ALL OF US ARE DEAD - TWICE VERSION -

É importante tomar banho no apocalipse zumbi

Aparecendo aqui com a cara de pau que Deus me deu para uma pequena atualização em comemoração ao aniversário da queridissíma, Im Nayeon.

Espero que gostem!

Me digam o que acharem pfv e espero não demorar para voltar.

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Jeon Somi. Para alguns ela era apenas a nova garota interracial do colégio, seus traços eram uma mistura delicada do pai canadense e a mãe coreana, mas a garota era do tipo naturalmente extrovertida e conquistou tanto admiradores quanto haters quando chegou. Muitos se sustentavam na tradicionalidade coreana para julgar sua mistura racial, enquanto outros achavam fascinante conversar com alguém que vivia em meio a uma mescla de costumes.

O fato era que Chaeyoung sempre gostou de coisas diferentes, nunca teve muita paciência para mesmice coreana e para como as pessoas parecem sempre querer encontrar padrões, seja de beleza, estudos, profissões ou namorados, para que pudessem segui-los à risca. Foi assim que as duas se viram amigas, ambas com seus uniformes personalizados à medida que a escola toleraria, compartilhando pinturas e dicas de música nas tardes em que ficavam juntas no clube de arte.

Elas estavam longe de serem melhores amigas, se conheciam a apenas alguns meses, mas Chaeyoung se sentiu tão feliz ao ver sua amiga viva e bem. Depois que a euforia passou, ela se permitiu refletir por um momento se essa seria a nova realidade, ter picos de alegria ao ver conhecidos vivos, por que em meio a uma crise zumbi, qual é a garantia de que todo mundo que você conhece já não morreu? Ou está vagando por aí, em uma carcaça assassina de um eu que você já conheceu um dia?

Mas Chaeyoung nunca foi do tipo que se permitiu remoer muito o lado ruim das coisas, ver Somi viva era vitória e ter ela ajudando Nayeon foi mais um motivo de alegria. A unnie mais velha não tinha morrido (ou virado zumbi), mais um ponto positivo, Chaeyoung preferiu ignorar a parte em que ela se encontrava toda roxa e machucada dormindo.

A realidade é que ninguém nunca tinha imaginado ver Im Nayeon naquelas condições. a sempre tão arrumada, perfumada e linda, Im Nayeon, agora era uma confusão de roxos, pomada e sujeira. Elas tinham feito o que podiam limpando o sangue seco de Nayeon, mas ela estava bem distante de toda a sua glória habitual, parecendo muito mais frágil e pequena. Sana não conseguia nem olhar na direção de Nayeon, foi a primeira a se oferecer para vigiar a porta de entrada, ela também não era capaz de olhar para Jihyo, com medo de encontrar a raiva que tinha visto mais cedo.

Vergonha e culpa, esses eram os sentimentos que tumultuavam seus pensamentos e que a faziam se torturar mentalmente por ter deixado Nayeon para trás, por não ter sido mais corajosa, por não ter enfrentado junto com ela o estudante que tinha a atacado, por pensar que ela deveria ter assumido a responsabilidade junto com Nayeon e que talvez as coisas não tivessem ficado tão ruins.

Ela acabou sendo tirada de seus pensamentos quando escutou a voz de Somi de longe.

– Foi pura sorte, eu ouvi a música tocando e acompanhei a movimentação deles, resolvi me movimentar para sair da escola e escutei o babaca batendo nela. Se eu tivesse demorado mais... - a mais nova nem conseguiu terminar a sentença e olhou com pesar na direção de Nayeon e Jihyo.

Jeongyeon sentiu um arrepio desagradável e um sentimento incômodo no peito ao pensar que a Im poderia ter morrido. Quem diria? Yoo Jeongyeon preocupada com Im Nayeon, isso parecia ser totalmente impossível até dias atrás e agora elas estavam ali, lutando para sobreviver juntas.

– E como você sobreviveu sozinha esse tempo todo? Tinha mais gente com você? - Chaeyoung acabou tomando o posto de fazer as perguntas que todo mundo queria saber.