo — informou o secretário. — Foram duas vítimas: um homem adulto e uma garota de 16 anos que entrou na frente acidentalmente.

— Uma garota? Os jovens de hoje... — Questionou indignado. — Ele perdeu completamente o juízo. Onde estão hospitalizadas essas vítimas?

— No Hospital Central, em um quarto particular — informou o secretário, entregando um tablet com imagens das vítimas no hospital.

— O senhor corre o risco de ser processado pelo pai da garota por causa do Yoon-oh, Jaehyun.

— Quem é o pai dela? Procure e me informe. E a outra vítima também iremos visitar.

— Sim, senhor. Ah, sua filha chegou.

O secretário disse, checando seus fones, se curvou e logo foi abrir a porta para ela.

— Obrigada! — Nayeon agradeceu com um sorriso gentil e caminhou até o elevador, onde clicou no botão do último andar, onde ficava o escritório do pai. Ao chegar, ajeitou a boina, dando visão ao rosto completo da garota, e retirou os óculos de sol, guardando-os. Indo até a sala, viu seu pai na porta, que a esperava com seu terno de costume.

— É muito bom te ver de novo, pai.

— Bom te ver também. Entra e sente-se — ele deu um sorriso cínico, fechou a porta e foi até a mesa, pegou o tablet e entregou-o a Nayeon, dirigindo-se até a janela de vidro de parede inteira da cobertura. — Nayeon, dê uma olhada nessas duas pessoas que seu querido irmão colocou no hospital.

Entre Segredos e Cicatrizes: Acima De Tudo | Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora