Capítulo 4.

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Me mexo na cama, percebendo que havia algo de errado, não havia cobertas macias para me envolver, e o frio tocava cada parte de mim

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Me mexo na cama, percebendo que havia algo de errado, não havia cobertas macias para me envolver, e o frio tocava cada parte de mim. Meus membros pesam como se um caminhão tivesse passado por cima, e sinto um leve tremor. Tento me situar, mas o peso no meu corpo me mantém presa.

As lembranças da noite anterior chegam de forma confusa: Calleb, as meninas, a dança, o bar... Jaden. Meu corpo se sobressalta ao pensar nele. O que havia acontecido? Lembro-me do pano sobre o meu rosto, e depois... o vazio. Tudo simplesmente apagou.

Levo a mão à cabeça, que parece pesar uma tonelada, e abro os olhos. O quarto em que estou é desolador - sem móveis, sem cores, sem vida. As paredes estão nuas, sem quadros, sem qualquer sinal de que alguém viveu aqui. A única coisa no espaço é uma cama dura onde estou deitada e uma mesa com duas cadeiras de ferro, frias como o ambiente.

A porta range suavemente enquanto é destrancada, e meu corpo inteiro fica alerta. Jaden entra, seu olhar vasculha o cômodo, avaliando a situação e ele me olha.

- Você acordou. - ele declara, e fecha a porta atrás de si. O som dos passos dele ecoa pelo chão enquanto se aproxima, e eu ergo meu corpo me apoiando sobre meus cotovelos, ainda grogue, com a cabeça pesada, Ele para a poucos metros de mim, um meio sorriso pairando nos lábios.

Frio se instala na minha barriga quando percebo que minhas roupas não são as mesmas. O collant rosa que usava antes de apagar foi trocado por uma regata e um short branco.

- O que está acontecendo? Que lugar é esse? - eu o questiono atrás de respostas, minha voz sai mais fraca do que eu gostaria. A confusão toma conta de mim enquanto olho ao redor.

- Você está aqui porque fugiu. este lugar... vamos chamá-lo de um recomeço. - Ele para a poucos centímetros de mim, Meus pensamentos correm, tentando entender o que ele está insinuando.

- O que você está dizendo? - sussurro. Jaden observa a confusão no meu rosto, como se estivesse esperando exatamente por isso. Ele se aproxima ainda mais, e a presença dele começa a dominar o quarto.

-Esse lugar... é onde você vai entender que não tem mais para onde correr, Misha. Você vai aprender, com o tempo, a aceitar isso. - Ele ergueu a mão, os dedos roçando meu queixo, forçando-me a levantar o rosto e encará-lo diretamente. meu coração saltou pesado no peito, acelerado pelo medo que não posso deixar transparecer.

- Você pertence a mim. E aqui - ele diz, a voz baixa. -, eu decido quando e como você vai sair.

Você pertence a mim. Aquelas palavras ecoaram dentro de mim, como correntes se apertando ao meu redor. Não era apenas o que ele dizia, mas a forma como o fazia, a frieza, a convicção. Ele realmente acreditava nisso.

Minha respiração acelerou, meu corpo tensionado enquanto eu tentava me afastar do toque dele, mas não havia espaço para fugir. Estávamos sozinhos.

- Você me drogou. - Eu o acuso, Minha voz saiu trêmula, mas firme o suficiente para deixar a acusação clara. - É isso que você faz? Me sequestra, me arrasta para cá, e espera que eu... aceite? - O sorriso dele se alargou, aquele meio sorriso, perturbador.

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