BLOOD UPON THE SNOW - Parte dois

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Boa leitura!

Alec foi lançado contra uma pedra, uma horda de pequenos demônios avançou sobre ele mordendo e arranhando. O Nefilim tentou se proteger, Stiles não conseguiu se concentrar para invocar os Oni, seu peito foi rasgado pelas garras afiadas.
“Nós não somos bobos, Stiles…” A voz do Nogitsune ecoou dentro de sua cabeça. “Olhe direito, Stiles, nós somos mestres nisso.”  Stiles odiava a voz dentro da sua cabeça o lembrando a origem do seu poder.
Alec estava gritando, Stiles respirou fundo para suportar a dor  e começou a observar ao redor deles, ignorando os ataques que sofria, seus olhos ficaram brancos revoltos, viu a paisagem mudar.
“Uma ilusão…” Seus olhos voltaram ao normal e ele correu para Alec. “Hey, é uma ilusão, use a visão…” Segurou o rosto do Nefilim. “Use a visão, Alec, use a visão!” Alec demorou a entender por causa do ataque das alucinações visuais e auditivas. “Desculpe por isso.” Segurou firme o rosto do companheiro e sugou sua dor e agonia, o que fez com que Alec conseguisse prestar atenção nas palavras.
“Stiles…” Alec suspirou aliviado quando a dor parou. “Eu pensei que ia morrer.”
“Eu também, Alec, eu também.” Abraçou o Nefilim. Os dois se levantaram ainda atordoados. “A igreja…” Ambos olharam para a estrutura de madeira à sua frente. “A ilusão era pra proteger a igreja.”
“Onde estão os outros?”

Damon saiu do transe segurando a garganta, a dor ainda era um fantasma para ele. Eric ficou aliviado ao trazer o homem de volta, beijou sua testa e o abraçou.
“RICHARD!!!” Ouviu o grito de Klaus, soltou Damon com cuidado e correu até o gelo, a primeira coisa que fez foi tirar Klaus antes que o gelo se quebrasse.
Pulou na água para buscar o companheiro. A água era mais escura do que esperava, não era possível enxergar claramente, demorou alguns segundos para ver a silhueta do Culebra, passou o braço ao redor da cintura, o segurou firme e impulsionou seu corpo quebrando o gelo. Colocou-o na margem do lago, Damon e Klaus se juntaram a ele, verificando as funções corporais.
“Por que ele não reage?” Damon perguntou colocando o ouvido no peito do outro. “O coração não está batendo, o coração dele bate.” Damon falou com a voz fraca. “Por que ele está machucado, as ilusões não deviam machucar?” Klaus engoliu seco, haviam cortes limpos nos braços e peitoral, a culpa veio em ondas vendo os ferimentos, os lábios estavam azuis e a pele com uma palidez cadavérica assustadora.
“É minha culpa, eu estava em forma de lobo, ele estava me ajudando e eu o feri preso na ilusão.” Se ajoelhou ao lado dele verificando as feridas. “Você acha que eu o matei?” Klaus perguntou baixo.
“Eu não sei como isso funciona, Nik, a espécie dele é nova pra mim.” Eric respondeu rasgando as roupas. “Mas não é sua culpa, eu garanto.”
“Por que está tirando as roupas dele?”
“Estão molhadas, precisamos aquecer ele, onde está a bolsa que ele trouxe? Acho que tem um cobertor térmico lá.” Damon se levanta para procurar.
“HEY, PESSOAL…” Stiles e Alec saem dentre as árvores. “Encontramos a igreja… O que aconteceu?”
“Ele… ele está…?” Stiles não conseguiu terminar a pergunta.
“Não sabemos como isso funciona, ele disse que o frio enfraquece os Culebras, mas ele já estava fraco quando pulou no lago congelado.” Eric explicou. Damon voltou com a bolsa e tirou o cobertor térmico, o vampiro terminou de retirar as roupas molhadas e o enrolou na coberta.
“E se colocássemos fogo nele?” Stiles sugeriu, Alec e Klaus olharam para o jovem. “Ele é imune a fogo, nós vimos.”
“Eu entendo o que você quer dizer, Stiles, mas naquele momento ele estava com força total.”
“Vamos até a igreja.” Eric se levantou com o corpo do Culebra nos braços. “Damon, Klaus, vocês são mais rápidos, vão até as casas vizinhas, peguem cobertores e algumas peças de roupa.” Olhou para Klaus que também estava nú.
Não demorou muito para que todos estivessem dentro da velha igreja, Eric colocou Richard no banco enquanto Damon ajudou Klaus com os cobertores.
“Alec preciso que me ajude, tenho uma ideia e acho que pode funcionar…” Klaus se sentou no banco e puxou o corpo aparentemente sem vida de Richard até que suas costas estivessem apoiadas no peitoral do híbrido. “O resto de vocês se concentrem em encontrar o espelho.” Ninguém discutiu.
“O que você precisa que eu faça?” Alec perguntou olhando o rosto pálido de Richard.
“Acha que consegue usar sua magia para aquecer o coração dele?”
“Eu posso tentar, mas eu não sei muito sobre magia.” Se ajoelhou ao lado dos dois, Klaus puxou o cobertor expondo o peito do outro. Alec colocou as mãos sobre o coração e se esforçou para fazer a magia direito.
“Alec, você precisa se acalmar e se concentrar, imagine o coração dele…” Instruiu. “Imagina o brilho dourado envolvendo o coração dele e aquecendo.” O Nefilim fechou os olhos e fez o que foi dito, sentiu suas próprias mãos se aquecendo.
“Está dando certo, Klaus…” Uma lágrima escorreu dos olhos de Alec. “Pelo anjo, está dando certo, bebê.”
“Bebê?” Klaus arqueou a sobrancelha.
“Não enche…” O Nefilim soltou um suspiro de alívio. “Está batendo, fraco, mas está batendo.”
“Ótimo…” Klaus se levantou rápido, abriu a boca do Culebra. “Pode deixar que eu cuido dele, ajude os outros.”
“Tem certeza disso?” Klaus o ignorou, mordeu o pulso, encheu a boca de sangue e colocou na boca do outro, como uma respiração boca a boca, porém ao invés de ar, ele empurrou sangue. Demorou um pouco para o Culebra engolir sozinho.
“Isso, amor, vai ficar tudo bem, beba o que precisa.” Falou colocando o pulso na boca de Richard que sugou o sangue devagar, mesmo inconsciente. “Eu vou cuidar de você. Vai ficar tudo bem, você vai ficar bem.”

WARRIORSOnde histórias criam vida. Descubra agora